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Lúcifer vestia uma longa túnica alva que deixava seu ombro esquerdo amostra. Seus longos cabelos cinzentos desciam até sua cintura magra e ossuda, porém, desfilava com charme e elegância, dono de uma beleza sem igual, acompanhado de duas belas mulheres que vestiam nada mais que um longo vestido preto de tecido transparente tomara que caia, deixando belos decotes amostra.
Uma delas tinha cabelos vermelhos como fogo que descia até abaixo de sua volumosa bunda dotada de uma calda fina, que abanava energeticamente. Seu rosto era fino e delicado e portava duas asas similar a de um morcego no lugar onde era para serem as orelhas. Pareciam serem gêmeas e apenas se diferenciavam na cor do cabelo, sendo uma ruiva e a outra morena, branca de cabelos negros - Mas essa segunda por sua vez, possuía as orelhas normais como de um ser humano.
– O que meu querido irmãozinho quer dizer "Afroputa", é que se vocês não colaborarem, voltarão para o mesmo buraco de onde foram desenterrados, ou mesmo destruídos, assim como todos nós. –Lúcifer se referia a Afrodite, deusa do amor, que possuía a fama deter se deitado com a maioria dos deuses e mortais de sua época.
– Lúcifer. – Exclamou Miguel como repreensão. – O que fazes aqui seu imundo? Sabes que não é bem-vindo, é muita coragem sua adentrar na Morada de Deus dessa forma. Se já não bastasse o castigo que lhe foi dado, ainda vem nos desafiar? O que queres além da danação eterna? Procuras a destruição?
Miguel e seus outros irmãos sacaram suas respectivas espadas de fogo sagrado, dando a entender que partiriam para cima do infernal a qualquer momento. Todos os anjos, deuses e semideuses que estavam ali presente, deram passagem ao senhor das trevas que caminhava com poder e autoridade pelo salão sagrado, demonstrando completa falta de respeito e temor aos Arcanjos que ali estavam.
Muitos cochichavam entre si demonstrando mais medo do senhor das trevas do que do próprio Miguel. Outros simplesmente riam e debochavam da vergonha que Lúcifer estava fazendo Miguel e os outros arcanjos passarem, tirando totalmente a autoridade dos supostos lideres do universo.
– Lúcifer seu insolente. – Esbravejou Miguel. – Chacais, peguem – no.
Na mesma hora vários Chacais, anjos que possuíam rostos de bebes mas corpo de atleta, saltaram sobre o anjo da escuridão armados de lanças e escudos. Lúcifer nem ao menos tentou se esquivas e defender – se, apenas ergueu as mãos em direção ao pelotão que vinha em assalto e os mesmo foram arremessados contra o teto e a parede, chocando –se violentamente e caindo todos desacordados. Com velocidade acelerada, A Estrela da Manha deslizou sem ao menos tocar ao chão e parou de frente a seus irmãos, precisamente de Miguel, que o encarou sem ao menos vacilar na postura.
– Isso é forma de receber um convidado? – Desafiou o senhor das trevas.
– Você não é bem-vindo. – Rebateu com maestria e autoridade, apoiando sua Espada Justiceira em seu pescoço, arrancando – lhe um filete de sangue.
– Fala serio, até Hades esta presente. – Sorriu irônico – Creio que gostariam de ouvir o que tenho a dizer a todos. – Se aproximou de Miguel em provocação, oque lhe rendeu um corte profundo no pescoço.
– É muita insolência. – Miguel o olhou nos olhos com desgosto e amargura e quando estava prestes a lhe degolar, seu irmão o deteve pelo punho. – Rafael?
– Vamos ouvir o que nosso irmão tem a dizer. – Ponderou o príncipe dos anjos da guarda. Rafael tinha a alcunha de ser o arcanjo mais bondoso e benevolente entre os primogênitos, o que o mantinha neutro em quaisquer conflitos entre eles. – Fale logo Lúcifer e vá embora, até mesmo a minha paciência tem limites.
Lúcifer como sempre era um ser hipócrita e dissimulado, limpou com a mão o sangue que escorria em sua pele e estendeu a mão a uma de suas servas e amantes, Lilith, a ruiva, como lia - se em sua coleira de espinhos, que lambeu sensualmente chupando – lhe os dedos como se fosse um órgão genital.
Caminhou em direção ao seu trono que jazia abandonado há uma eternidade, sentou – se com educação exacerbada e ordenou que suas servas ficassem ajoelhadas perante ele. Pediu que seus irmãos se sentassem, pigarreou e se calou por alguns minutos para então, começar seu discurso venenoso.
– Como vocês devem saber, a terra está sob meu poder há milênios. – Começou provocativo. – Sou muito adorado e idolatrado. Tenho templos, adoradores fieis, cultos e até quem se diga meus pastores. – Lúcifer sabia como usar as palavras, oque fazia com que a maioria dos que estavam ali vaiassem e o praguejassem.
– Você continua bastante amado pelas entidades e anjos "querido irmão" – Anunciou em alto som Miguel, incitando ainda mais os presentes. – Vamos logo ao que interessa serpente, sem rodeios.
– Minhas fontes dizem que algum dos Arcanjos, está em missão secreta a procura dos Escolhidos de Deus. Não é mesmo Rafinha? – Acusou a Estrela da Manha. – Aliás, Samael é a serpente e não eu. – Discordou do insulto
– Rafael? – Interrogou de forma surpresa o Príncipe do universo. – Como ousa me desafiar?
A principio a missão de procurar os Escolhidos de Jeovah, havia sido uma iniciativa do Arcanjo Miguel e o mesmo deixou bem claro que se alguém viesse a intervir de alguma forma nessa empreitada, seria tido como traidor. O mesmo valia para os Arcanjos.
– Irmão, eu... – Rafael vacilou nas palavras, estava nervoso e não fazia a mínima ideia de como Lúcifer havia tomado ciência de seus atos, no certo havia um espião. E de fato havia, Handriel.
– Basta. Eu confio em meu irmão, e ele seria o ultimo a querer me trair. – Defendeu o Arcanjo Miguel. – Pare de criar intrigas serpente maldita e diga logo o porquê ter vindo até aqui e trate de dar o fora antes que eu mesmo o expulse pela segunda vez. E tenha certeza que o inferno onde mora, se parecerá com uma floresta encantada em comparação com o que eu tenho guardado para você. Já estou cheio de você e dessas putas em nosso lar sagrado. Eu tenho nojo de você.