Senhor Arrogante - Amor sob contrato
img img Senhor Arrogante - Amor sob contrato img Capítulo 4 Uma doce secretária
4
Capítulo 6 Desejando a Senhorita Atrevida img
Capítulo 7 Ameaça img
Capítulo 8 A proposta img
Capítulo 9 Do sonho ao pesadelo img
Capítulo 10 Desentendimentos e desejos img
Capítulo 11 Leia img
Capítulo 12 Atrevida! Se abra para mim! img
Capítulo 13 Eu te desejo em minha cama img
Capítulo 14 Irresistível img
Capítulo 15 Te sentir minha por um instante img
Capítulo 16 Abrindo o coração img
Capítulo 17 Me sinta dentro img
Capítulo 18 Desejo inevitável img
Capítulo 19 Paixão Incontrolável img
Capítulo 20 Posso dormir aqui, com você img
Capítulo 21 Provoque-me! img
Capítulo 22 Intensa luxuria img
Capítulo 23 Você me quer dentro img
Capítulo 24 Doce, quente e toda minha img
Capítulo 25 Apaixonados img
Capítulo 26 Ajoelhe-se, cumpra suas promessas! img
Capítulo 27 A verdade vem à tona img
Capítulo 28 Indo atrás do que se quer! img
Capítulo 29 Carregados de sentimentos img
Capítulo 30 Doce Senhor Arrogante img
Capítulo 31 Entregues img
Capítulo 32 Namorada img
Capítulo 33 Seu sabor em minha língua img
Capítulo 34 Coração fora de controle img
Capítulo 35 Um sentimento crescente img
Capítulo 36 Seja minha! img
Capítulo 37 Estou disposto a correr riscos por você img
Capítulo 38 Consequências da fuga de paixão img
Capítulo 39 A mulher que amo! img
Capítulo 40 A entrevista img
Capítulo 41 Casados img
Capítulo 42 Eu não vou fugir de nada disto! img
Capítulo 43 Doces momentos img
Capítulo 44 Uma proposta real img
Capítulo 45 Quero fazer amor com você lentamente img
Capítulo 46 Este é o seu feliz para sempre img
Capítulo 47 Preocupado e protetor img
Capítulo 48 Você deveria se casar comigo! img
Capítulo 49 Planos para um futuro juntos img
Capítulo 50 Tudo ficará bem img
Capítulo 51 A tempestade img
Capítulo 52 Ataque da ex img
Capítulo 53 Uma dolorosa notícia img
Capítulo 54 O resultado img
Capítulo 55 Milagre img
Capítulo 56 Batidas de um coração img
Capítulo 57 Doces planos img
Capítulo 58 Não ficarei longe de você img
Capítulo 59 Para sempre escolho você img
Capítulo 60 Prefiro você nua. img
Capítulo 61 Com você, o impossível se torna possível. img
img
  /  1
img

Capítulo 4 Uma doce secretária

Cheguei pontualmente no meu primeiro dia de trabalho, sentindo uma pontada de orgulho por isso. Estava determinada a começar com o pé direito, apesar de toda a confusão envolvendo Enrico Ferrari. Sim, ele era meu chefe agora, mas eu tentava me focar apenas no profissional. A tarefa de ignorar seu olhar penetrante e o impacto que ele exercia sobre mim seria um desafio.

Esperei na recepção, tentando manter a calma, até que Simona, sua secretária, apareceu.

- Bom dia, Senhorita Antonella. Prazer em conhecê-la. Sou Simona.

- Bom dia, o prazer é meu - respondi, apertando sua mão. Ela parecia competente e profissional, exatamente como eu imaginava que alguém que trabalhava diretamente com Enrico seria.

- Venha comigo. Vou lhe dar toda a documentação que precisa assinar.

Segui-a até o que seria minha nova sala, e ela colocou uma pasta grossa à minha frente, cheia de papéis. A papelada era intimidante; entre contratos e termos de confidencialidade, parecia que eu estava me comprometendo a algo muito maior do que um simples trabalho. Assinei o acordo de sigilo, já que trabalhariam com tecnologia de ponta, e então, ao chegar no contrato de trabalho, algo me fez congelar.

