A namorada de mentirinha do CEO arrogante
img img A namorada de mentirinha do CEO arrogante img Capítulo 5 Elisabete
5
Capítulo 6 Elisabete img
Capítulo 7 Elisabete img
Capítulo 8 Henrique img
Capítulo 9 Henrique img
Capítulo 10 Elisabete img
Capítulo 11 Henrique img
Capítulo 12 Elisabete img
Capítulo 13 Elisabete img
Capítulo 14 Henrique img
Capítulo 15 Elisabete img
Capítulo 16 Henrique img
Capítulo 17 Elisabete img
Capítulo 18 Duplo img
Capítulo 19 Elisabete img
Capítulo 20 Elisabete img
Capítulo 21 Henrique img
Capítulo 22 Elisabete img
Capítulo 23 Elisabete img
Capítulo 24 Elisabete img
Capítulo 25 Enrique img
Capítulo 26 Elisabete img
Capítulo 27 Elisabete img
Capítulo 28 Enrique img
Capítulo 29 Elisabete img
Capítulo 30 Enrique img
Capítulo 31 Elisabete img
Capítulo 32 Elisabete img
Capítulo 33 Enrique img
Capítulo 34 Elisabete img
Capítulo 35 Enrique img
Capítulo 36 Elisabete img
Capítulo 37 Elisabete img
Capítulo 38 Enrique img
Capítulo 39 Elisabete img
Capítulo 40 Enrique img
Capítulo 41 Elisabete img
Capítulo 42 Elisabete img
Capítulo 43 Elisabete img
Capítulo 44 Enrique img
Capítulo 45 Elisabete img
Capítulo 46 Enrique img
Capítulo 47 Elisabete img
Capítulo 48 Enrique img
Capítulo 49 Elisabete img
Capítulo 50 Epílogo img
Capítulo 51 Natal img
img
  /  1
img

Capítulo 5 Elisabete

Quando me ligaram para dar a notícia de que eu fui a escolhida, quase surtei. No dia em que fui até a empresa vi tantas candidatas que até pensei que eu não seria selecionada.

Graças a Deus obtive uma resposta positiva. Agora eu trabalharia em uma grande empresa e numa função maravilhosa no qual esperei tanto. A partir deste dia teria mais responsabilidade e não deixaria nada e nem ninguém atrapalhar o meu objetivo.

Na verdade, uma das perguntas foi bem estranha, pois não sabia se era habitual ou era um teste. A mulher me perguntou se eu tinha capacidade de trabalhar sob pressão e constante estresse, e quase nem soube responder, mas como já havia trabalhado com uma chefe muito irritante, já estava preparada para tudo.

Assim que cheguei pela manhã, a mulher que me entrevistou, Serena, mostrou-me a minha sala e o que eu teria que fazer. Ela também disse que o meu novo chefe era um homem concentrado e que odiava atrasos ou distrações, mas que não deixasse ele me amedrontar ou qualquer coisa do tipo.

Judi era secretária de Henrique Vilella há um bom tempo, e ela também me alertou sobre ele. Eu já estava ansiosa e todas essas palavras me deixaram ainda mais pilhada. Não conhecia muito o senhor Vilella, porém, sabia que ele era um dos melhores no ramo e que já ganhou vários prêmios. Trabalhar ao seu lado me ajudaria muito a evoluir.

Arrumei a minha nova sala e tentei me acalmar para a chegada do novo chefe.

Eu já aguentei muito pepino da minha antiga chefe e odiaria trabalhar com alguém igual ou pior que ela. Acreditei que a maré de azar havia acabado, pois já tinha conquistado o meu objetivo, porém, pelo que estava ouvindo, parecia que meu novo chefe não seria fácil.

Liguei para minha irmã contando a novidade e tudo o que as pessoas já haviam falado para mim. Ela me aconselhou a relaxar e respirar fundo, mas se o homem for grosseiro ou me humilhasse, que eu não baixasse a cabeça.

Não sei se eu teria coragem de enfrenta-lo, pois batalhei muito e demorou mais ainda para que eu conseguisse finalmente um trabalho na minha área e se o desrespeitar, logo no primeiro dia, com certeza eu não teria oportunidade em lugar nenhum.

Quando a secretária me avisou que o senhor Vilella já havia chegado e que estava à minha espera, senti meu estômago embrulhar. Tive que respirar fundo várias vezes enquanto caminhava até o seu escritório, pois eu pensava que a qualquer momento poderia desmaiar.

Entretanto, eu não estava preparada para o que encontrei assim que adentrei a sala. O homem arrogante de dias atrás que havia esbarrado em mim e foi muito grosseiro, falava ao telefone. Ele também ficou surpreso ao me ver e acabei acreditando que estava ferrada.

As lembranças exatas daquele dia se voltaram a minha mente. Geralmente não sou tão rude, mas aquele homem despertou uma fúria dentro de mim que não consigo explicar.

Sentei na cadeira a sua frente bastante preocupada. Eu não sabia se ele iria me dar a chance de provar o meu valor ou simplesmente me mandaria para o RH.

Assim que ele terminou sua ligação, ficamos nos encarando por alguns segundos. Era verdade que desde aquele dia eu não consegui o tirar da cabeça. Henrique Vilella era o homem mais lindo que já vira na vida, porém, sua personalidade era de um cavalo e não iria suportar conviver com este homem.

