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img img Romance img A frequência certa: a Radialista e o CEO magnata.
A frequência certa: a Radialista e o CEO magnata.

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img Romance
img 33 Capítulo
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img Lara Santtya
5.0
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Sinopse

Nova York é o cenário perfeito para encontros inesperados e choques de personalidades. Harper Lane, apresentadora do irreverente programa de rádio Sem filtros, vive para dar a voz as mulheres, discutindo sem tabus temas cotidianos e, claro, sexo. Celebrando o sucesso de um novo quadro no programa, ela cruza olhares com um homem irresistível em um bar. Eles compartilham uma noite inesquecível, mas ela desaparece antes do amanhecer, deixando apenas um mistério e o eco de um desejo incontrolável. O que Harper não esperava era que seu caminho se cruzaria novamente com James Calloway, o arrogante magnata, CEO do ramo televisivo e tinha planos para a rádio que ela trabalha. O conflito entre os dois é inevitável, mas a química também. Entre brigas, negociações e encontros proibidos, a linha entre amor e ódio se desfaz, criando uma história tão quente quanto as ondas que Harper transmite.

Capítulo 1 Sem filtros!

Harper

O despertador tocou tarde demais, e eu já estava atrasada. Olhei para o espelho enquanto prendia os cabelos ruivos num coque apressado. Meu cabelo sempre foi minha marca registrada – um vermelho intenso, quase fogo, que contrasta com a pele clara e as sardas no nariz. Não era incomum ouvir elogios sobre minha aparência: olhos verdes, lábios cheios e um corpo que eu mesma aprendi a amar, mesmo que nem sempre tivesse sido fácil. Meus quadris são largos, minha cintura bem marcada, e, embora não tenha curvas perfeitamente proporcionais, sei como usá-las a meu favor.

"Harper, você é um furacão," sempre dizia minha melhor amiga, Camila Alvarez, e ela não estava errada. Hoje, eu parecia mais um tornado enquanto corria para pegar as chaves e sair do apartamento em Chelsea.

Camila é minha irmã de alma, a pessoa com quem compartilho tudo, desde nossa época na faculdade de Jornalismo e Comunicação. Ela é latina, de ascendência dominicana, e estar ao lado dela sempre foi um lembrete de como a vida pode ser calorosa e cheia de amor. Quando ela me levou para passar o Natal com sua família, conheci um mundo diferente: risadas altas, abraços apertados, e aquele cheiro irresistível de comida caseira. Totalmente oposto à frieza da casa onde cresci.

Minha mãe, Katherine Lane, é uma mulher forte, mas endurecida. Após ser abandonada pelo meu pai, ela se fechou como uma concha. Eu nunca esquecerei o dia em que a vi destruída: eu tinha oito anos e entrei na cozinha para encontrá-la chorando, sentada no chão, segurando uma carta amassada. Naquele momento, fiz uma promessa: nunca confiaria em um homem. Nunca daria meu coração como ela deu o dela, apenas para tê-lo despedaçado.

Claro, isso não me impediu de viver romances intensos e noites casuais. Mas minha regra era clara: nunca o mesmo homem mais de duas vezes. A última coisa que eu precisava era deixar alguém chegar perto o suficiente para me machucar.

Mergulhada nessas memórias, percebi que estava dirigindo com o piloto automático. Meu carro era pequeno, discreto, mas eficiente. Então, no sinal vermelho, um rugido grave me tirou do transe. Uma moto parou ao meu lado. O homem em cima dela tinha um físico impressionante – ombros largos, braços fortes visíveis mesmo sob o couro da jaqueta. O capacete escondia o rosto, mas seus olhos... Oh, aqueles olhos. Eles encontraram os meus por um breve segundo, e um arrepio percorreu meu corpo.

O sinal abriu, e ele acelerou, desaparecendo na avenida antes que eu pudesse pensar em fazer algo além de observá-lo partir. Suspirei, soltando um riso nervoso, e segui para a rádio.

Quando entrei no estúdio, Camila já estava lá, mexendo em seu laptop e, como sempre, impecável em seu vestido ajustado e batom vermelho.

"Harper Lane, você está atrasada!"

"Bom dia para você também, Camila. Culpe meu despertador, não a mim."

Ela riu e me puxou para um abraço. Esse era o tipo de calor que ela sempre oferecia. Poucos minutos depois, a equipe do nosso podcast, Sem Filtros, se reuniu na sala de reuniões para discutir a pauta da semana. Eu era conhecida pelo apelido de Red e Camila por Star, não tínhamos nossas identidades reveladas no programa, preferíamos assim, o anonimato.

"Tenho uma ideia," anunciei, cruzando as pernas e inclinando para frente. "Que tal criarmos um quadro onde lemos os relatos das nossas ouvintes? Histórias sobre encontros amorosos – os quentes, os desastrosos e até os esquisitos. Algo divertido e sincero."

Os olhos de Camila brilharam. "Eu amei! Pode trazer uma conexão ainda maior com o público."

Todos concordaram, e eu senti aquela onda de entusiasmo que sempre me guiou. Mesmo nos meus dias mais cínicos, o podcast me dava um propósito.

"Sem filtros, como sempre," concluí, enquanto já anotava ideias.

Naquele momento, não fazia ideia de que minha própria vida estava prestes a virar uma dessas histórias.

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