Helena sempre foi prática. Dona de uma cafeteria charmosa no centro histórico, levava sua vida entre grãos
de café e clientes fiéis. Nunca teve tempo para romances - ou talvez não queria ter. Depois de um divórcio
amargo aos 28 anos, fechou o coração e abriu a agenda.
Mas naquela manhã de segunda-feira, tudo mudou.
Ele entrou pela porta com o sino tocando, como em uma cena de filme. Alto, moreno, barba por fazer e olhos
que pareciam saber segredos que ela nem sonhava. Vestia uma camisa branca meio amarrotada e um jeans
escuro que deixava claro: ele não estava ali a passeio.