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Predestinada

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Sinopse

Por muitos anos Ricardo Salvatore procurou por algo que jamais pensou ser real, até encontrar uma jovem que lhe mostraria o caminho a seguir, perdido em seu próprio mundo, ele um homem mau, ela uma mulher desejada, juntos descobririam que a vingança, o ódio e o amor se olhados de ângulos diferentes podem ser a mesma coisa. O que pode ser pior do que amar seu inimigo ou odiar aqueles que te amam? Eu te convido a entrar nessa aventura e descubra o preço que se pode pagar por uma vingança.

Capítulo 1 Surpresas

A noite estava tranquila e parecia ainda mais longa que nos outros dias, apesar de ser meados de janeiro, muitos turistas já haviam deixado a cidade, as gorgetas no bar não cobriam nem o taxi da volta, a brisa do inverno começava a trazer sinais de chuva, envolta em um chale fino e desajeitado a última cliente da noite acabava de sair.

Já passava da 1h da manhã quando Rosalin saiu do seu emprego de meio período no Valey, depois de trabalhar o dia todo como camareira em um hotel nobre no centro da cidade, ela fechava a noite no subúrbio da capital como garçonete em um bar de quinta, que ficava em uma rua transversal a avenida principal.

Com passos lentos, Rosalin seguia pela rua escura, não haviam muitas pessoas que transitavam naquele horário, as luzes amareladas que vinham dos postes malemal iluminavam a via, a neblina era espessa e trazia consigo calafrios.

Por algum motivo, virando a esquina haviam duas silhuetas masculinas próximo a um carro, a primeira vista, conversando. O que chamou a atenção foi a fumaça do cigarro que subia em ondas até a iluminação, seguida pelo reflexo do Rolex no braço esquerdo do homem que estava de costas para a avenida principal. Apesar da distração, Rosalin seguiu seu caminho sem mais problemas, tinha muito o que andar e o horário não era propício para uma moça da sua idade estar na rua, ainda mais desacompanhada. Ela era ainda muito jovem e de aparência angelical, sempre fora muito bela, os longos cabelos ruivos balançavam conforme seu caminhar, leve e gracioso.

Duas quadras de sua casa, Rosalin parou para pegar o telefone que tocava incessante, olhando para a tela do celular que acendia e apagava, Rosalin sentiu um calafrio percorrer a espinha ao perceber que era uma chamada de número desconhecido.

Talvez não devesse atender, quem quer que fosse sabia que ela estaria saindo do trabalho naquele horário, por outro lado, poderia ser uma emergência.

Com a voz um pouco rouca e sentindo desconfortável ela aceitou a ligação e ficou em silêncio por um longo tempo, parecia que ambos estavam esperando iniciativa do outro lado da linha.

- Você está aí?

Mais um período de silêncio e nenhuma resposta. Assim que decidiu desligar a chamada Rosalin percebeu que logo a sua frente havia alguém encostado em um Mercedes C 180, preto, o que não era muito comum na região.

Sem dar a devida atenção ao assunto, mas com receio, pois o calafrio em sua espinha ainda não estava disperso, ela caminhou em passos largos até a entrada de sua casa, olhando vez ou outra para traz.

Assim que se sentiu segura rodou a chave na fechadura da porta e parou quando sentiu uma dor aguda na parte de trás da cabeça.

....

Eram quase 7 da manhã, quando dois homens estavam parados próximo a um galpão de uma das empresas mais rentáveis da atualidade, a Yxp tecnologi, ambos vestiam ternos de linho e sapatos Derby Eginton, avaliados em dois mil dólares o par, pareciam um tanto desapontados, quando um Bentley preto se aproximou, seguido de perto por duas Mercedes gls 600, da mesma cor.

Os seguranças desembarcaram primeiro, seguidos de um homem alto, bem vestido e de aparência jovem, porém com um rosto frio.

- Sr. Salvatore, é uma honra para nós recebê-lo.

Ricardo Salvatore apenas acenou com a cabeça e logo em seguida adentrou o local seguido de perto pelo dois homens.

Mais ao fundo do galpão um jovem rapaz os esperava próximo a uma sala reservada, onde havia uma mesa com alguns documentos espalhados, um a um os três homens entraram e logo se acomodaram em suas respectivas cadeiras.

- Bem..

Começou o homem de aparência mais velha.

- sabemos que o sr é um homem muito ocupado, então não vamos tomar muito do seu tempo.

Logo o rapaz mais jovem tomou a palavra e iniciou a conversa.

- Sr Salvatore, temos uma proposta para o senhor, estamos aqui para reavaliar a dívida que temos com o senhor e estamos dispostos a lhe entregar 30% da Yxp tecnologi, aqui estão os contratos imobiliários e toda papelada necessária para a transferência, sabemos que não é muito, mas cobre 75% do valor total da dívida, o restante podemos pagar conforme o sr desejar.

- Sabemos que...

- De quanto estamos falando?

