Desejo sem Limites
img img Desejo sem Limites img Capítulo 1 Vai Chover
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Capítulo 6 SUA VIDA img
Capítulo 7 O Fim img
Capítulo 8 A Ficha img
Capítulo 9 A PEÇA img
Capítulo 10 EU QUERO img
Capítulo 11 SIM POR FAVOR img
Capítulo 12 MAIS PROFUNDO img
Capítulo 13 TODO O DIA img
Capítulo 14 SEM HORA img
Capítulo 15 INSÔNIA img
Capítulo 16 TUDO BRANCO img
Capítulo 17 O PLANO img
Capítulo 18 EM CASA img
Capítulo 19 FALTA img
Capítulo 20 BEBÊ img
Capítulo 21 BEM PAGO img
Capítulo 22 O CASAMENTO img
Capítulo 23 RELAXE img
Capítulo 24 NO ESCURO img
Capítulo 25 O RATO img
Capítulo 26 FRIO img
Capítulo 27 VINGANÇA img
Capítulo 28 MENTIRAS E VERDADES img
Capítulo 29 A RATOEIRA img
Capítulo 30 PASSADO img
Capítulo 31 TUDO AS CLARAS img
Capítulo 32 EM CASA img
Capítulo 33 O ACERTO img
Capítulo 34 SEM LUTA img
Capítulo 35 O MAIS INCRÍVEL img
Capítulo 36 MUDANÇAS img
Capítulo 37 BANHO QUENTE img
Capítulo 38 FAMÍLIA img
Capítulo 39 O PASSADO, O PRESENTE img
Capítulo 40 O FIM, O FUTURO img
Capítulo 41 PERTENÇO img
Capítulo 42 SEM CANSAR img
Capítulo 43 CERTEZAS img
Capítulo 44 Borboleta img
Capítulo 45 Borboleta 2 img
Capítulo 46 O RECADO img
Capítulo 47 O TROCO img
Capítulo 48 MENSAGEM img
Capítulo 49 A TEMPO img
Capítulo 50 O ACERTO FINAL img
Capítulo 51 CORAÇÃO img
Capítulo 52 Marcada img
Capítulo 53 EXPECTATIVAS img
Capítulo 54 MAL-ESTAR img
Capítulo 55 XADREZ img
Capítulo 56 JANTAR img
Capítulo 57 PRESENTE img
Capítulo 58 MORRENDO img
Capítulo 59 MEDO img
Capítulo 60 CLARIDADE img
Capítulo 61 PRÓPRIO VENENO img
Capítulo 62 SAUDADE img
Capítulo 63 SATISFEITO img
Capítulo 64 FINAL img
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Desejo sem Limites

J. M. Sant
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Capítulo 1 Vai Chover

ANASTÁCIA

Ainda bem que tive alguns meses para processar minha nova vida, e o título fracassada não fazia parte do plano. A insônia era uma amiga, mas o medo parecia ter diminuído... ou estava apenas escondido, enquanto eu fingia que vivia como uma adulta responsável. Aos vinte e nove anos, ainda não tinha conseguido minha tão sonhada independência financeira.

Atualmente morava com o pai do meu filho de seis anos, logo após a confirmação da gravidez fomos morar juntos, ficou mais fácil sustenta-lo e educa-lo. Eu vivia um relacionamento sem graça e sem amor, mas não faltava nada para o Gabriel e isso me deixava feliz.

Mesmo com o abuso psicológico e o desinteresse multou, ainda preferia ficar nessa situação pelo nosso filho. Usava toda minha força de vontade e recurso para conseguir minha sonhada vaga como professora, já fazia um ano de formada e não conseguia cimentar na área, fazendo trabalhos como freelance até conseguir o emprego real. Quebrava um galho como professor reforço, mas eu gostava do certo, gostava de ter rotina e focar na criação de um sistema de educação consistente. Não que eu já tivesse feito isso antes, mas era nas aulas de planejamento que minha dedicação transbordava. Formada em Pedagogia e Desenvolvimento de pessoal, a única experiência de trabalho que eu tinha era com atendimento ao cliente.

Minha veia de liderança era quase nula. De acordo com o professor Raí, eu deveria ter sido inabilitada de colar grau, já que não tinha ido bem em nem um dos trabalhos que ele havia passado. Que me pedissem para planejar um semestre, mas não para abrir uma empresa. Eu era boa em cumprir ordens, não em as dar. Com a ajuda do conselho docente e por aquela ter sido a única matéria de prova final em que eu ficaria, os professores decidiram me passar. Tendo a nota máxima no meu TCC, nada me impediria de conseguir o meu diploma, nem aquele professor chato metido a intelectual.

Ainda não tive sorte de ser aceita em uma boa escola.

Sozinha, tenho me virado como possível. Todos os dias eu tinha indicação de que ninguém faria por mim, por mais próximos e solícitos que fossem qualquer ajuda. A segurança de ter quem me desse segurança e sustento, que indicasse a direção não existia. Eu me sentia uma intrusa na minha falsa casa, as cobranças para pagar o custo básicos, humilhações e depreciação emocional constantes, estavam me matando. Eu não dormia há muito tempo e, depois daquele acontecimentos, ficaria cada vez pior. Sem esperança de conseguir um trabalho em minha área, fui fazer uma entrevista para vaga de secretaria. Eu sei, nada a ver, mas é um trabalho, não é?

Sai correndo com medo de perder a hora, já tinha deixado meu filho na escola e com a esperança de ter um salário, corri para o ponto de ônibus. Só não sabia que essa seria a última vez que faria esse caminho, que tudo é todos que conhecia não veria mais.

            
            

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