O quinto aniversário do meu filho, Leo, deveria ser um dia de festa, cheio de alegria e do tão esperado bolo do Homem-Aranha que o meu marido, Pedro, prometeu trazer.
Mas Pedro não apareceu.
Chegou tarde, ignorou o próprio filho e, para cúmulo, trouxe a irmã Sofia, chorando histericamente, porque o namorado a tinha deixado.
Ele defendeu-a, protegendo-a, enquanto o nosso filho, esquecido, chorava silenciosamente no canto da sala.
Quando confrontei Pedro sobre o bolo e Leo, ele rosnou que "a família vem primeiro" e que eu era "dramática".
Senti o chão desaparecer sob os meus pés. A família dele não incluía o nosso filho?
Naquela noite, exausta, disse-lhe a palavra que mudaria tudo: divórcio.
Ele e a mãe dele, a minha sogra, tentaram manipular-me, fazendo-me sentir culpada por "quebrar a família".
A irmã dele, Sofia, tornou-se a dona da casa, arrogante e despreocupada, apesar de ser a "vítima".
A casa tornou-se um campo de batalha, e Pedro escolheu o lado deles, como sempre.
Como é que o meu marido podia ser tão cego, tão indiferente ao sofrimento do nosso filho e tão leal a uma irmã que parecia estar a abusar da sua boa-fé?
Estava prestes a ceder ao desespero, quando um telefonema inesperado virou o meu mundo de cabeça para baixo.
Era a namorada do ex-namorado da Sofia. Ela revelou a verdade chocante: Sofia não foi abandonada, ela era a amante.
E Pedro sabia de tudo.
Naquele momento, toda a minha dor e confusão se transformaram numa fúria fria e calculista.
Não havia mais volta. Eu não estava a lutar por um bolo, mas pela dignidade do meu filho e pela nossa liberdade.
Contratei um advogado e comecei a minha luta. A batalha pelo Leo tinha acabado de começar.