Casada Com A Fera
img img Casada Com A Fera img Capítulo 1 Prólogo
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Capítulo 6 V - Sophie img
Capítulo 7 VI - Patrick img
Capítulo 8 VII - Sophie img
Capítulo 9 VIII - Patrick img
Capítulo 10 IX - Sophie img
Capítulo 11 X - Patrick img
Capítulo 12 XI - Sophie img
Capítulo 13 XII- Patrick img
Capítulo 14 XIII - Sophie img
Capítulo 15 XIV - Patrick img
Capítulo 16 XV - Sophie img
Capítulo 17 XVI - Patrick img
Capítulo 18 XVII - Sophie img
Capítulo 19 XVIII - Patrick img
Capítulo 20 XIX - Sophie img
Capítulo 21 XX - Patrick img
Capítulo 22 XXI - Sophie img
Capítulo 23 XXII - Patrick img
Capítulo 24 XXIII - Sophie img
Capítulo 25 XXIV - Patrick img
Capítulo 26 XXV - Sophie img
Capítulo 27 XXVI - Patrick img
Capítulo 28 XXVII - Sophie img
Capítulo 29 XXVIII - Patrick img
Capítulo 30 XXIX - Sophie img
Capítulo 31 XXX - Patrick img
Capítulo 32 XXXI - Sophie img
Capítulo 33 XXXII - Patrick img
Capítulo 34 XXXIII - Sophie img
Capítulo 35 XXXIV - Patrick img
Capítulo 36 XXXV - Sophie img
Capítulo 37 XXXVI - Patrick img
Capítulo 38 XXXVII - Sophie img
Capítulo 39 XXXVIII - Patrick img
Capítulo 40 XXXIX - Sophie img
Capítulo 41 XL - Patrick img
Capítulo 42 XLI - Sophie img
Capítulo 43 XLII - Patrick img
Capítulo 44 XLIII - Sophie img
Capítulo 45 XLIV - Patrick img
Capítulo 46 XLV - Sophie img
Capítulo 47 XLVI - Patrick img
Capítulo 48 XLVII - Sophie img
Capítulo 49 XLVIII - Patrick img
Capítulo 50 Epílogo img
Capítulo 51 Bônus Patrick img
Capítulo 52 Bônus Sophie img
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Casada Com A Fera

Lili Marques
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Capítulo 1 Prólogo

Sophie

Eu já estava pronta, enquanto esperava meu tio Charles conversando com o seu advogado, ficava olhando meu primo brincando do lado de fora da casa, Louis corria gritando e rindo com os amigos que eu não conhecia, fazia muito tempo que eu não os via, meu pai tinha brigado com tio Charles e mesmo ele sendo irmão da mamãe nunca mais nos vimos.

Estava ali sendo entregue ao tio Charles, para que ele fosse meu guardião até eu completar vinte e um anos. E tudo isso porque meus pais tinham morrido em um acidente de barco. Era difícil acreditar que eles haviam partido para sempre, há uma semana eles tinham saído de férias para a Europa, pra comemorar o aniversário de casamento e eu fiquei com minha babá.

Eles achavam que eu ainda não entendia o que estava acontecendo ali, o porquê me levaram pra casa do meu tio, mas eu tinha escutado as conversas, uma criança de nove anos escuta muita coisa, disso eu tenho certeza.

- Sophie querida, você tem que comer um pouco. - minha babá chegou insistindo pela decima vez para que eu comesse, mas eu detestava peixe e tudo o que tinha para o almoço era frutos do mar.

- Porque meus pais tinham que morrer, Jenny?

- Ai minha querida, eu lamento muito pelo que aconteceu aos seus pais. Mas foi um acidente e acidentes acontecem, isso pode acontecer com qualquer um. - ela tentou me confortar, mas não conseguiu.

- Mas não aconteceu com qualquer um, aconteceu comigo.

- Você ainda é uma menina de muita sorte, seu tio Charles vai cuidar de você agora, até que possa tomar conta das empresas do seu pai. - eu queria gritar, dizer que não queria meu tio, queria meus pais, mas ao invés disso baixei a cabeça concordando com ela.

Eu não tinha muitas lembranças do tio Charles, ou do porque o filho dele não chamava a tia Magie de mãe, mas agora teríamos que aprender a conviver já que eu estaria presa ali.

- Querida, porque não vai brincar com seu primo? - ergui a cabeça olhando pra ela novamente. - Talvez você aprenda a gostar daqui.

Eu duvidava muito, mas para ser uma boa menina como ela tinha repetido várias vezes eu me levantei e fui até o gramado. Eles estavam atirando uma bola de futebol americano, que caiu bem perto de onde eu estava.

- Joga a bola pirralha! - um dos meninos que estavam com meu primo gritou sorrindo.

- Posso brincar com vocês? - perguntei acanhada quando peguei a bola, estava tentando como Jenny falou, tudo começa com um primeiro passo.

- Não! Porque você é menina e meninas são chatas e fracas! - foi meu primo que gritou enquanto seu amigo correu até onde eu estava.

- Vai brincar de bonecas sua idiota! - ele puxou a bola das minhas mãos com força e por pouco eu não parti pra bater nele.

Os outros começaram a rir e no mesmo instante eu corri para os braços de Jenny, me escondendo no único lugar que ainda era familiar para mim.

Mas ali era só o começo do meu inferno pessoal, o começo do meu tormento.

Patrick

Estava terminando de arrumar minha gravata borboleta quando Cris surgiu atrás de mim no reflexo do espelho.

- Você tem certeza que quer fazer isso? Ainda posso te ajudar a fugir cara, de verdade, tenho um carro nos fundo só esperando sua ordem e te tiramos daqui.

Empurrei meu melhor amigo pra longe dando risada de sua insistência em me fazer desistir do casamento.

- Emily é a melhor garota que eu podia conhecer, linda, rica, gostosa, vem de uma boa família como a minha. O que mais eu podia querer?

- Sei lá cara, quem sabe esperar uns dez anos mais? Você só tem vinte e cinco anos, tem uma vida toda pela frente!

- Uma vida que eu quero dividir com a mulher mais perfeita que eu conheci. - ele revirou os olhos se afastando e eu não consegui deixar de rir da expressão idiota em seu rosto. - Um dia você vai entender Cris, te garanto.

Ele fez o sinal da cruz se afastando em busca das alianças, que estavam na cômoda.

- Te garanto que isso não vai acontecer. Mas não vou mais insistir que fuja dessa loucura enquanto é tempo, já que você está meloso de mais pro meu gosto, vai acabar dizendo mais bobagens românticas.

Me voltei para a janela encarando as pessoas no jardim, tudo ali tinha sido escolha da minha futura esposa, ela não pediu minha opinião em nada, mas acredito que todas as mulheres são assim, afinal é o dia delas.

Nunca imaginei que poderia ser tão feliz, não até esse dia, até o momento em que colocaria o anel no dedo dela e declararia para o mundo que ela é só minha!

- Vamos, está na hora. - foi a voz do meu pai que invadiu o quarto me tirando do transe. - Ainda está certo disso filho? Tenho certeza que ela ainda te esperaria daqui há um ano ou mais.

- Até você pai? - perguntei conferindo minha aparência uma última vez no espelho. - Estou mais do que certo, ela é a mulher que eu amo e não quero perder mais nenhum dia sem tê-la como minha mulher.

Eu só não tinha ideia que estava cometendo o maior erro da minha vida naquele dia.

            
            

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