Um Amor Para Curar o Viúvo
img img Um Amor Para Curar o Viúvo img Capítulo 5 5
5
Capítulo 6 6 img
Capítulo 7 7 img
Capítulo 8 8 img
Capítulo 9 9 img
Capítulo 10 10 img
Capítulo 11 11 img
Capítulo 12 12 img
Capítulo 13 13 img
Capítulo 14 14 img
Capítulo 15 15 img
Capítulo 16 16 img
img
  /  1
img

Capítulo 5 5

Marvila ficou muito envergonhada, sorriu sutilmente e saiu andando atrás de Dom. Ele passou para o outro corredor, encheu o carrinho de guloseimas e olhou para Marvila.

- Vamos logo para o caixa. Vá indo. Não. Vamos no açougue. Não, vai esperar no carro. Anda.

Ela percebeu que ele ficou desnorteado e nervoso. Saiu andando cabisbaixa, sentindo que mais pessoas estavam reparando nela e falando. Ficou encostada no carro, esperando e tentando esconder a barriga, olhando as pessoas que entravam e saíam do mercado. Quando Dom saiu, um funcionário do mercado o ajudou com o carrinho. Ele se aproximou com uma sacola pendurada e perguntou:

- Por que não entrou no carro?

Ela ficou olhando para o chão.

- Você não deu as chaves.

Ele entregou a sacola a Marvila.

- Esqueci as chaves, me desculpe. Pode ir para o carro e comer.

Marvila entrou na caminhonete, curiosa com o conteúdo da sacola. Lá dentro, encontrou um lanche natural, uma garrafa de suco de beterraba com laranja, um pote de mousse de chocolate, duas bananas, uma esfiha e um pão doce. A fome era tanta que ela não sabia por onde começar. Tomou o suco, devorou o lanche e, em seguida, o mousse.

Enquanto isso, Dom guardou todas as compras. Ao entrar no carro, ele estendeu uma garrafa de água para Marvila.

- Você precisa comer bem - disse, com a voz séria.

- Qual a sua idade? Você realmente parece muito nova.

- Dezenove anos - Marvila respondeu, com a voz baixa. Depois, ganhou coragem e perguntou:

- E você? Quantos anos tem?

- Trinta e cinco - Dom respondeu, olhando para a estrada.

Marvila ficou surpresa.

- É... achei que fosse mais velho só pelo jeito sério. Eu... não tenho mãe nem pai. Sou órfã. Fui criada pela minha avó, mas ela faleceu. Então, é só eu e o bebê agora.

- Você avisou alguém que estava bem? - ele perguntou, com um tom de cautela.

- Alguma amiga, vizinha da sua avó?

Ela balançou a cabeça, cabisbaixa.

- Não. Depois que minha avó morreu, eu não fiquei com ninguém. Não tenho a quem avisar.

Dom hesitou, mas a preocupação falou mais alto.

- Não quero te julgar, mas... você tem alguma intenção de talvez não ficar com o bebê? Eu sei que mulheres que não vão ao médico e se afastam das pessoas às vezes pensam nisso.

Marvila ficou séria.

- Eu prefiro morrer a abandonar meu filho. E se você tem algum interesse em dar ou comprar meu bebê, precisa saber que eu nunca vou aceitar isso.

Dom, surpreso com a resposta, pediu desculpas.

- Fico feliz em saber que você é uma pessoa de confiança, e eu jamais separaria uma mãe de seu filho.

A volta para casa foi em silêncio. Ao chegarem, Dom tirou as compras e Marvila se ofereceu para ajudar.

- Me ajude a guardar tudo, assim você sabe onde as coisas ficam - ele sugeriu.

Ele colocou as sacolas na mesa e na pia, enquanto ela começava a guardar os produtos. De repente, Marvila parou, paralisada, segurando na cadeira, e respirou fundo.

Dom a olhou, preocupado.

- Tudo bem? Está com dor? Quer sentar?

                         

COPYRIGHT(©) 2022