Indo Ao Seu Encontro
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Capítulo 5 5

JULIETTA

Lágrimas correm pelo meu rosto enquanto eu olho para Celia, que está olhando para mim com olhos grandes e a boca aberta. - Eu sinto muito, por favor, repita.

Eu coloco minha cabeça contra as mãos e soluço. - Eu dormi com Rafael Lencioni.

Ela faz um som estrangulado, antes de gritar: - Porra, você enlouqueceu?

- Eu não sabia! - Eu grito, olhando para ela.

Ela começa a agitar as mãos ao redor, como se isso fosse deixar as coisas melhor. - Como você não sabia?

- Eu te chamei para vir me ajudar a descobrir o que fazer, não grite comigo. E, ele me disse que seu nome era Rafael, mas eu não sabia que esse era o nome do Chefe da máfia. Ele não me disse seu sobrenome e quando fomos para o escritório, ele disse que estava ali no clube por empréstimo de um amigo. Eu não sabia!

Seu rosto se contorce. - Como você descobriu?

- Seu irmão entrou e chamou Rafael de Chefe, e, em seguida, Rafael apresentou o seu irmão e disse seu último nome, e aí eu me toquei.

- Oh garota - diz ela, esfregando as mãos sobre o rosto. - Isto é ruim.

- Eu corri para fora, e ele não me seguiu, mas eu deixei a minha bolsa, Celia. Isso significa que ele vai saber o meu nome e endereço completo.

- Isso é ruim - diz ela novamente.

- Você acha que eu lhe devo alguma coisa? - Eu digo, sentindo minha pele formigar. - Oh Deus, o que diabos eu fiz? Eu sei demais? Será que ele vai atirar em mim ou algo assim?

- Você está exagerando. Acalme-se - diz ela, mas ela parece preocupada comigo. Eu posso ver isso em seus olhos. - Eles fazem essas coisas o tempo todo. Muitas meninas provavelmente vão até lá e acabam em sua cama. Você precisa respirar, acalmar-se, e esperar para ver o que acontece.

- Eu não posso acreditar que fui tão estúpida - eu sussurro, deixando cair a cabeça em minhas mãos.

- Ei - diz ela, deslizando sobre minha cama e envolvendo o braço em volta do meu ombro. - Você não sabia.

- Eu sou uma prostituta.

Ela ri baixinho. - Não, você não é. Eu o vi quando ele a salvou daquele homem. Qualquer mulher teria ficado caída por ele e... aberto as pernas para ele.

- Você tem que ser tão grossa sobre isso? - Eu pergunto, dando-lhe um olhar mortal.

Ela encolhe os ombros. - Fatos são fatos.

- Ele sabe onde eu vivo - eu sussurro.

- Eu nunca ouvi falar de membros da máfia rastrear meninas que dormiam com eles e para cortar em mil pedaços minúsculos ou forçá-las a se tornarem escravas sexuais. Tenho certeza de que você está segura.

Eu olho feio para ela. - Estou falando sério.

Ela aperta meu ombro. - Assim como eu. Você quer que eu fique essa noite?

Eu balanço a cabeça, sabendo que preciso de tempo para limpar meus pensamentos. - Não. - eu sussurro. - Eu só vou para a cama para dormir até passar.

Ela fica de pé, sorrindo para mim calorosamente. - Vai ficar tudo bem, querida. Ele provavelmente vai mandar alguém largar sua bolsa aqui e você nunca irá vê-lo novamente.

Eu aceno, mantendo uma cara brava.

Ela me abraça e depois vai embora.

Como é que uma noite com esse homem, se transforma em uma bagunça dessa?

* * *

Meus pés doem quando eu me apresso pelos corredores do hospital local, onde eu estive empregada nos últimos dois anos. Eu amo meu trabalho, mas às vezes os horários são exaustivos. Eu estou trabalhando no turno da noite, e isso sempre exige o máximo de mim. Eu estou trabalhando há cinco horas, mas o tempo têm literalmente voado. Tivemos tantas pessoas na emergência, esta noite, mais do que o habitual, por isso tem sido agitado.

- Julie!

Eu paro, meus sapatos rangendo quando me viro para ver o Dr. Mathews acenando para mim quando ele corre, com o seu jaleco branco esvoaçando. Eu suspiro. Eu gosto de Jacob Mathews. Eu até já tive uma grande paixão por ele, mas ele brincava com as enfermeiras como se fôssemos descartáveis, e eu instantaneamente me desliguei dele. Isso, é claro, só o fez me querer mais e no último mês, ele tem sido encantador como o inferno querendo desesperadamente me conquistar.

- Dr. Mathews, - Saúdo, sorrindo porque eu tenho, não porque eu estou com vontade. - O que posso fazer por você?

