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*POR ROSA*
Rosa chegou em casa, decida a tomar um banho para relaxar, chegou em seu quarto preparou em banho em sua banheira, despejou vários sais, deixando a água bem perfumada também, enquanto a mesma enchia, Rosa aproveitou para retirar sua maquiagem, se despir e por fim mergulhou na água morna que estava a sua espera.
Uma vez lá dentro seus pensamentos a levaram para a época da faculdade, quando ela via Paulo todos os dias sair com uma garota diferente e no dia seguinte ouvia os comentários sobre o que teriam feito na noite anterior.
Teve uma vez, que uma de suas ficantes chegou contando para suas amigas, que haviam passado o final de semana juntos após teriam saído da balada na sexta á noite, ela contou como aquela noite foi incrível, a forma como ele pegou ela na cama, as posições, a força que ele usou, enfim, que no outro dia levara ela no cinema, assistiram um filme romântico e repetiram a dose de amassos durante a noite e uma parte do domingo, contou ainda, que ele levou ela em casa e tudo mais, como ela achou aquilo muito incrível, muito bom. Na segunda quando ele chegou ela foi correndo ao seu encontro, quando chegou mais perto, logo pudemos ouvir os risos e os saros que estavam fazendo dela, que tudo aqui só tinha ocorrido por conta de uma aposta entre os meninos, apesar dela ser uma das patricinhas mais mesquinhas da turma, no fundo chegou a me dar uma certa pena dela, ela virou chacota por semanas.
Isso foi logo que descobri meu amor pelo Paulo, quando vi tudo isso, fiquei mais na minha o possível, e decidi que me afastaria o máximo dele, sempre que possível, para não cair numa cilada dessas, até mesmo porque no coração não mandamos.
Não sei quanto tempo durou esse pensamento, mas quando se deu por conta a água já estava começando a esfriar, então ela saiu rapidamente, se vestiu de forma confortável e foi se deitar.
*POR PAULO*
Não muito longe de Rosa, estava Paulo, depois de sair atordoado da boate, sem saber o que estava acontecendo com sigo mesmo, ele chegou em casa, foi tomar em banho para relaxar.
Enquanto a ducha caia em suas costas, ele pensava em sua vida, pensava em quantas aventuras que já viveu, como no dia, em que depois de passar um final de semana com uma garota, tudo por uma aposta, ele lembra de olhar ao redor quanto todos riam da patricinha, e ver os olhos de Rosa parados neles, com um olhar de decepção. Mais tarde naquele dia, ele ficaram em um mesmo grupo para elaborar um projeto, era visível a forma que ela se afastava dele e de dois de seus amigos que também ficaram no mesmo grupo. Os mesmos queriam se aproximar e tentar tirar algum saro dela, porém algo dentro de Paulo impediu eles de fazerem isso, ele mesmo nem sabe o por que, mas sabe que não queria ver ela sofrendo. Ninguém nunca importunou ela então, ver ela se afastando dele daquela forma o deixava triste de alguma forma que ele não sabia explicar, não tinham nada, ele não lembrava nem se quer de ter trocado um palavra com ela antes daquele dia, e pensando agora, não lembra de ter trocado uma palavra depois.
Quanto tempo havia se passado, ele não sabia, mas seus dedos já estavam enrugados de tanto ficar na água, então ele optou por sair do banho e ir se deitar.
Sábado a tarde, ele passou com sua mãe e sua irmã, riram, olharam filme, tomaram banho de piscina, na hora de ir pra casa ele ofereceu carona para sua irmã. Quando já estavam no meio do caminha sua irmã Cintia lhe pergunta:
-Paulo, diga, você nunca foi de oferecer caronas pra mim, o que esta te levando a fazer isso?
Estavam no sinal, ele olhou pra ele e perguntou
-Quando você sabe que esta apaixonado?
A pergunta causou um primeiro susto em Cintia, seu irmão pegador falando em amor, será que ela tinha ouvido bem?
-eu ouvi bem Paulo, você falando em amor?
-não começa de graça Cintia, você consegue responder minha pergunta?
