Minha vida era um conto de fadas, uma tela de sonhos pintada a quatro mãos com Pedro, meu noivo e mentor.
Ele era o herói que me salvou de um incêndio, o príncipe que me elevou de designer sem nome a empresária de sucesso.
Nossa história de amor, celebrada por todos, escondia uma traição tão pútrida que o ar me faltava, como na fumaça daquele incêndio.
A cada beijo que ele me dava em público, Sofia, minha melhor amiga, gargalhava nas sombras, exibindo uma pulseira de diamante idêntica ao meu colar.
Enquanto eu jazia doente e indefesa, Pedro e Sofia profanavam meu próprio leito, seus sons torpes ecoando em meus ouvidos, a prova de sua luxúria gravada sem que soubessem.
A dor física da traição se materializou em um vômito incontrolável, a humilhação pública e secreta me consumindo.
Como um homem que "me salvou da morte" poderia, no mesmo fôlego, me abandonar ferida no meio da estrada por sua amante?
A revelação de um teste de gravidez positivo de Sofia foi o selo final: a farsa era mais grotesca do que eu podia imaginar.
Mas a Luana quebrada e traída não existia mais; uma centelha de determinação fria acendeu a chama da Isabela que renasceria das cinzas.
Eu me recusei a ser a vítima, a noiva troféu; era hora de reescrever meu destino, com minhas próprias regras e sem olhar para trás.
O fim do primeiro ato havia chegado, e o espetáculo da minha vingança estava prestes a começar.
Com o "Coração do Oceano" jogado no lixo, rumei para um novo começo, impulsionada por um aliado misterioso e a promessa de uma nova identidade.
Agora era Isabela, herdeira e dama da alta sociedade, mas por baixo da seda, era Luana, a mulher que voltaria para derrubar o império de mentiras de Pedro e forçá-lo a pagar por cada lágrima.
O palco estava montado, e a cortina do Capítulo Dois estava prestes a se levantar.