Capítulo 4 Premio ou... tortura

Nickolas

(Noite do leilão)

Saímos, enfim, daquele SPA e quase morro de vergonha da reação da Dêssa após minha produção...

Tá eu até posso concordar que fiquei bonitinho mais ela exagerada como sempre quase me matou de vergonha quando disse ao berros "QUE HOMEM LINDO É ESSE MEU PAI!"... depois de quae infartar de vergonha fomos direto para a casa dela.

Ela já havia arrumado dentre tantas outras coisas, o cabelo e as unhas além e a make que ou obrigado a dizer que ficou maravilhosa ma ainda faltava a finalização... o banho que deveria ser rápido mas, que durou quase uma hora e quarenta minutos...

Eu que estava na sala da casa dela, vagando pelo comodos do andar inferior me sentindo cada vez mais impaciente por causa de sua demora me pús a olhar a fotos que haviam em um cóvel e ao ouvir o som de passos na escada que estava atrás de mim falei ainda de costas...

- Dêssa, você não faz a menor idéia do que é um banho rápido, né?

Quando virei de frente e a vi descer as escadas do piso superior exclamei...

- Nossa, você está tipo, UAUUUU QUE GATA!

Ela estava deslumbrante... parecia uma visão!

- Pare com isso, cunhadinho... você me deixa sem graça!

Engasguei com minha saliva na hora...

Cof, Cof, Cof, Cof..

- O que foi Nick??? Você tá bem?

Perguntou preocupada, passando a mão nas minha costas fazendo movimentos circulares.

Passado o susto, respondi meio sem graça e muito corado...

- Sim, estou bem... só me surpreendi com o que você falou...

"Meu pai, essa criaturinha ainda me mata desse jeito..." Pensei já me recompondo.

Pegando minha mão ela novamente me arrastou para fora de sua casa e me levou direto para o leilão.

Chegamos em cima da hora mas, a tempo de ver o sorteio de cada função desempenhada pelos Deuses desse ano... e ficou desse jeito:

Gao Shi De ( Contabilidade ) prêmio: um jantar;

Jilian Maeda ( RH ) prêmo: um passeio no iate da família do Tossara;

Type (Gestão Financeira ) prêmio: uma tarde no parque;

Tharn (Setor de Vendas ): um fim de semana nas montanhas;

Takato ( Administação ) prêmio: um dia nas fontes termais e por último mas, não menos importante...

Eydan ( CEO ) prêmio: uma semana inteira em Paris.

Rapidamente nos acomodamos e esperamos que o evento tivesse início...

Todos os premios eram bons, todos os funcionários que realizariam ou cumpririam a tarefa que lhes foi designada eram lindos mas, nenhum chegava aos pés do CEO e isso não é exagero...

No salão haviam desde socialaites, digital influencers até alpinistas sociais e todos ali, não importando se homens ou mulheres, queriam e lutariam ferrenhamente para ir a Paris com o CEO, menos eu...

não que eu não quisesse ir com ele nesta viagem mas, tenho conhecimento de onde é meu lugar e de quanto será o valor deste premio já que todos e todas alí têm muito dinheiro disponivel para empenhar em tal intento.

Parando para pensar, será uma semana com ele em Paris não vai ser nada divertido para quem comprá-lo por que ele é muito frio.

Conforme o leilão transcorria fui me dando conta que a verdadeira intenção de minha querida amiga diabólica era nada mais nada, menos que impedir que o irmão fosse comprado por Viky Sanclear, uma alpinista social e cavadora de ouro que estava presente e devorava o CEO com os olhos visivelmente famintos.

Ela era uma perua, sem querer ofender a classe, que se vestia vulgarmente, maquiava-se com exagerada extravagancia e costumava usar muito perfume...

- Amigo, você precisa me ajudar a salvar meu irmão das garras dessa loba faminta...

Depois desse pedido, me concentrei em fazer os lances que a Dêssa me soprava aos ouvidos...

- Dêssa, não é demais este valor?

Perguntei com medo do que meu chefe diria depois... mas, ao olhá-lo percebi que a cada lance meu ele dava um leve e quase imperceptível sorrisinho com o canto esquerdo da boca...

Essa constatação me deu a confiança que eu precisava para continuar e arrematar meu chefe, reservando-lhe toda a atenção por uma semana.

Viky me fuzilava com os seus olhos e pude sentir todo o peso do seu recalque quando ela "sem querer" derramou champanhe no meu terno caríssimo.

- Oh meu Deus, como sou desastrada... me perdoe senhor???

Na certa não havia me reconhecido então, desenterrei das profundezas do meu ser, o sobrenome de minha família multimilionária que eu já havia banido, enterrado, esquecido e até mesmo apagado dos meus documentos.

- Gates, me chamo Nickolas Gates... mais pode me chamar de sr. Gates.

Com Dêssa pendurada no meu braço, como se para me dar força, eu me afastei dali e fui em direção ao banheiro masculino para limpar ou ao menos tentar desfazer o dano causado por aquela meretrix de quinta categoria...

- Amigo você está bem? Você esta pálido...

Juntando o resto das poucas forças que eu ainda tinha lhe sorri e tentando parecer confiante falei...

- Não se preocupe Dêssa, eu estou bem...

Me desvencilhei do braço que seguravam firmemente o meu e entrei no banheiro...

Eu precisava ficar sozinho e chorar. Me sentia prestes a explodir, minha cabeça doía muito e estava tonto...

Entrando em uma das cabines, tranquei a porta e, em fiim, me premiti chorar quietinho, de cabeça baixa e olhos abertos para não borrar a MAKE que a Dêssa pagou tão caro para ser feita.

Esse sobrenome me trazia lembranças muito vivas de um sofrimento que eu vinh me essforçando muito ao longo de anos para esquecer...

Nunca fui bem-vindo em minha própria casa então, saí de lá apenas com a pouca roupa que vestia quando fui em fim resgatado...

Fiz questão de deles não trazer nem mesmo o sobrenome... que tirei do meu nome duas semanas depois de ser resgatado para viver enfim a minha liberdade, resolvi esquecer definitivamente aquele lugar que só me trouxe dor, tristezas, sofrimento e desespero.

De repente, ouço batidas na porta da cabine onde estou, assôo o nariz e respondo:

- Queira por gentileza dirigir-se ao próximo box, este está ocupado cavalheiro.

Se fez um breve silencio e em seguida ouço a voz desprezível da Viky Sanclear.

- Senhor Gates, abra por favor... preciso falar-lhe.

Com o ódio me subindo a cabeça, nesse momento, abro a porta apenas para ver Eydan agarrá-la pelo braço e a entregar aos seguranças que o acompanhavam...

Fiquei sem ação ao constatar que ela estava usando apenas a calcinha.. esse era o plano dela para fisgar um homem rico? Fazer todos acreditarem que eu e ela...

- O-Obrigado Chefe...

Todo o meu corpo tremia...

Me olhando com uma expressão que nunca vi antes, Eydan nada disse... apenas me abraçou forte e nesse momento me senti tão acolhido, tão seguro... que desfaleci ali mesmo em seus braços.