Apesar de estar incrédula ainda, ela responde a ele
-isso é uma coisa que você sente Paulo, o coração vai disparar, você vai ficar bobo perto dessa pessoa, não vai saber o que fazer, não vai saber o que falar, mas ao mesmo tempo vai ter uma sensação muito boa dentro de você, vai chegar um momento que você não vai mais querer ficar longe dessa pessoa, e o mais importante, de cada dez pensamentos, onze vão ser sobre essa pessoa. Então maninho, você esta amando?
- muito mais do que eu gostaria- respondeu Paulo
-meodeus Paulo, quando eu vou conhecer minha cunhada?- disparou Cintia
-quando ela for sua cunhada- disse Paulo
-PAULOOO, o que você já fez com essa moça?
-pode se acalmar, eu não fiz nada, mas infelizmente ela conhece a pior versão possível de conhecer do Paulo.
-como assim maninho?
-sim Cintia, nós estudamos juntos
-você vai ter serviço então, meu querido, só espero que você não tenha feito nada pra ela naquela época também
- não fiz Cintia, mas ela me viu fazendo com outras meninas
Nesse momento, Cintia pode ver tristeza nos olhos do irmão.
-Calma Paulo, existe a possibilidade dela gostar de você também?
- não sei te responder isso, encontrei ela novamente faz dois dias, parece loucura eu sei, não me julgue, mas toda vez que ela me vê, parece que ela tá olhando pra um fantasma, de tão assustada que ela fica, ela me vê, ela quer sair correndo praticamente, não sei porque causo essa repulsa nela.
Cintia esta ali com um sorriso no rosto.
-por qual motivo você esta com esse sorriso Cintia, você não tá vendo que a situação está ruim?
-só pra você maninho, que ainda não viu que ela esta na sua só esta com medo de deixar você se aproximar por conhecer você, acho que mais que eu mesma conheço - disse Cintia, ela fitou ele por um momento, e continuou, então trate de não fazer mais nenhuma coisa errada se você realmente quiser conquistar essa moça.
- bom maninho, já estamos um tempo parados aqui, daqui a pouco os vizinhos vão começar a estranhar, eu vou entrar, qualquer coisa me liga, beijoos
-tá bom maninha, beijoos
Depois dessa conversa, Paulo tinha muito o que pensar ainda, então seguiu para casa.
*POR ROSA*
Acordou no outro dia por volta das 9 horas da manhã, nem ela acreditava que havia acordado tão cedo, em pleno sábado. Fez sua higiene rápida, desceu para tomar seu café, comeu apenas algumas frutas, não muito pesado, logo após decidiu que iria sair para correr no parque próximo, subiu então para o quarto trocou seu hobbie por uma roupa de esporte confortável, um top preto, com um short no mesmo tom, com alguns detalhes rosa, um tênis confortável, preto com detalhes rosa e o solado branco, pegou o suporte para o celular, seus fones, uma garrafa com água e saiu, antes se certificou de trancar a casa, guardar a chave, no seu lugar habitual.
Como ela não havia escutado o horário que Stefany havia voltado para casa ou melhor, nem sabia se ela tinha retornado, então não se preocupou muito em fazer o almoço, qualquer coisa sairiam para almoçar no restaurante que tem um típico gosto de comida caseira, que fica ali no condomínio.
Enquanto ia para o parque, ela pensava:
'como é possível que o Paulo estivesse as duas noites na boate?
'será que ele é cliente vip?'
'como ele é pegador e mulherengo nem duvido que ele realmente seja vip'
'como conseguimos a entrada liberada tão facilmente aquela noite?'
'seria possível que os dois casos tivessem alguma ligação?'
'será que ele poderia ser sócio da boate?'
'impossível, teria visto o nome dele no contrato'
'mas pensando bem, Jorge, realmente comentou que tinha um sócio, mas que o mesmo não pode se fazer presente por motivos pessoais'
'mas quais as chances reais desse sócio ser o Paulo, praticamente nenhuma, contado que da última vez que ela tinha escutado algo dele, ele trabalharia n empresa de seus pais em São Francisco, mas claro, isso logo após a formatura'
levando em conta esse pensamento, ela também já estava na segunda volta no parque, ela prosseguiu:
'mas pensando nisso, ele deve estar só de férias por aqui'
Quanto mais pensava, mais possibilidades surgiam, mais confusa ficava.
