Lua de prata - O acordo
img img Lua de prata - O acordo img Capítulo 2 Nas garras do alfa
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Capítulo 6 Encontro com o passado img
Capítulo 7 Acordo com a fera img
Capítulo 8 O perigo ronda img
Capítulo 9 O inimigo do meu inimigo img
Capítulo 10 Novas alianças e receios img
Capítulo 11 Manipulando sentimentos img
Capítulo 12 Confronto na Casa de Deus img
Capítulo 13 Mais um lobo entre nós! img
Capítulo 14 Um herdeiro da escuridão img
Capítulo 15 Retorno ao lar img
Capítulo 16 Um beijo Profano no Sagrado img
Capítulo 17 Fera Ferida img
Capítulo 18 Sacrifício Obscuro img
Capítulo 19 Mais corações partidos img
Capítulo 20 O coração não escolhe img
Capítulo 21 Confidências do passado img
Capítulo 22 Conspiração Secreta img
Capítulo 23 Uma guerra, corações partidos! img
Capítulo 24 Segredo em chamas img
Capítulo 25 Compromisso forçado img
Capítulo 26 Ingrata União img
Capítulo 27 O inimigo do meu inimigo! img
Capítulo 28 A era do Novo Alfa img
Capítulo 29 Sopro das Consequências: A Hora dos Lobos img
Capítulo 30 O Passado Emergindo das Profundezas img
Capítulo 31 Unindo Fragmentos para as Próximas Batalhas img
Capítulo 32 Um fracasso para brindar! img
Capítulo 33 Renascimento img
Capítulo 34 Aos cuidados da fera img
Capítulo 35 Feridas incuráveis img
Capítulo 36 Rumos divergentes img
Capítulo 37 Dois lados, uma escolha! img
Capítulo 38 Um possível retorno img
Capítulo 39 Ciúmes e competição img
Capítulo 40 Um Alfa, duas Ômegas! img
Capítulo 41 A chegada img
Capítulo 42 Amores que sangram img
Capítulo 43 Jogando com a escuridão img
Capítulo 44 Convite aceito pelas trevas img
Capítulo 45 Sedução diabólica img
Capítulo 46 Planejando um novo ataque img
Capítulo 47 Dois lobos e um flagra! img
Capítulo 48 O desfecho inesperado img
Capítulo 49 Trama Infiltrada: Os Olhos da Vila img
Capítulo 50 Confissões dolorosas img
Capítulo 51 Uma relação sob as cinzas img
Capítulo 52 O primogênito do alfa img
Capítulo 53 Um livro aberto img
Capítulo 54 Reconciliação img
Capítulo 55 Um decreto, várias alianças! img
Capítulo 56 O forçoso: Sim! img
Capítulo 57 Duelos internos img
Capítulo 58 Um híbrido domado! img
Capítulo 59 Uma colher pelo destino img
Capítulo 60 Quem brinca com fogo... img
Capítulo 61 Colocando um ponto final img
Capítulo 62 Uma poção para o fim img
Capítulo 63 Novos conflitos img
Capítulo 64 Encontro img
Capítulo 65 Conluio sob a lua img
Capítulo 66 Invasão ao castelo img
Capítulo 67 O fim do falso alfa img
Capítulo 68 Amor redentor img
Capítulo 69 Novo paraíso img
Capítulo 70 Forasteiros à caminho do paraíso img
Capítulo 71 Primeiras impressões img
Capítulo 72 Aceitar ou não img
Capítulo 73 Adaptação img
Capítulo 74 Todas as vadias queimarão! img
Capítulo 75 Nasce o primogênito img
Capítulo 76 Uma nova fera... img
Capítulo 77 Objetivos conflitantes img
Capítulo 78 Um segredo, não tão secreto! img
Capítulo 79 Semente da vida img
Capítulo 80 Fugindo da verdade img
Capítulo 81 Novas preocupações img
Capítulo 82 Dois homens, pelo destino de todos! img
Capítulo 83 Os sinos da igreja img
Capítulo 84 Duplo ataque img
Capítulo 85 Juntos até o fim! img
Capítulo 86 A verdade do presente, trazida pelo passado! img
Capítulo 87 Sombras na jornada img
Capítulo 88 Desfecho fatal img
Capítulo 89 Herdeiro de sangue img
Capítulo 90 Um nascimento e um velório img
Capítulo 91 Unhas ou garras img
Capítulo 92 Fera capturada img
Capítulo 93 Uma decisão, um berço vazio! img
Capítulo 94 Intrigas e conflitos emocionais img
Capítulo 95 Capturados img
Capítulo 96 Missão de resgate img
Capítulo 97 Angustiante espera img
Capítulo 98 Ser humano... img
Capítulo 99 Solo fértil img
Capítulo 100 Renascimento img
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Capítulo 2 Nas garras do alfa

Eugênia fechou os olhos, assim como Thor, preparando-se para morrer abraçados diante de seu povo. Porém, ao ouvir a lâmina do monstro sendo guardada e a gargalhada macabra dele e seus seguidores, ela abriu os olhos.