Como antes, ele foi grosso e irônico, esse seu sorrisinho de canto fez com que eu quase me derretesse em sua frente. Questionei a mim mesma sobre o destino ou as forças do universo que sempre me colocavam nessas situações estranhas.

- Serena podia muito bem ter escolhido alguém que não fosse tão desatenta quanto você. - Falou arrogante, me deixando levemente irritada. - Não dá para acreditar no que está acontecendo.

- Sei que tivemos um início muito conturbado, mas acredito que podemos melhorar e trabalhar juntos, senhor Vilella. - Falei reprimindo a minha raiva e vontade de responde-lo a altura.

- Você acredita? - Me questionou com o cenho franzido. - Eu aposto que não.

- Por que é tão grosso com as pessoas? - O questionei, levantando-me, apoiando os meus braços sobre a sua mesa.

Eu realmente estava furiosa. Poderia até o matar agora, mas decidi ser mais prudente e tentar me acalmar, mesmo que o homem tente a todo custo me fazer perder a cabeça.

- Por que tem a língua tão solta? - Perguntou, também se levantando e me encarando bem de perto.

Sua aproximação causou um efeito sobre mim muito estranho. Olhar em seus olhos verdes, assim, tão de perto, me fez sentir insegura.

- Desculpe-me, mas não ficarei calada se o senhor quiser me tratar como uma qualquer. - Falei, sentando-me novamente. - Não devo o responder dessa forma, pois é meu chefe. Porém, o senhor também deve me respeitar.

Ele cerrou os olhos e também se sentou. O homem juntou as mãos sobre a mesa e me avaliou por um instante. Eu quis novamente questioná-lo, entretanto, para que nossa convivência seja, pelo menos, suportável, tinha que renunciar algumas palavras.

- Creio que já foram passadas algumas informações para você. Não quero atraso, não tolero condutas inapropriadas no local de trabalho e por favor, senhorita Medeiros, trate-me como seu chefe e não como um colega, muito menos, como um cara qualquer. - Falou desviando o olhar de mim.

- Não se preocupe, sei de tudo isso. - Falei em um tom firme.

- Em que empresa você trabalhou anteriormente?

Sua pergunta fez o meu cérebro congelar. Se o homem já estava irritado por eu ser a sua nova assistente, imagine como ficaria quando descobrisse que não trabalhei na área de paisagismo nos últimos três anos.

- Fui assistente de uma contadora. Sei que não é a área da arquitetura, mas acredite, sou capaz de trabalhar com o senhor. - Disse, tentando amenizar cada palavra que havia falado.

Não sabia o que era pior: ter o arrogante gritando comigo ou em silêncio me observando como se me julgasse mentalmente.

- Você não tem experiência na área, senhorita? - Perguntou com certa irritação.

Henrique tinha aquele típico olhar que fazia você querer um buraco para se enfiar. Eu estava nervosa e sabia que ele iria discutir por causa disso.

- Estagiei por 6 meses quando ainda estudava na faculdade, e mesmo que eu tenha tentado diversas vezes encontrar algo em minha área, não consegui nada e tive que optar por arranjar um trabalho para pagar as contas. - Expliquei com o máximo de paciência e calmaria.

Ele respirou fundo, fechando os olhos, analisando cada palavra que saiu da minha boca. Mesmo que eu não tenha conseguido emprego em arquitetura e ter trabalhado por três anos em outro ramo, isso não me desqualificava para este trabalho. Sempre me mantive antenada e nos meus momentos de folga adorava desenhar e imaginar projetos. Claro que isso não era profissional, mas não tive culpa se não consegui nada.

Alguém tinha que me dar uma oportunidade.

- Serena, você pode vir ao meu escritório? - Falou ao pegar o telefone, parecendo bastante chateado.

Meu coração parecia que ia parar a qualquer momento. Minhas emoções estavam a flor da pele e sentia um misto de ódio e tristeza.

- Senhor Vilella, por favor, não fique chateado, sei que isso parece algo ruim, mas não tive culpa. Isso não me desqualifica para trabalhar com o senhor. - Falei quase entrando em desespero. Eu sabia que este homem frio e arrogante não iria ter pena de mim, porém, eu não poderia desistir após ter conseguido chegar até aqui. - Posso provar que sou capaz, só preciso de uma oportunidade e vou me esforçar ao máximo.

- Não quero uma pessoa que não vai me acompanhar. Pensa que brinco quando entro nesse escritório? - Questiona-me rude. - Sinto muito por você não ter tido uma oportunidade antes, no entanto, preciso de alguém capaz e com preparo para trabalhar ao meu lado, senhorita Medeiros.

- Eu sou capaz, e o senhor está sendo o mesmo frio e arrogante de sempre. - Levantei-me novamente, chateada. - Não pode me demitir sem antes me deixar provar que sou capaz. O senhor me trata mal desde o momento que botei os pés dentro desta empresa, e não pode esperar por uma só oportunidade para me julgar. Já trabalhei com uma pessoa que era o verdadeiro diabo para mim, mas o senhor vai além. Eu nem tenho palavras para descrevê-lo.

Eu sabia que não poderia surtar e gritar com meu chefe. Ele estava a ponto de me demitir e eu estava dando o armamento para que ele pudesse fazer isso.

Henrique se levantou e me encarou de perto, assim como antes. Ele também estava irritado e com razão. Mas ele não me respondeu.

- O que está acontecendo aqui? - Questionou Serena ao entrar.

                         

COPYRIGHT(©) 2022