O Doce Aroma da Sedução
img img O Doce Aroma da Sedução img Capítulo 1 Prólogo
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Capítulo 6 Um homem da lei img
Capítulo 7 A chegada surpresa do CEO img
Capítulo 8 A espiã img
Capítulo 9 O retorno da Rainha img
Capítulo 10 A acompanhante do CEO img
Capítulo 11 Um paparazzi img
Capítulo 12 Quase flagrada img
Capítulo 13 A admiradora secreta do CEO img
Capítulo 14 Encontrando com mafiosos img
Capítulo 15 48H para não morrer img
Capítulo 16 O doce aroma da Sedução img
Capítulo 17 A surpresa para o CEO img
Capítulo 18 Uma noite de prazer img
Capítulo 19 Entre dois homens img
Capítulo 20 A promessa de vingança img
Capítulo 21 Uma semana para matar img
Capítulo 22 Uma aniversariante inesperada img
Capítulo 23 A FBI img
Capítulo 24 O Night club img
Capítulo 25 O lenço perfumado img
Capítulo 26 A minha primeira vítima img
Capítulo 27 A busca pela modelo perfeita img
Capítulo 28 O Fim antes do começo img
Capítulo 29 O CEO a minha espera img
Capítulo 30 O acordo com o CEO img
Capítulo 31 O reencontro img
Capítulo 32 Um convite para morte img
Capítulo 33 A corrida mortal img
Capítulo 34 O Adeus img
Capítulo 35 A vida do CEO por um fio img
Capítulo 36 Salvatore img
Capítulo 37 O traidor img
Capítulo 38 A ameaça img
Capítulo 39 A escolha do CEO img
Capítulo 40 Entregando ao prazer img
Capítulo 41 Na mira do homem da lei img
Capítulo 42 Encurralada img
Capítulo 43 Confissões perigosas img
Capítulo 44 A chegada do meu ex-marido img
Capítulo 45 O cerco está se fechando img
Capítulo 46 Como dizer a verdade img
Capítulo 47 Os doloridos beijos img
Capítulo 48 O caro silêncio img
Capítulo 49 O chamado do azar img
Capítulo 50 Entre o dever e o coração img
Capítulo 51 Mentiras insanas img
Capítulo 52 Uma visita da América img
Capítulo 53 A mina de ouro img
Capítulo 54 A Chegada a Califórnia img
Capítulo 55 O casino img
Capítulo 56 A tenebrosa reconciliação img
Capítulo 57 Um amor em segredo img
Capítulo 58 A ilha deserta img
Capítulo 59 Ultima noite img
Capítulo 60 Ultimo capítulo: A promessa de retorno img
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O Doce Aroma da Sedução

M.valene
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Capítulo 1 Prólogo

Sicília, Itália

As folhas caem das árvores determinadas pelo outono, sem possibilidade de escolha quanto ao seu destino. São leis que comandam a ordem natural das coisas e com as relações humanas não é muito diferente. Há situações que só nos resta seguir o rumo, sem escolha, porque o que está em jogo, é o que importa e nada mais.

- Estás certa que podes confiar nessa mulher? - questiona a criada apreensiva.

- Seria tolice, Selina. Ela é uma gananciosa e ela pode mudar de lado a qualquer momento, dependendo de quem pagar mais. - ainda os meus olhos estão acompanhando o cair das folhas, e assim como a árvore, eu perdi imenso com a chegada das estações. Primeiro a minha mãe e depois o meu pai.

A Lorena estava certa. O perigo está sempre à espreita e uma hora ou outra, chegará a sua vez na roleta da morte. Não sou mais a menina inocente que não enxergava o preto e o branco da realidade. Eu sou uma das maiores líderes da máfia e não nego que conseguir continuar o trabalho de gerações estava sendo satisfatório até saber que agora uma vida depende da minha...

- Eu preciso dar outro rumo na minha vida. Fugirei daqui uma semana! Eu não quero que o meu filho cresça aqui. - é a minha decisão e não há nada que me fará mudá-la.

- Conquistaste tanto, Francisca! Nenhuma mulher tinha chegado tão longe.- ela insiste.

- Mas nem tanto poder conseguiu trazer a minha família de volta. E não quero que levem de novo alguém importante...- passo as minhas mãos pela minha enorme barriga e me dá um arrepio pensar que há qualquer momento uma criança nasceria de mim.

Me sinto um pouco jovem comparadas às minhas antigas expectativas sobre o meu futuro. Porém, se eu considerar quanto eu amadureci para sobreviver nesses últimos anos, dar amor a um ser tão indefeso não pode ser tão difícil assim.

- E o Anthony? - ele me lembra do meu maior obstáculo.

- Ele se deixou cegar pelo poder. Ele nunca vai saber quando parar.

- Ele vai atrás de si, Francisca. Onde quer que vás! És a rainha dele, ele sabe que os negócios não serão os mesmos sem ti! - ela diz o óbvio que todos sabem, inclusive o próprio Anthony.