- Certo, fêmea, façamos então uma troca. - O Alfa a olhou nos olhos e percebeu que não havia medo em seu olhar.

- Que tipo de troca? - Perguntou Eugênia, determinada a enfrentar a situação.

- Temos um trato selado há anos para não misturarmos nosso sangue, e seu irmão quebrou o acordo ao se envolver com essa estúpida ao meu lado direito. Troco a vida do seu audacioso irmão pela sua.

- De jeito nenhum, Eugênia não tem culpa do que eu fiz! - Thor segurou-a ainda mais, relutante em deixá-la ir.

- Eu aceito! - Decidiu Eugênia, aceitando o destino que se impunha.

O Alfa estendeu a mão para ela, mas Thor não queria soltá-la, lutando para mantê-la protegida.

- Jure que não virá atrás de mim ou toda a nossa família sofrerá as consequências. - Ela pediu para o irmão, ciente de que ele não cumpriria a promessa.

- Não, por favor! - Implorou Thor.

Todos os monstros ao redor empunhavam adagas, prontos para derramar sangue caso Eugênia não fosse com o Alfa. Entre lágrimas, Thor a soltou e Eugênia o olhou sabendo que aquele poderia ser o último momento em que se veriam.

Eugênia foi capturada pela cintura e levada pelo Alfa em seu cavalo, sentindo a respiração quente do líder Lycan agitar seus cabelos negros. À medida que eram levados, o bosque que antes era vivo e exuberante se tornou seco e mórbido, refletindo a escuridão que os aguardava no castelo.

Chegaram ao castelo, onde tudo era negro como a noite, e um enorme portão se abriu para recebê-los. Eugênia olhava ao redor, buscando forças para resistir a todas as dores que estavam por vir.

- Trouxe uma prisioneira, que honra você lhe deu ao adentrar nossos portões ainda respirando. - Radesh, um dos seguidores do Alfa, estava surpreso ao ver o líder com uma prisioneira.

- Ela é especialmente intrépida e linda. Guarde-a e não a deixe se alimentar até que eu permita. - Ordenou o Alfa, desafiando-se a olhar para o rosto de Eugênia, uma prisioneira diferente das demais.

- Sim, meu amo. - Radesh concordou e levou Eugênia para ser aprisionada no castelo, onde aguardaria seu destino sombrio nas mãos do líder dos Lycans.

O homem, cujos dentes eram de ouro, amarrou as mãos de Eugênia e a conduziu para uma masmorra sob o castelo. Tudo era extremamente escuro e havia prisioneiros em celas ao redor, mas pelos sons que emanavam deles, não parecia ser humano. Ele a empurrou para uma cela que, felizmente, estava vazia. A jovem olhou em todas as direções em busca de uma saída, encolhendo-se em um canto onde a luz ainda incidia, embora em pequena quantidade. O odor no ambiente era de carne em decomposição, desde que chegou naquele lugar, ela não viu nada que tivesse cor ou luz.

O Alfa, enfurecido pela jovem de semblante inocente e belo que o desafiara perante os mortais, decidiu mostrar-lhe todo o seu poder. Dirigiu-se ao seu aposento e Lilith aproximou-se dele. Sem hesitar, ele despiu-se completamente e entrou em sua banheira de bronze para se lavar.

- Por favor, meu mestre, perdoe meus instintos sexuais. Prometo que nunca mais me deitarei com um mortal! - Lilith clamava por perdão, ajoelhada diante dele.

Alfa puxou seus cabelos com força, trazendo seu rosto para junto do dele.

- Está rebaixada a mais uma criada e nunca mais será minha. De agora em diante, o licantropo que te tocar como mulher terá a cabeça decepada e seu corpo entregue aos porcos!

- Não pode me condenar a viver sem luxúria, mestre, ainda mais após ter provado todos os prazeres em seu leito por todos esses anos.

- Fez sua escolha, Lilith. Agora, desapareça da minha frente antes que eu mesmo corte sua cabeça vazia e estúpida.

Lilith saiu correndo. O Alfa foi se banhar e ficou pensando em sua mais ilustre prisioneira. Vestiu suas roupas e desceu até a masmorra, seus olhos eram treinados para enxergar na escuridão. Lá encontrou Eugênia deitada no canto em posição fetal. Ele respirou fundo para farejar seu medo, e aquilo lhe dava prazer.

- Abram a cela! - Ordenou o Alfa aos seus súditos.

Eugênia se sentou ao ouvir a voz do Alfa, ele entrou e se abaixou para olhar em seus olhos.

- Veio ter a certeza de que eu não escapei? - Sempre altiva, ela era, sem dúvidas, a prisioneira mais célebre que ele já teve.

