Pretinha
img img Pretinha img Capítulo 1 Pretinha
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Capítulo 6 Saudades img
Capítulo 7 Entrando na briga img
Capítulo 8 Dançando img
Capítulo 9 Semba img
Capítulo 10 Meus Pensamentos img
Capítulo 11 Hora da verdade img
Capítulo 12 Conversa franca img
Capítulo 13 Férias em fim img
Capítulo 14 O aniversário de Pretinha img
Capítulo 15 Fim de férias volta as aulas img
Capítulo 16 Pamonha img
Capítulo 17 Quer casar comigo img
Capítulo 18 Preparativos img
Capítulo 19 Fim de ano img
Capítulo 20 Véspera de natal img
Capítulo 21 Manhã de natal img
Capítulo 22 A todo vapor img
Capítulo 23 Dias de luta dias de Glória img
Capítulo 24 Surpresas segredos e diversão img
Capítulo 25 Irmão do Quilombo img
Capítulo 26 Véspera de ano novo, casamento img
Capítulo 27 Quatro meses depois img
Capítulo 28 Considerações finais img
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Pretinha

Greicy Piscelli
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Capítulo 1 Pretinha

No ano em que a princesa Isabel aboliu a escravidão, uma jovem branca chamada Fulô, apaixonou se por um negro chamado José, causando escândalo em toda sociedade, afinal, negros e brancos não se misturavam. Desse romance, nasceu Isabel, mas todos carinhosamente a chamavam de pretinha. Uma mulata, 1,70 metros de altura, ombros fortes, seios fartos, cintura fina, 105 exatas de bumbum cabelos crespos e incríveis olhos azuis. Pretinha era dotada de muitas qualidades, uma delas a arte de cozinhar. Para ela, cozinhar não era serviço, e sim uma forma de amar os outros.

A mãe de Pretinha havia aprendido a ler com excelentes professores, em uma das melhores escolas. Aconteceu que quando seus pais descobriram seu romance com um negro e descobriram sua gravidez, a expulsaram de casa. A partir de então, tocados com sua história, os pais de José viram dona Fulô na rua, perguntaram o que estava acontecendo e resolveram acolhe - lá. Eles gostaram muito da jovem desafiadora, destemida que não tinha medo, enfrentava o que fosse pelos seus ideais. Isso era muito difícil naquela época ... A partir dali, Fulô foi tratada como membro daquela família. Passou - se o tempo, pretinha nasceu, cresceu, desenvolveu - se, e sua mãe ensinou - a a ler. A partir daí, pretinha, ou seja Isabel, apaixonou se pelos livros de Luiz de Camões, pois falava de liberdade e ela entendia que liberdade ia além de se assinar um papel, liberdade era ir e vir, comprar o que quisesse, escrever sem censura, pensar e se expressar por si, essas coisas. Vez ou outra, pretinha se pegava pensando em sua infância, como era bom brincar com as crianças de pé de lata, pega pega, boneca de milho, conversar com Tony horas a fio, vez ou outra correr atrás dele, só para ele parar de provocar ... Coisas de criança. Queria tanto que aquele tempo voltasse, mas por outro lado, ela se pegava pensando nisso, por não ter conhecido seu pai. Como seria se tudo fosse diferente.

            
            

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