Capítulo 6 Esse nome soa tão familiar

Rufus se sentiu profundamente magoado por ter sido rejeitado. Ele até pensou em pedir uma segunda chance a Eunice, mas as palavras ficaram presas em sua garganta e ele apenas abaixou a cabeça miseravelmente.

Agora que havia esclarecido as coisas, Eunice disse com a voz carregada de indiferença: "Tenho que ir agora." Então, ela se virou e saiu.

Se sentindo desesperado, Rufus ainda chamou seu nome para implorar que ela ficasse, mas seus apelos caíram em ouvidos surdos. Observando a figura curvilínea de Eunice desaparecendo lentamente no elevador, Estrella sentiu ciúmes do belo corpo de sua meia-irmã. Para piorar tudo, lidar com a evidente afeição de Rufus por Eunice estava dando nos nervos da garota.

"Espere para ver, Eunice. Vou fazer da sua vida um inferno", Estrella sussurrou baixinho. Mudando de humor drasticamente, ela se virou para Rufus. "Sua reunião de negócios acabou? Que tal comermos juntos? Conheço um restaurante perfeito!"

Estrella só veio até o hotel para poder encontrar Rufus. Quando soube que o homem participaria de uma reunião no local, ela quis surpreendê-lo, na esperança de finalmente ter a chance de dormir com ele.

"Caso você não tenha notado, não estou de bom humor. Vá embora, por favor", Rufus disse antes de desviar de Estrella e caminhar para o portão do hotel. Havia algo mais importante que exigia sua total atenção e o nome dessa "coisa" era Eunice. Embora não soubesse como, o homem precisava encontrar uma maneira de fazê-la se apaixonar por ele. Se o acordo de casamento não estava mais de pé, ele faria de tudo para conquistar seu coração. No cenário ideal, os dois terminariam como marido e mulher.

Após refletir um pouco, Rufus acreditou que esse plano era viável. Ele iria cortejar Eunice até que ela se apaixonasse por ele. Em sua mente, era apenas uma questão de tempo até que ela concordasse em ser sua esposa.

À noite, Eunice levou seu filho para um restaurante perto do hotel, onde se encontrou com Delia. Ao avistar a figura de sua querida amiga se aproximar da mesa, Delia se levantou e abraçou Eunice e Brent alegremente. "Ai, meu Deus, Brent! Você está tão grande! Venha cá, me dê um abraço!", ela disse com um sorriso largo e os braços abertos para seu lindo afilhado.

"Olá, Delia!", o garoto respondeu em êxtase. Ele passou os braços em volta do pescoço dela e deu vários beijos em sua bochecha.

Sorrindo genuinamente, Delia deu um tapinha carinhoso na cabeça do menino. Ela sempre adorou vê-lo.

Enquanto esperavam a comida ser servida, Delia continuou conversando e brincando com Brent. Eunice sentiu que estava sendo deixada de lado, mas isso não era um pensamento justo. Delia e Brent eram as pessoas mais importantes de sua vida. Embora sentisse um pouco de ciúme, vê-los felizes na companhia um do outro a fez sentir um calor no coração.

Durante a refeição, Delia voltou sua atenção para Eunice. "Então, você não vai me contar o que aconteceu no escritório do Grupo Frazier hoje?", ela perguntou com um sorriso.

Em poucos minutos, Eunice contou toda a história, inclusive o fatídico encontro no café. Quando terminou de falar, Delia ficou boquiaberta. "Tudo bem, vamos ver se eu entendi direito... Para assumir o Grupo Frazier, você precisa se casar com esse homem estranho?", ela perguntou com as sobrancelhas erguidas, completamente absorta no assunto.

Acenando positivamente com a cabeça, Eunice continuou a explicar: "Embora pareça uma ideia meio ridícula, ele é um homem muito bonito e está disposto a aceitar Brent. Se tudo correr bem, poderemos viver com ele no futuro."

Delia passou alguns instantes avaliando a situação e chegou à conclusão de que os termos eram aceitáveis. Acenando com a cabeça em aprovação, ela disse: "Isso é bom! Como ele parece ser um bom partido, você pode tentar desenvolver um relacionamento mais significativo com ele após o casamento. Desde que você e Brent estejam felizes, tudo ficará bem."

Eunice não podia prever o futuro, mas a incerteza da prosperidade de seu plano começou a indomodá-la. No entanto, havia um sentimento de esperança em seu coração, no qual ela estava disposta a se agarrar para enfrentar as eventuais tempestades por vir.

Enquanto as duas conversavam, Brent comia e ouvia o diálogo com atenção. Com suas sobrancelhas inocentemente arqueadas, ele perguntou: "Mamãe, eu vou ter um papai?"

No passado, Brent perguntou onde estava seu pai. O garoto se questionava por que ele era a única criança da escola que não tinha um pai presente. Eunice respondeu que não sabia, o que não deixava de ser verdade. Como a identidade de seu pai biológico ainda era um mistério para ela, a mulher apenas mencionou que iria se casar com um bom homem no futuro e eles viveriam juntos como uma família.

Ao ouvir a pergunta inocente do filho, Eunice lutou para encontrar as palavras certas. Embora Brent não fosse filho biológico de Rodney, após o casamento, eles seriam considerados uma família. Legalmente falando, isso faria dele pai do garoto.

Sentindo que Eunice não sabia o que dizer, Delia decidiu intervir: "Claro! Você vai morar com sua mamãe e papai muito em breve, está bem, querido? O que você acha disso?"

"Muito legal! Eu estou muito feliz!", Brent respondeu com um sorriso largo.

Ver o filho sorrir dessa maneira deixou Eunice muito satisfeita. A princípio, parecia bom demais para ser verdade, mas aos poucos ela acreditou que Rodney se tornaria o pai de seu filho em breve. Aproveitando o tempo de qualidade juntos, o trio continuou a conversar, comer e se divertir durante o jantar.

De repente, Delia se endireitou na cadeira e deu um tapinha na mão de Eunice. "Ei, espere um minuto! O nome do seu futuro marido é Rodney Lawson, não é? Esse nome soa tão familiar! Acho que li algo sobre ele em uma edição semanal da Revista People."