- Acho que há um engano aqui. - Meus olhos correram pelo texto. - Fui contratada como tradutora, mas este contrato é para secretária assistente do Senhor Enrico.

Simona sorriu calmamente.

- Não há erro, Senhorita Caruso. O Senhor Enrico já contratou outra pessoa para lidar com a tradução dos documentos da empresa. Ele a contratou para ser sua secretária pessoal e tradutora em suas viagens.

Meu coração acelerou. Viagens?

- Viagens? - perguntei, quase sem acreditar.

- Sim. É por isso que o salário é substancialmente maior do que o oferecido para a vaga inicial. - Seu tom era suave, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Olhei para os números no papel e minha respiração falhou por um segundo. O salário era impressionante, quase o triplo do que eu ganharia apenas como tradutora. A oferta era praticamente impossível de recusar, mas viajar com Enrico? Isso seria algo mais complexo do que eu poderia imaginar.

- Mas você é a secretária dele... - Tentei entender.

- Sim, mas não se preocupe - Simona garantiu com um sorriso. - Eu continuarei aqui, cuidando dos assuntos administrativos. Ele só precisa de alguém que o acompanhe nas viagens e desempenhe outras funções específicas. Coisas que eu não posso fazer. - Seu sorriso era reconfortante, mas minha mente estava em tumulto.

Com a caneta em mãos, tremi ao assinar aquele contrato. Parecia que estava vendendo minha alma para aquele diabo de olhos claros. Quando terminei, Simona pegou a papelada, organizando tudo de forma eficiente.

- As viagens já estão marcadas na sua agenda. Elas variam de quatro dias a uma semana. Ele evita passar os finais de semana fora, mas... algumas exceções acontecem. - Ela hesitou antes de continuar. - Qualquer coisa, é só chamar no meu ramal.

Agradeci e tentei me focar na tarefa à minha frente, mas a apreensão não me abandonava. Olhei pela sala que agora era minha, tentando absorver tudo. A porta de Enrico, adjacente à minha, estava trancada. "Não entre se ele não chamar", haviam dito. Suspirei, tentando entender o que estava por vir.

Quando finalmente abri a agenda, a lista de destinos quase me fez rir de nervosismo. Itália, Espanha, México, Dubai, Marrocos... e a lista continuava. Viagens constantes. Céus, como eu ia lidar com isso? Com ele?

Estava perdida em meus pensamentos quando o telefone da minha mesa tocou.

- Sala de Enrico Ferrari, Antonella falando. Em que posso ajudar?

- Passe a ligação para o Enrico! - A voz do outro lado era cortante e impaciente.

- Ele ainda não chegou. Desculpe, mas com quem eu falo?

- Que incompetente! Sou Selene! Onde está Simona?

- Simona está em outra sala. Este é o meu primeiro dia aqui... lamento...

- Esqueça! Apenas diga a Enrico que estou esperando por ele esta noite, na minha casa.

Ela desligou abruptamente, sem dar chance de resposta.

- Que mulher desagradável - murmurei baixinho, ainda processando o veneno na voz dela.

Mal recuperei o fôlego quando o telefone tocou novamente. Desta vez, era o ramal da sala de Enrico. Atendi e, antes que pudesse dizer qualquer coisa, sua voz grave reverberou do outro lado.

- Antonella, venha até a minha sala. Agora. - Ele desligou.

Suspirei profundamente. Claro, mais uma vez, ele se mostrava o homem arrogante e mandão que era. Peguei a agenda, como Simona havia instruído, e caminhei até sua sala, batendo antes de entrar.

Enrico estava sentado atrás de sua mesa, olhos fixos em alguns documentos. Ele nem me olhou quando entrei, o que, confesso, foi um alívio. Isso me deu a chance de observá-lo sem ser notada. Sua postura relaxada, mas ao mesmo tempo autoritária, exalava poder. A camisa perfeitamente ajustada ao seu corpo revelava os músculos sob o tecido fino. Não era justo um homem ser tão... provocante.

