Eu estou muito apaixonada, já tentei negar isso milhões de vezes pra mim mesma. Mas eu sempre volto ao pensamento inicial; te amo mais do que quero e posso admitir. Todas as vezes que não estamos bem eu tento me convencer de que não te amo tanto assim, mas não demora 5 minutos pra estar me odiando por saber que sim, eu te amo demais. Não adianta querer negar isso no calor do momento, sempre acabo mais apaixonada que antes.
E tudo bem, porque se você sentir um terço desse sentimento, estou no lucro. Se me amar metade do que eu te amo, ainda seria mais amor do que posso mensurar. E isso é tão meloso que nem sei se quero que saiba como realmente me sinto. Isso chega a me assustar, a forma como me apaixonei por alguém.
E eu convivi com muitas pessoas, fui à muitos lugares, tive contato com diversos indivíduos, vi muitas coisas, vivi muitas situações e nada. NADA. Nada me prendeu a ponto de me apaixonar, a ponto de querer realmente tentar. Tive muitas amizades, mas todas acabaram porque não fazia diferença continuar ou parar. Nem meus relacionamentos com os familiares é importante, e olha que parte do nosso sangue combina.
Mas eu não me importo com isso, porque a única parte dessa minha vida cheia de ciclos é você. O único ciclo que PRECISA ser infinito é o nosso. Eu não vou deixar que acabe, por mais que chegue a errar feio, não quero que tenha um fim. Não quero que todo nosso sentimento seja reduzido à um erro. E como eu disse, tive relacionamentos de vários âmbitos e nenhum deles fez eu me apaixonar. Nada do que eu vi, do que eu senti, do que eu falei ou ouvi. Foi tudo tão superficial, nunca tive um momento "uau" antes de ti, sabe?
E eu pensava que a minha vida estava destinada a ser assim. Eu nunca teria um sentimento realmente forte, só iria gostar e tentar um relacionamento sério. Não pensei que ninguém tivesse um amor incrível, que isso fosse só coisa da ficção. Que caras bonitos com humor sarcástico e detalhes marcantes fossem coisa dos livros que me iludiam, não da minha realidade. Eu pensei que deveria me habituar à realidade e perceber que, no máximo, teria alguém, fora dos meus padrões, mas teria alguém.
Bom, isso foi até conhecer você. E quanto mais conhecia, mais percebia que esse amor incrível existe. Percebi que o cara perfeito existe e é você. E depois eu estava apaixonada. Nem sabia como agir, eu era livre demais pra pensar em como me comportar em um relacionamento.
Pra mim, "amor" era apelido pra 99% das pessoas, e hoje eu não consigo pensar nessa palavra sem associar à você. As coisas foram ressignificadas, e hoje qualquer forma de carinho pra mim só tem como destino você. E isso é amor, cara. Escrever tudo isso é amor, porque mesmo que não leia, eu sei como me sinto agora escrevendo. E é incrível como seria em um livro.
E talvez a gente não fique junto. Não tem como saber depois de tantas brigas e términos. Mas eu sei que não vai deixar de ser o amor da minha vida. E eu sei que não sou seu primeiro amor, e não sabemos se vou ser o último, mas eu masoquistamente gosto de saber que significo um amor pra você. Talvez não o mais forte ou o primeiro, talvez não o melhor ou mais fácil, mas significo algo.
Mas a verdade é que tudo isso vale a pena. Se significo pra ti o que significa pra mim não importa, porque em algum momento me fez pensar que é incrível suficiente para fazer eu me apaixonar. E agora estou muito apaixonada (tipo, muito mesmo). Então se significo muito ou pouco, é realmente irrelevante. Não que não queira, porque eu gostaria muito de saber que gosta assim de mim também, mas eu te amo independente do que sinta por mim. Se me ama ou me odeia, eu não ligo, porque vou te amar de qualquer forma. Meu sentimento por você é completamente incondicional. Todos os "e se" não importam, porque não fariam eu te amar menos.
E por isso é bom me sentir assim, porque não há mais o que fazer. Não tem como voltar atrás e fingir que sinto menos, nem conseguiria. Não tem como voltar ao primeiro "eu te amo" e não dizer. Eu precisava dizer, e isso foi muito bom pra mim, porque estava sendo 100% sincera comigo mesma também. O que posso fazer é admitir que te amo mais do que você pode calcular e que nada mais importa no mundo além desse sentimento.
Nenhuma experiência longe de você se compara ao sentimento que estar perto me proporciona. Uma mensagem sua significa mais do que qualquer conversa que tenha tido pessoalmente. Seu "kkkk" desinteressado parece melhor do que toda e qualquer risada. E isso é amor pra mim; gostar de alguém independente das dificuldades.
