Capítulo 4 .4

Olho no espelho e me sinto péssima com o que vejo. Meu rosto entrega que não tive uma boa noite de sono. Fui consumida por pesadelos a noite toda e mal consegui pegar o olho. Resolvo tomar um banho e me arrumar. Visto uma roupa simples, tento esconder minhas olheiras com uma maquiagem leve.

Preciso estar na delegacia as 10hrs. Resolvo ir descendo para encontrar Ian.

Narrado por Ian

Chega em casa me sentindo estranho. Essa menina me causa algo que me deixa impaciente. E não fazem nem 24hrs que eu a conheci.

Bebo um copo de whisky e fecho meus olhos tentando imaginar o que poderia ter acontecido com Alice se não tivessemos chegado a tempo. Agradeço por George ter esquecido sua chave comigo. Servi outro copo e sento no sofá. Amanhã será um longo dia.

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Paro meu carro enfrente a casa de Alice, ao mesmo tempo que ela desce as escada. Ela para na calçada me procurando. Ela vestida uma calça preta colada, uma regata também na cor preta. Esta de salto e com um casaco marrom claro por cima. Seu cabelo está preso no alto em um coque. Fico por uns instantes admirando sua beleza. Ela é tão linda.

Desço do carro e aceno para Alice, ela sorri e vem em minha direção. Abro a porta do carro para ela entrar.

- Bom dia, Sr. Green. - diz encontra entra no carro.

Faço a volta e entro no carro novamente.

- Bom dia, e pode me chamar de Ian.- digo. Eu gosto de ouvir meu nome em sua boca.

- Ah tudo bem, e George e Oliver? - pergunta.

-Eles foram hoje cedo dar seu depoimento, depois George foi tratar de negócios donoutra lada da cidade. Então Oliver o levou.

Ela concorda com a cabeça e seguimos para delegacia.

Não demoramos muito por lá, o delegado na verdade não dá muito importância por temos atirado no homem na noite passada. ' Pena não ter matado.' Eu penso. O homem já está bem e preso. Em poucos instantes estávamos voltando para a empresa.

- Obrigada por ter ido junto comigo. - Alice agradeçe.

- Tudo bem. Não precisa agradecer. Se não quiser, não precisa trabalhar hoje. - Eu digo. Deve ter sido um trauma para ela ter acontecido aquele ataque.

- Ah Obrigada. Mas prefiro trabalhar do que ficar em casa sem ocupar a mente .

Aceno e seguimos para empresa. Nós despedimos no elevador. Ela desce no seu andar do escritório. Percebo ela desaparecendo quando as portas do elevador se fecham.

Sinto seu perfume que ficou no ar, inalo com força seu arroma embriagante.

Sento em minha cadeira no escritório. Fecho meus olhos tentando assimilar essa últimas 24hrs. ' O que essa mulher tem?' Me perguntou repetidamente. Sou tirada dos meus pensamentos quando meu celular toca.

- Alô Sr. tenho informações completas da senhorita Chavier. - Eu fico atento na hora. Ouço atentamente tudo sobre ela. Meu corpo gela quando souber que no passado ela já havia sido abusada. Minha vontade é de correr para o andar de baixo pegar ela pelos braços e não soltar mais. ' Como ela conseguiu ser tão forte ontem?'

Fico pensando em como ela deve ter se sentido quando tudo isso aconteceu.

Desligo o telefone absorvendo todas essa informações. Eu não posso me aproximar dela, não posso continuar. Tenho mais traumas. Preciso de posse. Ele é muito gentil e doce para merecer alguém como eu. Respiro fundo. Eu devo me manter longe dela.