O erro fatal
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Capítulo 2

Tarde demais!

Amelia entrou rapidamente no lounge dos funcionários e trancou a porta atrás de si.

No segundo seguinte, passos ecoaram no corredor. Então, a voz fria e autoritária de um homem ressoou. "Quem é a mulher que está carregando meu filho?"

A voz do médico tremia, mas ele ainda se recusava a entregar Amelia. "Senhor Hayes, sinto muito. Um ataque de hackers há alguns dias destruiu muitos registros. Não podemos fornecer nenhum detalhe sobre este ciclo de fertilização in vitro."

Kellan Hayes soltou uma risada fria. "Destruídos? Sugiro que pense bem antes de falar novamente, ou você perderá essa mão."

Um grito estrangulado seguiu-se.

Amelia permanecia imóvel atrás da porta, o rosto pálido diante da brutalidade no tom de Kellan, percebendo que se envolvera com um homem impiedoso.

Se ele a encontrasse, jamais a deixaria ficar com o bebê.

Ciente de que o médico não aguentaria por muito tempo, ela decidiu que precisava fugir agora.

Engolindo o pânico, Amelia vasculhou a sala com os olhos, seu olhar se fixando na janela.

Ela estava no segundo andar, e o cano de escoamento do lado de fora seria fácil de escalar.

Sem hesitar, ela passou uma perna sobre o parapeito e saiu.

No entanto, seu vestido ficou preso em um fio saliente com um rasgo agudo.

Mesmo que o som tivesse sido suave, ainda assim chegou a Kellan, que estava do lado de fora.

Ele olhou para a porta da sala e ordenou: "Abra."

O coração de Amelia batia tão forte que ela achou que poderia explodir. No instante em que seus pés tocaram o chão, ela correu em direção à rua.

No mesmo instante, a porta da sala se abriu com um chute poderoso.

Kellan varreu os olhos pela sala vazia, aproximou-se da janela e não viu nada além do trânsito movimentado abaixo.

Mas seus olhos se estreitaram quando viu os poucos fios de pano presos no fio saliente, e uma risada fria e ameaçadora surgiu de sua garganta.

"Bastante audaciosa", ele murmurou.

Amelia atravessou os portões do hospital, tão frenética que quase não viu o carro que surgiu do lado.

Ela parou a tempo, mas o impulso a derrubou, raspando suas palmas e braços no asfalto, a dor queimando-lhe a pele.

Ela rangeu os dentes, prestes a se levantar, quando uma voz profunda soou ao seu lado. "Senhorita, precisa de ajuda?"

O coração de Amelia parou, e suas mãos tremeram.

Ela olhou para o rosto surpreendentemente bonito de Kellan Hayes, que parecia calmo, quase educado, nada parecido com o homem aterrorizante de momentos atrás.

Por um segundo, ela não sabia se ele a reconhecia como a mulher que usara sua amostra, então forçou sua voz para se manter firme. "Obrigada, estou bem sozinha."

Ela se esforçou para levantar e recolheu rapidamente seus pertences espalhados no chão.

No entanto, assim que ela se virou para ir embora, ele falou novamente, apontando para a bainha rasgada: "Seu vestido está rasgado. Precisa de..."

"Não, obrigada! Caí mais cedo", ela interrompeu.

Ela se encolheu por dentro, ciente de que soava defensiva. Melhor não demorar - então murmurou um outro rápido "obrigada" e apressou-se para longe, alheia ao olhar indecifrável de Kellan.

De volta à mansão, Amelia finalmente exalou.

A casa estava vazia, então ela lembrou-se de que Eduardo tinha um importante evento de negócios esta noite.

Mesmo que a ideia dele agora a deixasse enjoada, as oportunidades de investimento no evento eram vitais para seus planos futuros.

Ela enfaixou os arranhões, vestiu um vestido de noite e dirigiu até o hotel onde o baile transbordava da elite da cidade.

No momento em que Amelia entrou, avistou Eduardo com Josie em seu braço, ambos rindo com os convidados como o casal perfeito.

Os olhos de Josie encontraram os dela e brilharam com triunfo. "Amelia, numa noite tão importante para a família Wayne, como a dona da casa pode chegar tão tarde? Meu Deus, você está machucada!"

Josie estendeu a mão para o braço arranhado de Amelia, como se quisesse mostrar a todos.

"Tropecei no caminho de volta do hospital", Amelia disse friamente, afastando-se elegantemente, pois a falsa preocupação de Josie a fazia querer revirar os olhos.

E já estava agindo como se fosse a senhora da família Wayne?

"Por que estava no hospital? Passou mal? Ah, que cabeça a minha. Eduardo mencionou que vocês estavam tentando fertilização in vitro novamente porque ainda não conseguem conceber naturalmente. Deve ser exaustivo!"

Sua voz se espalhou o bastante para os convidados próximos ouvirem e gerar sussurros.

"Dizem que a senhora Wayne é órfã e sem apoio familiar. Parece que é verdade, pois olha como ela está desesperada por um filho para garantir seu lugar."

"O senhor Wayne e a senhorita Spencer parecem muito melhores juntos. Amelia não pode competir."

"Mas ouvi dizer que ela esteve ao lado dele durante seus anos mais difíceis. Isso conta para alguma coisa."

Eduardo olhou para o estado desarrumado de Amelia e franziu a testa com irritação. "Amelia! Você está me envergonhando na frente de todos. Você sabia o quão crítico era esta noite. Se está ferida, deveria ter ficado em casa em vez de aparecer assim."

Amelia riu com desdém por dentro. Ela tinha planejado esperar até depois do evento para pedir o divórcio, mas agora, não havia necessidade de gastar esse tempo.

"Eduardo, você ainda sabe o que significa vergonha? Acho que me usar como uma incubadora para você e sua amante é mil vezes mais humilhante do que alguns arranhões. E Josie, eu não sabia que você gostava da moda de roupas rasgadas. Tire este lixo das minhas mãos. De nada. Lembre-se, o título de senhora Wayne é meu presente para você. Nunca aja como se o tivesse conquistado na minha frente novamente. Eduardo, acabamos aqui. Quero o divórcio."

            
            

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