Bem, eu gosto de tudo isso. Nada é uma reclamação, pelo contrário, é um desabafo. Sinto que te amo tanto que poderia explodir. E isso é muita emoção, né? Bem, já cheguei na fase onde não me importo com o quão emocionada eu sou.
Eu quero coisas melosas mesmo. Quero comentários como "linda, amor" nas minhas fotos. Quero acordar com beijinhos. Quero passeios de mãos dadas em público. Quero que me ajude a lavar o cabelo enquanto toma banho comigo. Eu quero uma vida melosa e fofinha também. Okay que existe o outro lado do nosso relacionamento. Tudo isso é muito importante, porque faz parte das coisas que eu não tive com ninguém e quero ter com você. E estou adorando essas descobertas; coisas que eu nem imaginava e hoje me recuso a viver sem.
Bom, mesmo se não der certo no final. Mesmo se a gente não ficar junto e não tiver a MariLine ou a Sandra, eu quero que saiba disso. Saiba que sinto tudo que descrevi e MUITO mais. Saiba que não há espaço na minha vida pra amar alguém assim de novo. Saiba que te amo mais do que amava ontem, porque a cada dia amo mais, e estou pronta pra te amar mais amanhã do que amo hoje. Estou pronta pra passar o resto da minha vida te amando assim, gradualmente. E se nada disso der certo, pra mim é suficiente que você tenha em mente o quanto eu te amo hoje.
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Puta merda!
Daniel está puto comigo, e eu me sinto tão culpada. E mais uma vez, o senhor megalomaníaco e sexy me faz sentir como uma criança sem dizer uma única palavra.
Daniel me encara e eu posso perceber sua raiva.
-"então eu digo NÃO e você faz o contrário? " ele murmura enfaticamente.
-"eu tive tanta pena dele, eu não quis te irritar, Daniel, eu...eu me sinto só, às vezes, como se algo me faltasse, como se...precisasse de mais." Minto. Na realidade,eu o quis irritar,mas agora, esse fato pode ser alterado.
-"e o seu mais é um cachorro?" Ele ironiza em tom baixo, mas eu sei a verdadeira fúria por trás deste iceberg.
-"você é meu mais" sussurro. Uma abordagem fácil e carinhosa pode fazer ele mudar de idéia com relação ao cão.
-"eu? Eu sou o seu mais? E por isso você decide ir contra mim?" Daniel pergunta, seu tom agora é mais elevado, nada que um desconhecido possa notar, mas eu o conheço bem.
Por Alá! Não precisamos de uma discussão por causa disto. É apenas um cão, e temos bastante espaço aqui.
-"não faça todo esse discurso por um inofensivo cão. Se você está com raiva, que se foda, me bata ou me estanque, mas não desconte nele, okay? Eu quero que ele fique, e para o seu bem, é melhor ele ficar!" Digo mais firme do que ele, ou até mesmo eu, pensaria em dizer. Eu odeio fazer o papel de submissão fora do quarto! Foda-se o "não" dele, ninguém se casa com um megalomaníaco controlador para obedecer fielmente.
Ele para um momento e Linelisa as minhas palavras, para se certificar de que ouviu direito.
-"para o meu bem?" Ele pergunta divertido.
-"para o seu...hum...bem sexual" esclareço as minhas palavras. Não é como se eu fosse fazer uma greve de sexo, ou algo do tipo, mas ele pode pensar que sim.
-"não pode me negar o que é meu" sua voz ameaçadoramente baixa e sexy faz eu querer me contorcer.
-"deixa, Daniel. Deixa ele ficar" peço. Daniel anda até mim, fechando o espaço entre nós.
-"eu definitivamente não consigo lhe negar nada" murmura. Quando próximo o suficiente, ele pega uma mecha do meu cabelo e põe atrás da orelha.
-"então não negue" digo baixo. Ele inclina o rosto para mim e sela meus lábios, logo após mordisca o canto do meu lábio inferior. Solto um gemido involuntário, sentindo o efeito da sua ação entre as minhas pernas.
-"vamos para o quarto?" Daniel pede. Eu não esperava outro pedido, é sempre assim. As brigas funcionam como preliminares para o sexo.
-"eu quero ter você no quarto vermelho" murmuro. Ele me encara com um sorriso satisfeito.
-"Sra. Black , eu acho que você está se portando como uma louca por sexo pesado" comenta. Antes que eu possa formular uma resposta, Daniel inclina os joelhos e agarra as minhas coxas. Ele me ergue sobre os meus calcanhares, pondo-me em seu ombro direito.
