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A Escolha Fatal: Quando a Prioridade Não Era Eu

A Escolha Fatal: Quando a Prioridade Não Era Eu

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img Gavin
5.0
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Sinopse

O cheiro a desinfetante no hospital era sufocante. Eu estava ali, com o braço engessado, depois de um acidente de carro que quase me custou a vida. Atrás de mim, o meu namorado, Leo, falava ao telemóvel com a mãe, minimizando a minha dor. "A Ana? Ah, ela só partiu um braço. Não é nada de grave." A sua voz era leve, vazia de preocupação. Ele tinha o meu namorado, a pessoa que eu amava, tinha-me deixado presa nos destroços, a sangrar, para socorrer o pai dele, que tinha uma fratura ligeira na perna. «Mais urgente?», perguntei, a minha voz rouca, sem conseguir conter a incredulidade e a traição. Ele justificou-se com a maior naturalidade, como se fosse óbvio: "Sim, ele é mais velho. Tu és jovem, recuperas depressa." Ali, naquele leito de hospital, percebi que nunca seria a sua prioridade. Nem mesmo quando a minha vida estava em risco. Foi naquele momento que a minha desilusão se transformou em decisão. "Leo, vamos terminar", disse, com uma calma que me surpreendeu. Mas a confusão e a raiva dele foram imediatas, seguidas de uma incessante onda de manipulação vinda dele e da sua família. Mensagens, chamadas, presentes, e acusações de que eu era egoísta e ingrata. Eu, a vítima, estava a ser culpada. «Estás a ser egoísta, Ana. O Leo precisa de ti agora. A nossa família passou por um trauma», dizia a mãe dele, ignorando completamente o meu. Mas não era apenas a dor do abandono que me assombrava. Era a constatação de que o homem que eu amava era um estranho que me via como uma segunda opção, descartável. O que eu não esperava era que a sua obsessão o levasse a passar de suplicante a perseguidor. Fotos minhas tiradas à distância, do lado de fora do meu apartamento, revelaram o horror: ele estava a vigiar-me. Aquele que um dia prometeu cuidar de mim, agora era a minha maior ameaça. Quando ele me encurralou na rua, com uma chave de fendas na mão, a minha vida não era mais sobre recuperar de um acidente. Era sobre lutar pela minha liberdade, pela minha sanidade, e por fim, pela minha vida. Estaria eu condenada a ser a sua posse ou teria finalmente a força para me levantar e salvar-me?

Introdução

O cheiro a desinfetante no hospital era sufocante.

Eu estava ali, com o braço engessado, depois de um acidente de carro que quase me custou a vida.

Atrás de mim, o meu namorado, Leo, falava ao telemóvel com a mãe, minimizando a minha dor.

"A Ana? Ah, ela só partiu um braço. Não é nada de grave."

A sua voz era leve, vazia de preocupação.

Ele tinha o meu namorado, a pessoa que eu amava, tinha-me deixado presa nos destroços, a sangrar, para socorrer o pai dele, que tinha uma fratura ligeira na perna.

«Mais urgente?», perguntei, a minha voz rouca, sem conseguir conter a incredulidade e a traição.

Ele justificou-se com a maior naturalidade, como se fosse óbvio: "Sim, ele é mais velho. Tu és jovem, recuperas depressa."

Ali, naquele leito de hospital, percebi que nunca seria a sua prioridade.

Nem mesmo quando a minha vida estava em risco.

Foi naquele momento que a minha desilusão se transformou em decisão.

"Leo, vamos terminar", disse, com uma calma que me surpreendeu.

Mas a confusão e a raiva dele foram imediatas, seguidas de uma incessante onda de manipulação vinda dele e da sua família.

Mensagens, chamadas, presentes, e acusações de que eu era egoísta e ingrata.

Eu, a vítima, estava a ser culpada.

«Estás a ser egoísta, Ana. O Leo precisa de ti agora. A nossa família passou por um trauma», dizia a mãe dele, ignorando completamente o meu.

Mas não era apenas a dor do abandono que me assombrava.

Era a constatação de que o homem que eu amava era um estranho que me via como uma segunda opção, descartável.

O que eu não esperava era que a sua obsessão o levasse a passar de suplicante a perseguidor.

Fotos minhas tiradas à distância, do lado de fora do meu apartamento, revelaram o horror: ele estava a vigiar-me.

Aquele que um dia prometeu cuidar de mim, agora era a minha maior ameaça.

Quando ele me encurralou na rua, com uma chave de fendas na mão, a minha vida não era mais sobre recuperar de um acidente.

Era sobre lutar pela minha liberdade, pela minha sanidade, e por fim, pela minha vida.

Estaria eu condenada a ser a sua posse ou teria finalmente a força para me levantar e salvar-me?

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