Ele franze a testa, e eu não posso negar que ele tem um belo rosto. Cabelo confuso e escuro, olhos castanhos, e uma mandíbula super masculina. Ele é lindo, como um modelo. Ele também é alto e bem construído, um bônus. - Me chame de Jacob, e você parece exausta.

Ele percebeu. Agora estou um pouco embaraçada, ele está me vendo no meu pior momento. - Noite agitada. - eu digo, esfregando meus pulsos, que estão doloridos. Isso acontece às vezes.

- As coisas abrandaram agora; você deve fazer uma pausa.

- Eu tenho que dar essas compressas para Olivia primeiro.

Ele estende a mão. - Deixe-me levá-las. Vá e se sente na sala de descanso, e irei encontrá-la em um momento.

Eu quero protestar, mas estou tão exausta que decido que uma pausa vale a pena, mesmo com esse bate papo indesejado. - OK, claro.

Eu entrego a compressa e ele sorri, mostrando as covinhas. Doulhe um sorriso e por sua vez, corro em direção à sala de descanso. Quando eu entro, eu vou direto para a máquina de café, antes de recuar para um sofá no canto. Eu deslizo nele com um suspiro. Meus pés estão pesados, e um peso gigante foi tirado deles, e em protesto eles reclamam, mas de alívio.

Eu olho em volta ansiosamente, sem saber o que fazer com as mãos. Isso é porque o meu celular está na minha bolsa, que ainda está nas garras de Rafael. Faz mais de vinte e quatro horas desde que eu corri de seu escritório, e até agora eu não ouvi ou vi nada. Eu pensei que ele viria mais cedo, ou enviaria alguém para devolver minhas coisas, mas ele não apareceu. Talvez ele não saiba que a minha bolsa está lá.

Eu suspiro.

Estou tentando evitar pensar sobre ele a qualquer custo, mas ele consome minha mente. A maneira como ele me fodeu faz cada célula do meu corpo voltar à vida cada vez que eu penso sobre isso. Eu nunca tive alguém me levando tão fundo. Foi incrível. Uma parte de mim deseja que ele não fosse afiliado com a máfia, então eu poderia ter mais. Mas ele é. O que significa que eu preciso esquecê-lo, e seguir em frente. - Julie.

Eu recuo e olho para cima para ver Jacob em pé acima de mim, olhando para baixo com um sorriso no rosto. - Você estava fora do ar, em seu próprio mundinho.

- Desculpe, Jacob. Eu estou tão cansada, eu praticamente não estou funcionando.

- Quando seu turno acaba?

Eu olho para o meu relógio. - Em algumas horas.

- Deixe-me levá-la para casa; você não deveria dirigir no seu estado.

Eu empurro a cabeça para cima e encontro seus olhos. Ele parece genuíno, mas eu não acredito por um segundo. - Eu não sei...

Eu só estou me oferecendo para te levar para casa, Julie. - Ele sorri. - Eu não vou morder.

- E o meu carro?

- Eu a trago amanhã, e você pode simplesmente pegar seu carro.

Parece um monte de trabalho, mas considerando que eu estive quase sem dormir nas últimas noites, eu estou considerando isso seriamente.

- O que você diz? - Ele pergunta.

- Isso seria ótimo, obrigada.

- Perfeito - diz ele. - É melhor eu voltar. Vou encontrá-la aqui depois de seu turno.

- Obrigada, Jacob.

- A qualquer hora, querida.

Querida.

Oh droga.

* * *

Jacob desacelera na frente do meu prédio, e eu levanto meu rosto para o vidro Eu estava inclinada, exausta e me viro para ele quando ele para. Abro a boca para falar, mas ele olha por mim com uma expressão tensa em seu rosto. Eu me viro e olho para o que ele está olhando, e minha respiração derrapa até parar completamente. Sentado nos degraus da frente do meu prédio, as mãos nos joelhos, a cabeça inclinada para cima e olhos voltados para o carro, está Rafael Lencioni.

Eu quero vomitar.

- Quem é esse? - Jacob pergunta, com a voz tensa.

- Ah, hum, eu não tenho certeza. - Deus, eu sou uma mentirosa.

- Eu não gosto do olhar dele. Talvez eu devesse acompanhá-la.

Não, - eu digo rapidamente, muito rapidamente. - Está tudo bem. Temos segurança neste prédio.

Jacob franze a testa, os olhos, finalmente, passam para os meus. - Você tem certeza?

- Eu estou bem, Jacob. Muito obrigada pela carona. Eu ligo esta tarde quando eu acordar para você me ajudar com o carro.

Ele acena com firmeza e se inclina, beijando minha bochecha. - Tudo bem, Julie. Boa noite, ou devo dizer, bom dia.

