Ele a despe com suas próprias mãos ainda sentado nu na cadeira simples , com um pouco de esforço ele a faz andar um pouco para a frente enquanto pede a Amber que se sente na beirada da cama.
- Altura perfeita pra que eu me divirta ! ele fala separando as pernas de Amber .
Ela arqueia o corpo ao sentir o primeiro contato da língua morna em seu centro e nos próximos minutos ela tem dificuldade em conter seus gemidos enquanto ele a leva ao prazer com sua língua e dedos . E mesmo sem querer Amber relembra quando fugiu de Peter e de tudo que ele havia feito à anos atrás....
A noite estava escura e Amber olhava a fina chuva pela janela do ônibus, seu coração era como o ambiente lá fora , depois de uma tempestade imensa, agora só resta a garoa fina de um choro leve e sentido. Ela tenta se concentrar na paisagem escura do lado de fora para esquecer os eventos do dia anterior, porém ela não sabe se por culpa da chuva,da escuridão ou mesmo das lágrimas que teimam em encher seus olhos, nada consegue captar sua atenção.
A todo momento as lembranças da noite anterior vem em sua mente junto com a imaginação do que estará acontecendo agora em sua pequena cidade Natal, com pouco mais de dez mil habitantes Sonoma é pequena o suficiente para que sua humilhação já tenha se tornado pública. Ela jamais imaginaria que Peter roubaria sua virgindade e tornaria isso um circo público, como se fosse um filme pornô ao vivo para toda a cidade.
Ela se concentra em seu destino tentando não pensar no que está deixando pra trás, afinal de contas ela nunca pertenceu a cidade mesmo .
Amber estremece em imaginar como será Los Angeles, ela se lembra muito pouco da cidade em uma visita antes da morte de sua mãe, por algum tempo o medo e assombro em estar indo pra maior cidade do estado a fazem esquecer a fatídica noite anterior e Amber se vê perdida em uma tentativa de lembrar algo sobre a cidade.
Mais do que a humilhação pública as palavras de seu pai na noite anterior ainda a magoam , entre todas as mágoas de uma vida os gritos de : Vagabunda , você é uma vagabunda como sua mãe! ainda a machucam de uma forma mais profunda.
Amber tenta achar uma posição confortável no banco do ônibus , depois de dez horas de viagem seu corpo todo protesta em agonia , ela olha o relógio do ônibus e constata que ainda faltam duas horas pro término de sua viagem .
A todo tempo ela tenta não pensar na sua formatura que deveria estar acontecendo essa noite, menos ainda na festa do dia anterior e tudo que aconteceu nas duas semanas antes da fatídica festa , mais sua mente fica lhe pregando peças a fazendo voltar até mesmo a um tempo muito anterior , tentando achar respostas pra sua vida ser tão ruim , talvez seja sua culpa ou só tivesse que ser assim mesmo , mais de uma coisa Ela tem certeza , ela jamais voltará a Sonoma e deseja nunca mais voltar a ver ninguém de lá, com exceção de Devon seu único amigo de uma vida inteira , o único que sempre a defendeu mesmo sendo ele um alvo como ela pras maldades dos outros , o querido Devon que deu a ela todas as suas economias pra que ela escapasse . Dele Amber nunca se esqueceria, e talvez um dia ele pudesse vir também e sair da cidade que tanto os machucou.
Amber se põe a imaginar o que sua avó dirá, fazem pelo menos uns 10 anos que elas não se veem e Amber está ansiosa em saber o que ela dirá ao vê-la surgir em sua porta .
Afastando seus temores ela se ajeita pra enfrentar as duas horas que ainda faltam e mesmo sem querer ela começa a lembrar passo a passo tudo que culminou na noite anterior.