-"acho que você me fez assim. Sou como você quer que eu seja" falo ofegante. Não consigo tirar o sorriso colegial que preenche meu rosto.
-"sim, desobediente, mas você é exatamente o que eu quero" ele diz. Mesmo estando comigo em seus ombros, ele não parece ofegante. Eu admiro sua força física, me parece quente como o inferno.
Ele caminha até as escadas e começa a subir. Vejo toda a sala de cabeça para baixo, se distanciando cada vez mais.
Cross my heart, hope to die
To my lover, I'd never lie
He said: Be true -, I swear: I'll try
In the end, it's him and I
He's out his head, I'm out my mind
We got that love, the crazy kind
I am his, and he is mine
In the end, it's him and I.
(Juro de pés juntos, pela minha morte
Ao meu amado, eu nunca mentiria
Ele disse: Seja verdadeira - eu jurei: Vou tentar
No final, é ele e eu
Ele está fora de si, eu estou enlouquecendo
Nós temos esse amor, do tipo maluco
Eu sou dele e ele é meu
No final, somos ele e eu)
Ao chegar no topo da escada, Daniel me põe de pé sobre meus calcanhares.
-"a porta do quarto está aberta. Entre, e quando eu chegar, quero que esteja nua sobre a cama." Ele ordena.
-"sim" concordo.
Eu me viro para o corredor em direção ao quarto. Quando estou de costas para ele, recebo um tapa mediano na minha bunda.
-"ah" grito em surpresa, mas não me viro novamente para ele. Mesmo de costas, posso sentir seu sorriso perverso. Bastardo lindo!
Caminho até o quarto e, ao mesmo tempo, ouço o som dos seus passos descendo as escadas. Paro em frente a porta e suspiro.
Porra! Eu nunca entrei aqui sozinha. Digo, não sob sua ordem.
Giro a maçaneta delicadamente. O ranger da porta é escutado e logo o aroma de madeira polida e cítricos é sentido por mim.
Adentro no local. O salto da minha bota faz um barulho que ecoa por todo o quarto.
Eu faço como meu Cinquenta disse e começo a me despedir. Retiro meu cachecol e o jogo em algum canto do quarto. Busco o zíper do vestido atrás das minhas costas e o puxo para baixo.
O vestido cai nos meus pés e eu saio dele com cuidado para não pisar no tecido.
Subo a perna direita até o alcance da minha mão e desço o zíper da bota. Repito o processo com a bota esquerda e logo estou livre das minhas roupas, exceto pela calcinha.
Encaixo os polegares nas laterais da calcinha e a deixo escorregar pelas pernas. Caminho até a cama de lençóis vermelho escuro e deito sobre a mesma.
Não demora muito e logo Daniel adentra pela porta que eu não me dei ao trabalho de fechar. Ele está glorioso com o seu jeans e pés descalços. Eu simplesmente amo a visão dos seus pés descalços!
-"boa menina. Agora vire-se com seu rosto para a cama e seu traseiro para mim" Ele ordena com a voz rouca.
Eu giro, ficando com os seios e barriga contra o colchão. Não o vejo, apenas sinto algo frio, talvez uma corda, enlaçando meu tornozelo. Ele puxa meu tornozelo e o prende, usando a mesma corda, ao dossel da cama.
Daniel amarra meus pés, um em cada extremo da cama e eu me encontro de pernas abertas e vulnerável.
Ele segura minha mão esquerda, que descansa ao meu lado, e captura também a outra. Daniel une ambas e as prende com uma algema confortável.
-"vou vendar você, baby" ele comunica. Concordo com a cabeça. Minha respiração está descontrolada com a ansiedade. Cada "visita" aqui surpreende mais, eu nunca sei o que irei sentir.
Antes do seu próximo ato, Daniel desfere um tapa na minha bunda. Semicerro os dentes para não gritar com a ardência que se forma no local.
Ouço apenas seus passos em direção a cômoda. Logo após, o som é ligado e a música 'hymn for the weekend' começa a ecoar.
A minha visão está escura, na verdade, o quarto está escuro, então não vejo muito. Com a música alta tocando, meus sentidos estão atordoados.
Sinto as mãos do Daniel na minha perna, subindo, minhas coxas, meu traseiro, nas costas... Ele retira as mãos de mim, mas somente para deslizar uma máscara sobre meu rosto.
Ele volta a explorar meu corpo com a mão, deslizando seus dedos pela extensão das minhas costas até minha bunda.
Daniel aperta meu traseiro e não evito um gemido. Ele coloca uma mão entre as minhas pernas, acariciando a parte interna da coxa.