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A Obsessão Cruel do Bilionário

A Obsessão Cruel do Bilionário

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Sinopse

Alice Medeiros secretamente agendou uma sessão de cinema adaptada para seu irmão autista, Davi, um raro ato de rebeldia contra seu noivo controlador, Guilherme Rizzo. Guilherme, um poderoso herdeiro do ramo imobiliário, descobriu e se vingou torturando Davi remotamente com luzes estroboscópicas e ruídos estridentes, forçando Alice a assistir ao terror de seu irmão. Ele a manteve cativa, fazendo-a testemunhar a agonia de Davi, tudo porque sua nova obsessão, uma estagiária chamada Kátia, alegou que Alice lhe deu um "olhar torto". A crueldade aumentou, sempre ligada aos caprichos de Kátia. Se Kátia reclamava, Davi sofria. Quando Kátia fingiu um acidente de carro, Guilherme forçou Alice, que era anêmica, a doar sangue para Kátia, apenas para vê-lo ser descartado. O mundo de Alice desmoronou. Ela percebeu que Guilherme via Davi como uma arma e ela como um objeto descartável. O golpe final veio quando Guilherme, por uma falsa acusação de Kátia, matou brutalmente a amada égua de Alice, Estrela, bem na frente dela. Este ato monstruoso acendeu uma raiva fria e clara dentro de Alice, empurrando-a para o seu limite. Ela sabia que tinha que escapar, não apenas por si mesma, mas por Davi.

Capítulo 1

Alice Medeiros secretamente agendou uma sessão de cinema adaptada para seu irmão autista, Davi, um raro ato de rebeldia contra seu noivo controlador, Guilherme Rizzo.

Guilherme, um poderoso herdeiro do ramo imobiliário, descobriu e se vingou torturando Davi remotamente com luzes estroboscópicas e ruídos estridentes, forçando Alice a assistir ao terror de seu irmão.

Ele a manteve cativa, fazendo-a testemunhar a agonia de Davi, tudo porque sua nova obsessão, uma estagiária chamada Kátia, alegou que Alice lhe deu um "olhar torto".

A crueldade aumentou, sempre ligada aos caprichos de Kátia. Se Kátia reclamava, Davi sofria. Quando Kátia fingiu um acidente de carro, Guilherme forçou Alice, que era anêmica, a doar sangue para Kátia, apenas para vê-lo ser descartado.

O mundo de Alice desmoronou. Ela percebeu que Guilherme via Davi como uma arma e ela como um objeto descartável.

O golpe final veio quando Guilherme, por uma falsa acusação de Kátia, matou brutalmente a amada égua de Alice, Estrela, bem na frente dela. Este ato monstruoso acendeu uma raiva fria e clara dentro de Alice, empurrando-a para o seu limite. Ela sabia que tinha que escapar, não apenas por si mesma, mas por Davi.

Capítulo 1

Alice Medeiros marcou o horário em segredo. Era para uma sessão de cinema adaptada, um evento raro projetado para crianças como seu irmão, Davi. Ela usou um cartão pré-pago e um e-mail descartável, cobrindo seus rastros com a precisão de uma espiã. Era um pequeno ato de desafio, uma minúscula bolha de normalidade que ela tentava criar para ele.

Guilherme Rizzo descobriu mesmo assim. Ele sempre descobria.

Ele parou na porta da sala de estar de sua cobertura, uma silhueta contra o horizonte cintilante de São Paulo. O sorriso em seu rosto estava errado. Não alcançava seus olhos.

"Planejando um passeio, meu bem?", ele perguntou.

O monitor na parede mostrava o quarto de Davi. Seu irmão, com dezessete anos, mas com a mente de uma criança pequena, balançava-se para frente e para trás em sua cama, cantarolando baixinho enquanto alinhava seus blocos coloridos. Ele estava calmo. Estava seguro. Por enquanto.

Guilherme caminhou até o painel de controle montado na parede. Era um sistema personalizado que ele havia instalado, um que podia manipular cada aspecto do ambiente de Davi.

"Você conhece as regras, Alice", disse Guilherme, sua voz perigosamente suave. "Se quiser fazer algo com ele, você me pede primeiro."

Ele apertou um interruptor.

Na tela, o quarto de Davi explodiu em caos. Luzes estroboscópicas piscavam erraticamente, e um guincho agudo e dissonante encheu o ar. Davi se encolheu, levando as mãos aos ouvidos. Ele soltou um lamento de puro terror, seu corpo se curvando em uma bola apertada na cama.

"Para com isso!", gritou Alice, avançando para o painel.

Guilherme segurou seu pulso, seu aperto como aço. "Ainda não. Ele precisa aprender. E você também."

Ele a segurou no lugar, forçando-a a assistir. Os gritos de Davi rasgavam os alto-falantes, um som que partia o coração de Alice em pedaços. Ela podia sentir seu terror, sua confusão, sua dor. Ele estava preso em um inferno sensorial, e o homem que ela um dia pensou amar era o demônio puxando as alavancas.

"Por favor, Guilherme, ele não fez nada de errado", ela implorou, lágrimas escorrendo pelo seu rosto. "Fui eu. Me castigue."

"Ah, eu estou", disse Guilherme, seu olhar fixo na tela. Ele parecia se deliciar com a cena. "Isso te machuca muito mais do que qualquer coisa que eu pudesse fazer com o seu corpo, não é?"