Fiquei ali, de pé, minhas pernas inquietas. O silêncio se estendia, e eu não sabia se devia falar ou continuar esperando. Ele estava concentrado, lendo seus papéis, enquanto eu tentava disfarçar a ansiedade. Meus dedos inquietos ajeitaram a meia que deslizava pela minha coxa, e quando levantei o olhar, Enrico finalmente me encarava.

- Eu te chamei para pegar um café para mim - disse ele, sua voz baixa e firme, mas sem tirar os olhos de mim. - Expresso italiano, com uma gota de leite quente e uma colher de açúcar.

Cretino, pensei. Ele sequer se dignaria a dizer bom dia? Será que sequer mencionaria a confusão da noite anterior? Eu quase sorri, me imaginando ouvindo um pedido educado. Mas, claro, ele interrompeu meus devaneios.

- Não fique parada aí, Antonella. Estou esperando meu café.

Mal-educado, grosso, arrogante! Minha mente fervia, mas consegui forçar um sorriso antes de sair. Ele definitivamente estava se divertindo às minhas custas, e eu sabia disso. Joguei a agenda na minha mesa e fui até a cozinha preparar o maldito café. Enquanto colocava o açúcar, decidi: três colheres em vez de uma. Uma vingança pequena, infantil até, mas seria minha forma de responder ao tom arrogante dele.

Voltei à sala de Enrico, segurando a bandeja. Dessa vez, ele parou o que estava fazendo e me olhou diretamente. Ele se inclinou na cadeira, cruzando os braços atrás da cabeça, um sorriso presunçoso surgindo em seus lábios. Mesmo totalmente vestido, sua postura era incrivelmente sensual, o que só me irritava ainda mais.

Coloquei a bandeja na mesa com cuidado, e ele olhou para o café, desconfiado. Não pude evitar.

- Não está envenenado, se é o que está pensando.

Ele riu baixo, um som profundo que me arrepiou.

- Muito cedo para isso, não acha? Afinal, vamos passar muito tempo juntos. Não faltarão oportunidades para você perder sua paciência.

Revirei os olhos, tentando não sorrir. Ele era insuportável, mas também sabia como me provocar da forma certa.

- Tem algo a me dizer, Antonella? - Ele perguntou, enquanto girava a colher no café.

Ah, Selene. Claro. Quase esqueci.

- Sim, Selene ligou. Pediu para avisá-lo que o espera em sua casa esta noite.

Ele não disse nada por alguns segundos, mas a tensão em seu rosto era visível. Ele misturou o café mais lentamente, os olhos semicerrados.

- Entendido. - Seus olhos voltaram para mim. - Escute, sei que não está totalmente satisfeita com a posição em que foi colocada, mas seu currículo era ideal para esta vaga. Portanto, acostume-se.

Ele sorriu de um jeito provocador, lambendo a colher de maneira quase desafiadora. Meu estômago se apertou. Era claro que ele sabia o efeito que tinha sobre mim.

- Tudo bem. Gostei da quantia no final do contracheque - rebati, tentando manter o tom leve.

Ele riu, satisfeito.

- Ótimo. Vejo que estamos nos entendendo. Esteja atenta à agenda de viagens. Prepare tudo com antecedência. Agora, pode ir.

Concordei com um aceno, pronta para sair da sala, mas ele não resistiu a mais uma provocação.

- Antonella, a propósito... gosto do café mais doce.

Minha mão apertou a maçaneta da porta, resistindo à vontade de girá-la com força e deixar a raiva sair. Ele não estava falando do café, e nós dois sabíamos disso. Quando olhei por cima do ombro, lá estava ele, sorrindo descaradamente.

Diabo sedutor e provocador! Cretino!

Quando fechei a porta atrás de mim, mostrei meu dedo do meio, sabendo que ele não veria. Então voltei para minha mesa, tentando me preparar para os próximos rounds com o Senhor Arrogante.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022