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𝔼𝕝𝕝𝕒 ℂ𝕒𝕞𝕡𝕓𝕖𝕝𝕝
no tribunal...
Los Angeles|Califórnia 03:45 pm.
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- Excelentíssimo senhor juíz presidente ! - comprimentei o homem a minha frente que estava sentado em seu "trono" com seu martelo em mãos e o mesmo apenas ascentiu aos meus cumprimentos com a cabeça. - gostaria de chamar aqui meu cliente.
O chamei e o mesmo assim fez, logo se sentando a cadeira do réu, logo ao lado do juíz que apenas observava tudo com muita atenção. Prontifiquei alguns papéis que eu havia conseguido com muito esforço, ali haviam provas concretas que iriam nos fazer ganhar aquele caso de lavada, a não ser que o defensor do lado oposto fizesse um grande milagre para provar ao contrário.
- Bom..devo começar dizendo que tenho aqui em minhas mãos, a prova para que todos nós tenhamos a mais absoluta certeza de que o réu e inocente, mas antes, gostaria de fazer algumas perguntas ao nosso réu. - disse e enquanto falava observava atentamente a reação dos jurados, gostava de olhar dentro dos olhos de cada um sentado naquelas cadeiras. - o senhor disse a todos nós que no dia em que a até então, sua cliente, a senhora Martina havia lhes dado total e completa permissão para utilizar os métodos que fossem precisos na cirurgia, vou perguntar mais uma vez : Doutor Alberto, o senhor reafirma aqui, diante ao nosso digníssimo juiz, sua família, aos jurados e a mim, que obtinha a permissão da senhora Martina para fazer a cirurgia em sua mãe?
Reforcei a minha pergunta ao mesmo.
- Sim, eu disse e repito : ela me deu total permissão para realizar a cirurgia em sua mãe, assinou um papel dizendo que se responsabilizaria se caso desse algo errado. - Doutor Alberto então respondeu minha pergunta com convicção, virei- me para os jurados e juntei os lábios logo os soltando fazendo um pequeno estralo. - uma senhora de quase 95 anos milionária, uma filha que há pouco tempo se mudou para cá quando soube que sua mãe estáva a padecer em uma cama e um doutor de muita credibilidade. Temos aqui um caso um tanto digamos... Intriguista, Martina sabia de tudo, todos os que estavam responsáveis por cuidar de sua mãe a alertaram que tal ato poderia acabar facilmente com sua vida e até disseram que poderiam tentar outros métodos que dariam talvez certo porém não dariam a certeza da morte da senhora mas mesmo assim, a moça não desistiu e quis insistir em algo que traria a fatalidade em sua mãe, durante a cirurgia, Martina saiu do hospital e voltou apenas no dia seguinte e onde será que ela estava? Sabendo que poderia ou não voltar a ver sua mãe.
Pronunciava cada palavra com muita alta confiança e gesticulava com as mãos, andava por todo aquele espaço que havia no tribunal enquanto todos apenas observava atentamente cada movimento meu.
- PROTESTO ! - o advogado que acusava o meu cliente se levantou e parecia estar furioso. - Ela está fugindo dos fatos excelência, expondo minha cliente em calúnia!
Apenas observava o nervosismo de Martina diante a meus fatos, era evidente que ela queria a morte de sua mãe e que não sabia nem escolher um bom advogado pois aquele cara só sabia apresentar fatos irrelevantes.
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- Muito obrigado mesmo, não sabe o quanto estou grato e aliviado- Doutor Alberto me agradecia enquanto apertava minha mão e seus olhos brilhavam.
- Não há oque agradecer, fiz apenas o meu trabalho senhor. - respondi sorrindo.
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