Ele estava certo. Sua própria dor era um eco distante comparado a isso. Davi era seu mundo.

"Por que você está fazendo isso?", ela soluçou, sua voz quebrando.

O polegar de Guilherme acariciou o controle remoto do sistema. Mais um toque e o volume aumentaria, as luzes piscaram mais rápido. "Eu vi a Kátia chorando hoje."

O sangue de Alice gelou. Kátia Rodrigues. A estagiária ambiciosa, de olhos inocentes, que havia se tornado a nova obsessão de Guilherme.

"O que isso tem a ver com o Davi?"

"Ela disse que você olhou torto para ela no corredor. Fez ela se sentir mal recebida", disse Guilherme, seu tom casual, como se estivesse discutindo o tempo. "Isso a chateou. E quando a Kátia fica chateada, eu fico chateado. E quando eu estou chateado..." Ele gesticulou para a tela, onde Davi agora se debatia, seus pequenos gemidos de dor mal audíveis sobre o barulho. "Ele paga o preço."

O mundo girou. Um olhar. Ele estava torturando seu irmão autista por causa de um olhar que Kátia alegou que ela deu.

Seu corpo amoleceu, a luta se esvaindo dela. Ela deslizou para o chão, seu olhar preso no monitor. As lágrimas embaçaram sua visão. "Ele é tudo que eu tenho, Guilherme."

"Eu sei", disse Guilherme, agachando-se na frente dela. Ele enxugou uma lágrima de sua bochecha com o polegar, um gesto que um dia foi terno e agora parecia uma violação. "É isso que o torna uma arma tão perfeita."

Ele sorriu aquele mesmo sorriso errado novamente. "Agora, você ainda quer levá-lo ao cinema sem a minha permissão?"

Ela balançou a cabeça, um soluço engasgado escapando de seus lábios.

"Boa menina."

Ele se levantou e desligou o sistema. O silêncio caiu, quebrado apenas pelo som da respiração ofegante e assustada de Davi vindo do alto-falante. Guilherme olhou para ela, sua expressão indecifrável.

"Você deveria ter se lembrado do seu lugar, Alice", disse ele. "Você está aqui porque eu permito. Nunca mais se esqueça disso."

Ele se afastou, deixando-a encolhida no chão de mármore frio, a imagem de seu irmão aterrorizado gravada em sua mente.

Nem sempre tinha sido assim.

Alice Medeiros era uma ninguém da Mooca. Uma estudante de psicologia na Mackenzie, com dois empregos para pagar o aluguel do minúsculo apartamento que dividia com Davi depois que seus pais morreram em um acidente de carro há dois anos. Ela era feroz e determinada, movida por um amor por seu irmão que era o sol em seu universo. Ele era sua razão para tudo.

Guilherme Rizzo era o herdeiro do império imobiliário Rizzo. Seu nome estava em metade dos prédios dos Jardins. Ele era um príncipe da cidade, poderoso, carismático e acostumado a ter tudo o que queria.

Eles se conheceram por acaso em uma gala de caridade onde ela estava trabalhando como garçonete. Ele derramou champanhe em seu uniforme barato e, em vez de ficar irritada, ela apenas lhe entregou um guardanapo e disse: "Não se preocupe, é alugado."

Ele ficou intrigado. Ele nunca tinha conhecido uma mulher que não estivesse tentando impressioná-lo.

Sua conquista foi lendária. Ele enviou mil rosas brancas para o apartamento apertado dela, um gesto tão grandioso que bloqueou o corredor. Ele mandou escrever no céu sobre o Parque Ibirapuera: "Alice Medeiros, quer sair comigo?". Foi um espetáculo para toda a cidade.

Alice ficou apavorada. Ela tentou fugir. Sabia que não pertencia ao mundo dele de jatos particulares e riqueza infinita. Isso era um jogo para ele, o capricho passageiro de um menino rico.

Mas ele foi persistente. Ele apareceu em seu segundo emprego, uma lanchonete decadente, e apenas sentou em uma cabine por horas, bebendo café e observando-a trabalhar. Ele não forçou. Apenas esperou. Uma noite, ele a encontrou encolhida no beco, chorando de exaustão. Ele tirou seu casaco de milhares de reais e a envolveu, depois a levou para casa em seu carro preto elegante sem dizer uma palavra.

Esse foi o momento em que suas defesas começaram a ruir.

Ele era bom para Davi. Contratou os melhores terapeutas, encontrou as melhores escolas. Ele comprou um cavalo para ela, uma linda égua que ela chamou de Estrela, realizando um sonho de infância que ela havia enterrado há muito tempo. Ele sussurrou em seu ouvido que cuidaria dela, que ela nunca mais teria que se preocupar.

E ela acreditou nele. De pé no cemitério no aniversário da morte de seus pais, com o braço de Guilherme em volta dela, ela disse às lápides deles que finalmente havia encontrado alguém. Alguém que a amaria e protegeria a ela e a Davi.

Ela pensou que tinha encontrado um conto de fadas.

Então veio Kátia Rodrigues. Ela era uma nova assistente em sua empresa, toda de olhos arregalados e inocência fingida. E Guilherme, um homem que se deliciava com a novidade, ficou instantaneamente apaixonado.

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