Com um dos contratos nas mãos Ricardo observava o valor da empresa relatado muito abaixo do valor de mercado, estes homens o queriam fazer de besta, no entanto seu assistente já havia feito uma pesquisa bem detalhada e sabia muito bem com quem estava lidando, a diferença entre ambos os homens além do status era também a influência, apesar de Ricardo Salvatore ainda ser muito jovem em sua aparência, ele tinha grande bagagem intelectual e havia sobrevivido a todo tipo de coisa para chegar até esse momento.

- Na verdade sr Salvatore, estamos falando de 45 milhões, o restante podemos pagar conforme o senhor decidir.

- Então está decidido a partir de hoje, a empresa Yxp tecnologi é de inteiramente propriedade minha, podem assinar os papéis.

Com um aceno de mão e sem dar tempo dos homens se manifestarem, seus seguranças se aproximaram com contratos redigidos e com dois outros homens rendidos, com armas apontadas para suas cabeças.

Salvatore tinha uma forma peculiar de agir, tratava bem seus amigos e mantinha seus inimigos rigorosamente vigiados.

- A não ser que queiram acabar como seus amigos aqui.

Dito isso, tiros foram disparados, fazendo com que os homens viessem ao chão.

- Por acaso pensam que sou idiota?

Ricardo sabia muito bem com quem estava lidando quando decidiu vir a essa reunião, dois trapaceiros, que haviam lhe preparado uma emboscada, Ricardo tinha informantes em todas as partes da cidade e havia se preparado para o encontro.

Logo após os papeis serem assinados, ele saiu andando calmamente até a entrada do galpão, onde um de seus homens de confiança o aguardava.

Lado a lados os dois se entre olharam.

- Faça como combinado.

Ricardo deu a ordem ao seu homem que estava apostos olhando brevemente para tras somente para ter certeza de que havia feito a escolha certa, apesar desse não ser seu ramo de negócios, sabia que a empresa estava em desenvolvimento e lhe renderia muito ao longo do tempo, precisaria encontrar alguém em quem poderia confiar plenamente para o ajudar a alavancar a empresa, embora fosse muito interessante no momento não estava disposto a dedicar tanto tempo a isso, havia algo mais importante.

A Yxp tecnologi estava no ramo de software a apenas 2 anos, e estava se destacando, sua maior concorrente no momento era uma empresa de renome, cujo CEO era nada menos que seu maior inimigo.

Assim que descansou a cabeça em seu carro inúmeras mensagens começaram a entrar em seu celular, algumas informações sobre a nova aquisição e outras sobre o resumo da bolsa de valores do dia anterior, o que parecia ser familiar era uma mensagem que estava fixada no topo das conversas, Mike Milan.

"Perdemos ela". Vendo aquela mensagem Ricardo seguiu em direção ao seu escritório principal localizado no centro da cidade, sabia que Mike já o esperava.

- Investiguem denono, tudo, não deixem passar nada dessa vez...

- Senhor já fizemos isso, não há ...

- Eu não quero desculpas, procurem mais!

- Está faltando apenas uma pessoa.

- Então encontrem, eu quero respostas

- Não será possível senhor a pessoa que está faltando já esta morta, uma enfermeira do hospital memorial.

Logo após Ricardo colocou as mãos na cabeça como um sinal de desespero, já haviam se passado mais de 7 anos e ele ainda estava longe de conseguir resolver seu maior desafio.

****

Perto do meio dia a central de investigação da costa leste recebeu um chamado para atender uma ocorrência, uma mulher de meia idade acabara de encontrar um carro abandonado com dois corpos carbonizados próximo a entrada da cidade.

Duas rádio patrulhas que estavam próximas foram as primeiras a chegar, seguidas de perto pelo investigador Harris.

Já era seu sexto dia de férias, mas o segundo em que William Harris aparecia para trabalhar, depois de 3 anos trabalhando sem descanso procurando pistas e orquestrando planos, surgiram algumas informações importantes sobre uma investigação em particular que lhe chamou atenção e por mais que precisasse de alguns dias de descanso, Harris sabia que se não agisse agora, certamente perderia mais uma oportunidade de prender o todo poderoso da atualidade, D'angelo.

Que embora fosse um dos homens mais procurados, seu rosto ainda era desconhecido pelo investigador ou por qualquer outra pessoa.

No entanto haviam surgido pistas sobre seu paradeiro nos últimos meses, embora se misturassem a brigas de gangues, mortes encomendadas e tráfico de drogas, Harris sabia de alguma forma que havia o dedo de D'angelo por trás disso tudo.

Olhando firmemente para aquele veículo, ou o que sobrou dele. Harris percebeu que havia algo estranho, próximo a porta do passageiro, quando se aprossimou mais, percebeu que eram dois fragmentos de bala, um pouco chamuscado, devido a alta temperatura que atingiu o veículo no incêndio, logo que não havia ninguém observando, Harris pegou ambos os objetos e os guardou em um saco de provas. Assim que se virou deu de cara com um antigo parceiro de investigação, Sr Murdock.

- Senhor Harris, decidiu parar de caçar fantasmas e resolveu trabalhar?