- Disso eu não tenho dúvida, bela. Você é apenas uma humana, poeira debaixo dos meus sapatos. - Nem com as duras palavras dele, ela se abalava.

- Se acha superior a nós, eu tenho pena do que você é e de todos os humanos que transformou em monstros como você! - O Alfa observou o nome que havia gravado em seu colar, Eugênia!

Alfa se levantou, agarrando Eugênia com força e pressionando seu corpo contra a parede fria daquela prisão. Suas presas surgiram e seus olhos se tornaram amarelos. Ele farejou o medo dela aumentar e seu coração acelerar em questão de segundos, tão frágil, tão linda. Seu cheiro era suave como o das flores-do-campo.

Ele constatou que o pulso dela sangrava, havia ferido sua pele frágil, ainda que aquela não tivesse sido sua intenção. Rasgou uma tira de tecido da túnica que usava e amarrou sobre o ferimento. Eugênia o olhava com uma expressão que mesclava medo e dúvida por aquele ato de ajuda.

- Ajoelhe-se e implore pelo lugar de Lilith, e eu te tornarei uma de minhas fêmeas.

- Prefiro morrer do que ser mais uma de suas escravas! - Eugênia gritou em revolta.

Alfa sorriu.

- Se nega ao privilégio que estou te dando? Seria a única humana em minha cama, desde muitos e muitos anos.

- Ser sua amante não é um privilégio e sim uma condenação a qualquer mulher, seja ela viva ou uma criatura.

- Já que prefere o meu lado sombrio ao invés do prazer, você o terá! - Ele saiu da cela e mandou que a trancassem novamente. - Mantenham-na sem comida até que deixe de ser tão orgulhosa!

Voltou para o seu quarto, haviam inúmeras fêmeas com as quais ele poderia aliviar todo o seu ódio em forma de prazer. Mas nenhuma delas o excitava como aquela jovem morena, de pele tão alva quanto a neve e olhos mais verdes que as videiras mais belas da floresta.

Por que ela se negava a estar com ele? Sua vida estava nas mãos dele, assim como a de toda aquela vila de mortais, para ele estúpidos. Bastava que o Alfa desse uma pequena ordem para que Eugênia deixasse de existir. Ainda assim, ela o desafiava e se negava a ser dele. Isso alimentava seus instintos, fazendo com que ele a desejasse mais e mais.

Eugênia pensava em como estariam seus pais, temia pelo destino de Thor e sua tentativa de resgatá-la daquele lugar. Ela esperava que todos os seus sacrifícios pudessem garantir a segurança de seu povo. Apesar do medo que sentia, estava determinada a ser forte. As palavras de sua mãe ecoavam em sua mente, lembrando-a de que cada ser humano carrega dentro de si a capacidade de vencer. Eugênia precisava resistir por todos eles.

Ela se levantou na cela e ouviu um sussurro vindo da cela ao lado.

- Quem está aí? - Perguntou, sentindo o coração acelerar.

- Alguém com quem é inútil falar. - Respondeu a voz misteriosa.

- Me sinto tão sozinha, há quanto tempo você está aqui? - Eugênia insistiu, buscando algum tipo de companhia.

- Há tantos anos que sequer posso me lembrar. - A voz respondeu, carregada de tristeza.

- E o que fizeram para te prender? - Eugênia indagou, imaginando se ela também havia se recusado a deitar com o Alfa.

- Não quero falar sobre isso, é uma história triste. - A voz soou evasiva.

- Você é humana como eu? - Eugênia perguntou, curiosa sobre a identidade da pessoa.

- Não, isso muda alguma coisa para você? - Respondeu com uma pitada de amargura.

- Não importa, podemos pelo menos conversar e assim não ficaremos tão sozinhas. - Eugênia propôs, desejando estabelecer uma conexão mesmo naquelas circunstâncias sombrias.

- Eu ouvi tudo o que ele disse a você. Não tente medir forças com ele, o mestre jamais perde e, se ele te escolheu, fará tudo para ser dele. Até mesmo dizimar as pessoas que você ama! - A voz alertou, como se tentasse protegê-la do destino cruel que a aguardava.

Eugênia se abaixou, sentando-se no chão da cela, e pôde vislumbrar a silhueta da misteriosa pessoa através do escuro das grades.

- Estou com frio. - Eugênia murmurou, sentindo o ar gélido daquela noite.

- O bom de não ser humano é não sentir tais sensações. - Respondeu a prisioneira, com uma voz desprovida de emoções.

Eugênia ouviu um rato sendo destroçado e perguntou:

- O que você fez?

- Apenas garanti o jantar de todos os dias. Se você quer vencer o seu algoz, deve fazer o mesmo que eu! - A prisioneira respondeu, demonstrando certa indiferença.

Eugênia se viu questionando se ela também se tornaria alguém como aquela prisioneira. Será que seu destino seria decidido em breve? O medo e a impotência a envolviam enquanto enfrentava as sombrias possibilidades à sua frente.

            
            

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