Eu sorrio e abro a porta, deslizando para fora. Me sinto mal do estômago enquanto meus olhos caem sobre Rafael, que agora está de pé, em seus mais de um metro e oitenta. Ele está vestindo um terno liso, como na outra noite, e ele parece terrível quando seus olhos passam sobre o meu corpo. Eu espero até ouvir Jacob dar partida no carro e se afastar antes de dar um passo em frente. Minha voz está presa na minha garganta, e meu peito está apertado quando eu paro na frente de Rafael.

- Julietta - diz ele, com a voz baixa.

Deus, eu amo a maneira como ele diz o meu nome, e eu não deveria. Eu realmente, realmente não deveria.

- Ah, Rafael, - Eu chio.

Falho.

- Você deixou sua bolsa na outra noite - diz ele, segurando a bolsa que eu nem percebi que ele tinha em suas mãos.

- Sim, eu sei - eu respiro, olhando para seus intensos olhos castanhos.

- Eu vim devolver para você.

E agora você me deve alguma coisa.

Eu estou esperando para que ele venha com essa. Esperando que ele me diga o erro que foi dormir com um membro da máfia. Ele não faz nada disso. Em vez disso, as sobrancelhas sulcam quando me estuda com uma ligeira careta. - Você está exausta.

Eu pisco e o olho de volta, confusa. - Como?

Você - ele diz, se aproximando e tomando uma mecha do meu cabelo e colocando-o de volta atrás da minha orelha. Eu tremo e fecho os olhos. - Você está exausta.

Este homem é tão intenso, que é alarmante, mas não posso fazer meus pés se moverem para empurrá-lo para longe.

- Eu estive no turno da noite - eu finalmente murmuro, olhando para os meus sapatos.

Ele segura meu queixo e gentilmente traz meu rosto para perto. - Você não deveria trabalhar tanto.

Isso está ficando estranho para mim. - Obrigada por devolver a minha bolsa - eu digo, dando um passo para trás e pegando de suas mãos sem permissão. - Eu realmente preciso descansar um pouco.

- Você correu de mim - diz ele, sua mandíbula tensa de frustração.

- Você me assustou - eu admito, olhando para cima.

- Me desculpe por isso.

- Você me disse que o seu amigo era dono do clube - eu digo, estudando seu rosto perfeito. - Então eu descobri...

- Sim, eu sou o dono - ele termina por mim. - Sinto muito sobre isso, mas você estava apavorada quando fomos ao escritório. Eu não queria assustá-la.

- Me assustar? - Eu digo em um tom exasperado. - Você quer dizer, por você ser um membro do grupo...

Ele coloca uma mão em mim, e eu efetivamente me derreto. Seus olhos são severos quando ele diz baixo, - é o suficiente.

Ele está chateado comigo. É claro que está. Eu estava prestes a gritar para o mundo sobre sua ligação com o submundo. Embora eu tenha certeza que eles já sabem.

Eu largo minha cabeça. - Merda, desculpe.

Ele fica quieto por um segundo antes de suspirar e tomar o meu queixo novamente. - Eu não gosto de pessoas correndo de mim, Cara, mas neste caso, eu entendo. Podemos ir até seu apartamento para conversar?

Sobre o quê? - Eu praticamente grito. - Você entregou minha bolsa, nos divertimos, estou certa de que é onde termina.

- Então você pode estar errada.

Oh Deus, eu estava certa. Ele vai pedir alguma coisa a mim. Vou ter que dar a ele ou algo terrível vai acontecer. Meu coração bate fortemente em meu peito, e minhas mãos começam a tremer.

- Julietta - diz ele, com a voz calma. - Eu não vou fazer você fazer algo que você não queira fazer. Você não precisa ter medo de mim. - Eu estou tendo um momento difícil, acredite, - Eu sufoco.

- Eu juro - diz ele. - Agora vem. Você precisa descansar seus pés.

Ele me puxa para o meu prédio antes que eu possa protestar. Entramos pela porta da frente e eu aceno para o meu porteiro, que olha para Rafael com uma expressão desconfiada. Eu relaxo meus ombros, caminhando com mais facilidade, não querendo assustá-lo para que ele não chame a polícia. Que realmente não cairia bem. Rafael, provavelmente, ia matá-los e me fazer ajudar com o corpo.

Ok, agora eu só estou sendo dramática.

Acalme-se, Julie.

Quando estamos no elevador, Rafael se vira para mim. À luz do dia, ele parece um pouco menos intimidante, mas igualmente sexy. Eu estudo as linhas esculpidas de seu rosto, tão perfeito, mas uma completa contradição com a ondulação do cabelo em torno da base do pescoço, confuso e um pouco presunçoso.

- Qual andar é o seu? - Ele pergunta.

Com a mão trêmula, eu pressiono o botão e nós subimos lentamente.

Eu olho para o homem na minha frente e me pergunto como diabos eu vou sair dessa.

                         

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