Perguntou um dos agentes que acabara de chegar, em tom de sarcasmo.

William nem se deu ao trabalho de responder, assim que recolheu todo o material que desejava apenas deu as costas e saiu. Deixando Murdock com uma pulga atrás da orelha, ele conhecia muito bem o investigador Harris e sabia que nada passava batido aos seus olhos, ele havia encontrado algo, talvez uma pista, que poderia colocar em risco essa operação.

No entanto Harris não parecia preocupado e saiu sem falar nada, ao contrário das expectativas Harris não estava com vontade de debater com um simples agente.

O dia passou depressa, havia muito a ser feito, a investigação parecia andar conforme o normal e logo seria resolvida, mais uma briga de gangues, muito comum para aquela região.

****

O sol estava se escondendo e o dia parecia melancólico demais, com um bloco de anotações e uma câmera nas mãos Harris registrava tudo o que podia e que achava que lhe ajudaria nessa investigação, o que ele não contava na verdade é que estava apenas na ponta desse iceberg.

****

Já se passavam das 5 da tarde quando Rosalin Mendes recobrou a consciência, um pouco dolorida da pancada que sofrera na cabeça, ela abriu os olhos e se deparou com uma sala escura, com nada além de uma mesa um tanto empoeirada e o que parecia uma bancada, logo a sua frente. Não haviam janelas, apenas uma porta com um vão de metal, o que parecia uma prisão.

Um pouco atordoada ela andou em direção a porta e tentou forçar a maçaneta, sem sucesso ela retornou cambaleando até a cama que estava próximoa parede e sentou-se.

E, um breve momento pode se ouvir passos, o que fez com que o calafrio na espinha retornasse. No entanto, ninguém apareceu.

A dor na cabeça era aguda, e lateijava, Rosalin colocou a mão e sentiu um curativo, mas não havia lembrança de nada após o momento em que ela estaria entrando em sua casa.

Estava ficando frio, Rosalin se encolheu e recostou a cabeça próximo a parede, havia barulho de água caindo, o que parecia ser uma torneira aberta, pouco depois a porta se abriu e um homem alto vestido um terno azul marinho entrou segurando uma bandeja nas mãos, ele era forte de aparência jovem, simplesmente colocou um copo de água e um prato em cima da mesa e saiu em seguida.

Rosalin seguiu encostada na parede, o pouco que se mexia fazia com que a dor aumentasse, não lhe dando vontade de levantar.

Aos poucos o frio tomou conta de seu corpo dolorido e Rosalin parecia ter adormecido quando começaram seus devaneios.

****

O dia estava frio, mas calmo, a chuva era fraca e caia sobre os ombros de Joseph, parado ao lado da entrada principal praticamente imóvel. O rosto sem expressão, apenas observava o pequeno bebê embrulhado em cobertas recostado em seu peito.

A chuva fria batendo naquele pequeno rosto, indefeso.

Com passos largos, porém lentos, Joseph se distanciou da casa entrando cuidadosamente em um dos carros parados que já o esperava.

Logo que chegaram ao destino, Joseph se aproximou, e aos poucos os dois corpos foram se distanciando, Magda Mans, recebeu a responsabilidade de cuidar daquele bebê, o que sabia não poderia fazer por muito tempo, ela não tinha condições no momento, tinha uma filha adolescente sob sua responsabilidade, e quem diria que teria que cuidar de um recém nascido.

Sem opção, Magda aceitou, sua dívida com a família Sartre era demasiada grande para ela pagar e, aceitando esse trabalho sem perguntas, ela quitaria se não toda, boa parte dessa dívida.

Dívida a qual dava a família Sartre todo o direito sobre sua família.

Um pequeno problema surgiu após alguns meses, o pequeno bebê fora requerido por D'angelo, embora não tenha sido de todo ruim, pois Magda não tinha mais condições de ficar com a criança, ela estava muito doente e precisava se ausentar da cidade por alguns dias para um tratamento e não poderia levar o bebê consigo, mas, o problema é que, naquele momento apenas poucas pessoas sabiam da existência dessa criança, além de Magda, sua filha Rosalin e Joseph, apenas o senhor Enders, mordomo da família Satre, e Edmund Salvatore, mas em momento nenhum foi sitado o nome do Sr D'angelo, apesar de parecer estranho, Magda sabia que a família Sartre e a família D'angelo não apenas eram inimigos declarados, como ela devia lealdade ao Senhor D'angelo por continuar viva.

Então, a única coisa que veio a mente de Magda, foi deixar a pequena criança aos cuidados de uma antiga amiga dos tempos em que ela vivia em um abrigo, e levar consigo apenas sua filha Rosalin.

****

As memórias vinham em flash e Rosalin se debatia conforme se lembrava das coisas, quando finalmente abriu os olhos levou um grande susto ao perceber que estava sendo vigiada de perto, por um homem grande e forte que estava parado próximo a porta, suas mãos nos bolso da calça escura, apenas observava Rosalin atentamente

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