Tomou água, e voltou a correr, quando a sua cabeça estava começando a ficar vazia dos pensamentos que a torturavam antes:
-você não olha por onde corre não?!- esbraveja Rosa
-mas vou ser obrigado a me defender, parei para tomar água e você bateu em mim- retrucou Paulo
Quando Rosa escutou aquela voz, levantou a cabeça rapidamente para olhar de onde vinha aquela voz, que se sentiu um pouco tonta e cambaleou, nesse momento Paulo a segurou.
-tudo bem?-indagou ele
-tudo sim, fiquei um pouco tonta, acho que levantei rápido de mais- respondeu ela, já constrangida
-desculpe ter ficado na sua frente- disse Paulo
-não há necessidade de pedir desculpas, eu deveria ter te visto, e desculpe pela forma com que falei com você a poucos instantes, tava com a cabeça a milhões.
-só se você aceitar, ir ali e tomar um sorvete comigo, sei que estamos nos exercitando, mas é sábado de manhã, então vale esse relaxamento.
Rosa, estava com o coração na boca não sabia o que fazer, tava agindo feito uma boba na frente dele, imagina o que iria acontecer se fossem tomar um sorvete juntos, e se ela derrubasse o sorvete todo nela!?!, mas também, seria uma desfeita depois da forma com que ela falou com ele.
- podemos ir sim- respondeu Rosa, tentando fingir naturalidade
Foram caminhando, seria ir ali do outro lado da praça, foram em silêncio, se não fosse a situação ela, seria um silêncio agradável
Ao chegarem lá, foram fazer os pedidos, Rosa estava tão perdida que deixou por conta do Paulo os pedidos.
Dados uns 5 minutos ele voltou com dois sorvetes de morango com calda de morango e mm's, ao ver aquilo os olhos de Rosa brilharam, será que ele escolheu ao acaso ao ele sabia que aquele era seu sorvete favorito.
-pegue o seu- disse Paulo sorrindo
Aquele sorriso matavaa Rosa por dentro, ela logo pegou
-você ainda gosta de sorvete morango com calda de morango e mm's?-pediu Paulo, meio sem jeito
-como você sabia o sorvete que eu gostava?- respondeu Rosa com outra pergunta
No mesmo instante Rosa notou que Paulo ficou um pouco mais vermelho, antes de responder
-porque no período de faculdade, sempre que você e suas amigas tomavam um sorvete o seu era assim
'como assim ele reparava em mim?'
-e desde quando você ficava me cuidando? perguntou ela, bem curiosa
-desde o dia que você me olhou com a maior cara de nojo e tentou se afastar ao máximo de mim- respondeu ele bem direto
-pelo que me lembro desse dia, você e seus amigos tinham feito mais uma das meninas da universidade de bobas- disse Rosa , meio brava
ele em uma tentativa de se defender disse:
- coisas de moleque, que queria se aparecer para os amigos- Paulo
-ainda bem que você sabe- disse Rosa
- ainda bem que o tempo passou e hoje sou um Paulo diferente daquele tempo- ele colocou
-será que é mesmo?- indagou ela
' por qual motivo mesmo ela estava fazendo esses questionamentos a ele?'
-posso te garantir respondeu ele.
Acabaram rindo, para não entrarem em uma discussão, por fim o sorvete já tinha terminado, ela achou a oportunidade perfeita para sair daquela conversa no mínimo estranha.
-vou indo para casa então disse ela
-obrigado por aceitar tomar um sorvete comigo- agradeceu Paulo
- era o mínimo que eu poderia fazer depois de ser tão rude com você- disse Rosa
-eu fiquei ali admirando sua beleza e não sai da sua frente também- disse Paulo
Nesse momento Rosa ficou sem jeito
-aah, obrigada- e sorriu, sem saber muito o que fazer também, logo sentiu as bochechas esquentarem.
-até mais então- disse Paulo, já puxando ela para um abraço.
-até- disse Rosa, já saindo do abraço