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Entre silêncios e desejos: O romance proibido com o melhor amigo do meu irmão

Entre silêncios e desejos: O romance proibido com o melhor amigo do meu irmão

img Jovem Adulto
img 5 Capítulo
img 28 Leituras
img G. R. DRUMOND
3.5
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Sinopse

Ela sempre o amou em silêncio. Ele sempre a enxergou como a irmãzinha do melhor amigo. Até que tudo mudou. Quando Lana tinha 15 anos, achava que o mundo girava ao redor de Ethan - o melhor amigo do seu irmão, sete anos mais velho, charmoso, protetor... inalcançável. Mas agora, com 22, de volta à cidade e decidida a viver por si, ela não é mais uma adolescente apaixonada. E Rafael não consegue mais fingir indiferença. Ethan Wang, aos 29, é um arquiteto renomado, acostumado a ter tudo sob controle. Mas a nova versão de Lana - confiante, linda, provocante - mexe com cada parte dele. E o desejo que ele sempre escondeu começa a transbordar. Um segredo guardado por anos. Um amor que cresceu escondido. E uma paixão que pode colocar tudo em risco. Ela sempre foi dele. Mesmo quando não podia ser.

Capítulo 1 Portas que nunca fecharam

Capítulo 1 - Nova York, agora

Lana

A campainha tocou duas vezes antes que eu conseguisse decidir se estava pronta para vê-lo. Talvez porque nenhuma parte de mim estivesse. Não de verdade.

Josh me avisou naquela manhã que Ethan passaria para buscá-lo. O tom despreocupado dele não fazia justiça ao que aquilo significava para mim.

Sete anos. Era esse o tempo exato desde a última vez em que Ethan Wang atravessara aquela porta - a mesma da casa onde cresci, onde ele ria alto com meu irmão, onde eu me escondia atrás da bancada da cozinha fingindo estudar só para vê-lo.

Na época, ele tinha 22. Eu, 15. Ele era tudo o que eu imaginava ser inalcançável - bonito, confiante, inteligente. O melhor amigo do meu irmão mais velho. O tipo de garoto que arrancava suspiros até das mães das minhas amigas. E, claro, o tipo de cara que jamais olharia para a irmãzinha de Josh como algo além disso.

Mas agora... agora era diferente.

Desde que me mudei para a Itália, nunca mais o vi pessoalmente. Sabia, por Josh, que eles continuaram amigos próximos. Ethan continuava vindo aqui, mesmo enquanto eu estava do outro lado do oceano. De certo modo, ele sempre esteve presente - só que de longe. Invisível. Intocável. Como um eco do passado que minha memória se recusava a apagar.

Agora, eu estava de volta. Não por um tempo. Para ficar. E ele estava prestes a me ver não mais como a irmãzinha tímida que ficava espiando pela porta da cozinha. Eu era outra.

Suspirei, ajeitando o cabelo e forçando minha expressão mais neutra possível. Quando abri, ele estava ali.

Mais alto do que eu lembrava. Mais... homem. Usava uma camisa de linho escura, os botões abertos no topo deixando entrever o início de um peitoral firme. Os olhos negros fixos em mim - e demoraram um segundo a mais do que deveriam no meu corpo.

- Lana? - ele disse, num tom que vacilou por um segundo antes de encontrar firmeza.

Minha boca se abriu, mas nada saiu. Era Ethan. Ethan Wang. Só que diferente. Mais viril. Mais sério. Mais perigoso.

- Ethan - sorri. - Você está... diferente.

- E você está... - ele pausou, e um leve sorriso surgiu. - De volta.

Eu assenti com um sorriso leve. E antes que qualquer um de nós pudesse dizer algo mais, abri caminho para que ele entrasse.

A mesma casa. As mesmas paredes. Mas agora, tudo parecia menor. Ou talvez, fosse eu que tivesse crescido demais para caber naquela versão do passado.

Eu senti os olhos dele varrendo o ambiente, como quem reconhece, mas registra as mudanças. Havia algumas peças novas, claro. Objetos que trouxe da Itália, do meu tempo lá. Memórias da vida adulta que vivi longe.

Eu o observei de relance. A segurança com que caminhava, o perfume discreto e amadeirado que ele deixava no ar. Nada nele parecia buscar minha atenção. E talvez fosse justamente isso que me fazia prestar ainda mais.

Ele parou ao lado da estante e soltou um comentário neutro sobre a decoração. Respondi com um aceno, sem entrar em detalhes. Eu podia sentir meu irmão se aproximando pelo corredor, a porta do banheiro se abrindo ao fundo, o som de passos apressados. A presença dele quebrou o clima invisível que havia se formado entre mim e Ethan.

Mas mesmo com Josh ali, falando, rindo, preenchendo o ambiente com a naturalidade de sempre... a sensação não passou.

Havia algo em suspenso.

Algo que não se dizia.

E que, talvez, nunca tivesse deixado de existir.

Ele sorriu com gentileza. Um sorriso contido, educado. Como se nada tivesse mudado. Como se eu ainda tivesse quinze anos e não estivesse ali, parada à sua frente, com o coração batendo rápido demais.

Mas talvez fosse só eu mesma me iludindo.

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