É tudo sobre negócios e não amor. E o único que eu sinto que poderá me dar, acaba de chutar a minha barriga.

Será por você, meu filho...

- Então o melhor é eliminar todos os rastros que ele poderá ter para me seguir. - o meu tom se torna ríspido, revestido de ameaça.

- O que queres dizer com isso, senhora?

-Que vou começar por ti, traidora! - tiro a arma do bolso do meu casaco e disparo um tiro no seu peito. O seu corpo vai ao chão com os seus olhos com sinal de vida e a sua boca tenta murmurar algo.

- Poupa as suas palavras para o juízo final que te espera. Sua espiã ridícula! - encaro a moribunda cessando os seus últimos suspiros.

Entretanto, o barulho faz com que os dois seguranças abram a porta do quarto. São os meus próximos alvos com dois tiros certeiros nas suas cabeças e mais dois corpos vão ao chão. Uma morte mais rápida dessa vez.

Não tenho muito tempo. Pego a minha pequena mala pronta com as coisas mais essenciais, os corredores são imensos, mas eu cresci nessa mansão. Conheço as passagens secretas que a minha inocência acreditou serem para brincar de esconde, esconde. E que o meu pai nunca seria os homens que matam e reúne grupos de homens seja por medo ou uma frágil lealdade.

A frente dos meus olhos a ilusão da minha irmã Lorena ainda criança está correndo, me encorajando a continuar a sua procura rumo a saída que daria a entrada dos vinhedos. O ar perfumado à chuva é o primeiro sinal da minha liberdade que está ameaçada pelos outros homens à esquerda. O único caminho é pelos vinhedos, um esforço físico extravagante para a minha condição limitada. Porém, não há escolha. Sigo o rumo como uma folha sendo levada pelo vento do outono. Há muitas gotas de suor pelo meu rosto, mas não se comparam ao líquido que escapa por entre as minhas pernas.

A bolsa estorou!

- Calma bebê, falta pouco. - O carro da Amélia está no ponto combinado. E ensaio uns passos mais lento enquanto tento fazer sinais para que ela me veja do retrovisor. E acaba por resultar, porque a porta do carro se abre bruscamente e ela corre ao meu encontro.

- Francisca! - ela oferece o seu ombro para eu me apoiar.

- O meu filho vai nascer! - é um misto de alegria e receio. Nada garante que a qualquer momento os homens poderão se dar conta que eu fugi. - Vamos sair daqui, por favor!

- Venha, eu já tenho uma parteira à nossa espera. - ela tenta me acalmar apesar que o ser dentro de mim não aceita delongas.

Entramos no carro e tudo vai ficando para trás, no passado.

Porém, ele nunca nos deixa. Ele só arruma um novo rosto para se apresentar como o presente e acertar as contas usando o futuro que nunca é aquele que sonhamos...

━━━━━━✧♛✧━━━━━━

- Força! - grita a parteira.

Mas é tão difícil. É como se os ossos se quebrassem e desejassem sair junto com o bebê.

- Falta pouco! Força! - ela grita mais uma vez.

Não há uma mão para eu agarrar, a Amélia permanece distante, encarando-me com um olhar que não sei decifrar. A minha visão é tão turva que tudo vai escurecendo aos poucos.

- Não fecha os olhos, senhora, por favor! - ela implora.

Contudo, é um pedido que não depende da minha força de vontade. Mas eu entrego toda a força que possa existir dentro de mim e tenho a sensação de ouvir um choro até tudo escurecer.

✧♛✧

Uma hora depois

- Amélia? Onde estou? - tanto minha visão como as minhas memórias estão voltando aos poucos. - Meu filho, onde está o meu filho?

- Era uma menina! - ela responde.

- Era? - permaneço confusa.

- Oui, alguém levou a menina! Eu não estava e a senhora foi agredida. Coitada!

- Eu vou procurar por minha filha! - quero me levantar, mas as minhas pernas não me obedecem.

- Não Francisca, precisas descansar. Nunca vais conseguir encontrá-la nesse estado. - ela me detém.

- Só pode ser o Anthony! Ele descobriu que eu ia fugir antes e não daqui a uma semana como fiz aquela ordinária crer. - começo a juntar as peças.

- Eu também não duvido que seja ele, mas não podes contra ele sozinha. Precisas estar à mesma altura. Vamos continuar com a nossa parceira, criar um novo negócio que seja só nosso. Eu tenho os contatos e tens a tua experiência. Prometeste me ajudar e eu fiz a minha parte. Ter dado errado não foi a minha culpa.

- Eu sei...- limpo as minhas lágrimas. - Onde estão os documentos?

Ela abre a sua bolsa e retira um passaporte.

- Chloé?

- Nome francês! - ela comenta.

- Gosto...- também, não é como se eu tivesse outra opção. - Então eu serei a Chloé, a sua nova sócia e juntas montaremos o maior quartel que Paris já viu ...

            
            

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