A frequência certa: a Radialista e o CEO magnata.
img img A frequência certa: a Radialista e o CEO magnata. img Capítulo 1 Sem filtros!
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Capítulo 6 Sem voltar atrás! img
Capítulo 7 Um jogo de sensações img
Capítulo 8 Frustração e desejo! img
Capítulo 9 Conselhos e risadas img
Capítulo 10 Conexões e conflitos img
Capítulo 11 O final de semana img
Capítulo 12 O novo CEO img
Capítulo 13 Dando rosto as vozes img
Capítulo 14 Entre a tentação e decisão img
Capítulo 15 Repetição, talvez img
Capítulo 16 Red, no jogo! img
Capítulo 17 Regras quebradas, talvez img
Capítulo 18 Propostas img
Capítulo 19 Conversa img
Capítulo 20 Muito desejo img
Capítulo 21 Almoço img
Capítulo 22 Exclusivos img
Capítulo 23 Câmeras, poses e tensão no ar img
Capítulo 24 Tentação img
Capítulo 25 Manhã inesperada img
Capítulo 26 Gravação img
Capítulo 27 Sentindo falta img
Capítulo 28 Somos Casuais img
Capítulo 29 Fim de noite img
Capítulo 30 É você! img
Capítulo 31 Conexão img
Capítulo 32 Uma noite de revelações img
Capítulo 33 Envolvida img
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A frequência certa: a Radialista e o CEO magnata.

Lara Santtya
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Capítulo 1 Sem filtros!

Harper

O despertador tocou tarde demais, e eu já estava atrasada. Olhei para o espelho enquanto prendia os cabelos ruivos num coque apressado. Meu cabelo sempre foi minha marca registrada – um vermelho intenso, quase fogo, que contrasta com a pele clara e as sardas no nariz. Não era incomum ouvir elogios sobre minha aparência: olhos verdes, lábios cheios e um corpo que eu mesma aprendi a amar, mesmo que nem sempre tivesse sido fácil. Meus quadris são largos, minha cintura bem marcada, e, embora não tenha curvas perfeitamente proporcionais, sei como usá-las a meu favor.

"Harper, você é um furacão," sempre dizia minha melhor amiga, Camila Alvarez, e ela não estava errada. Hoje, eu parecia mais um tornado enquanto corria para pegar as chaves e sair do apartamento em Chelsea.

Camila é minha irmã de alma, a pessoa com quem compartilho tudo, desde nossa época na faculdade de Jornalismo e Comunicação. Ela é latina, de ascendência dominicana, e estar ao lado dela sempre foi um lembrete de como a vida pode ser calorosa e cheia de amor. Quando ela me levou para passar o Natal com sua família, conheci um mundo diferente: risadas altas, abraços apertados, e aquele cheiro irresistível de comida caseira. Totalmente oposto à frieza da casa onde cresci.

Minha mãe, Katherine Lane, é uma mulher forte, mas endurecida. Após ser abandonada pelo meu pai, ela se fechou como uma concha. Eu nunca esquecerei o dia em que a vi destruída: eu tinha oito anos e entrei na cozinha para encontrá-la chorando, sentada no chão, segurando uma carta amassada. Naquele momento, fiz uma promessa: nunca confiaria em um homem. Nunca daria meu coração como ela deu o dela, apenas para tê-lo despedaçado.

Claro, isso não me impediu de viver romances intensos e noites casuais. Mas minha regra era clara: nunca o mesmo homem mais de duas vezes. A última coisa que eu precisava era deixar alguém chegar perto o suficiente para me machucar.

Mergulhada nessas memórias, percebi que estava dirigindo com o piloto automático. Meu carro era pequeno, discreto, mas eficiente. Então, no sinal vermelho, um rugido grave me tirou do transe. Uma moto parou ao meu lado. O homem em cima dela tinha um físico impressionante – ombros largos, braços fortes visíveis mesmo sob o couro da jaqueta. O capacete escondia o rosto, mas seus olhos... Oh, aqueles olhos. Eles encontraram os meus por um breve segundo, e um arrepio percorreu meu corpo.

O sinal abriu, e ele acelerou, desaparecendo na avenida antes que eu pudesse pensar em fazer algo além de observá-lo partir. Suspirei, soltando um riso nervoso, e segui para a rádio.

Quando entrei no estúdio, Camila já estava lá, mexendo em seu laptop e, como sempre, impecável em seu vestido ajustado e batom vermelho.

"Harper Lane, você está atrasada!"

"Bom dia para você também, Camila. Culpe meu despertador, não a mim."

Ela riu e me puxou para um abraço. Esse era o tipo de calor que ela sempre oferecia. Poucos minutos depois, a equipe do nosso podcast, Sem Filtros, se reuniu na sala de reuniões para discutir a pauta da semana. Eu era conhecida pelo apelido de Red e Camila por Star, não tínhamos nossas identidades reveladas no programa, preferíamos assim, o anonimato.

"Tenho uma ideia," anunciei, cruzando as pernas e inclinando para frente. "Que tal criarmos um quadro onde lemos os relatos das nossas ouvintes? Histórias sobre encontros amorosos – os quentes, os desastrosos e até os esquisitos. Algo divertido e sincero."

Os olhos de Camila brilharam. "Eu amei! Pode trazer uma conexão ainda maior com o público."

Todos concordaram, e eu senti aquela onda de entusiasmo que sempre me guiou. Mesmo nos meus dias mais cínicos, o podcast me dava um propósito.

"Sem filtros, como sempre," concluí, enquanto já anotava ideias.

Naquele momento, não fazia ideia de que minha própria vida estava prestes a virar uma dessas histórias.

            
            

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