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Princesa Da Máfia

Princesa Da Máfia

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img Lais Santos Ferreira
5.0
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Sinopse

Na implacável máfia italiana, onde sangue e lealdade definem destinos, Sophia cresceu nutrindo um amor secreto e ardente por Enrico, o herdeiro cruel e calculista da organização. Desde a infância, os dois eram inseparáveis, até que Enrico, moldado pelo peso do poder, se afastou para assumir o comando da máfia aos 25 anos. Agora, aos 35, ele está prestes a se casar por alianças políticas, mas mal sabe que Sophia, com apenas 19 anos, se tornou uma força letal, treinada em segredo pelo irmão Enzo. Determinada a destruir o casamento e conquistar o coração de Enrico, Sophia se infiltrará nas sombras da organização, enquanto inimigos externos tramam vinganças mortais para acabar com o poder da família. Entre sequestros, punições brutais e guerras de máfias, o destino de Sophia e Enrico se entrelaça num perigoso jogo de paixão e destruição. Até onde ela estará disposta a ir para ter o homem que ama? E até que ponto Enrico conseguirá resistir ao desejo proibido pela garota que ele jurou proteger?

Capítulo 1 Olhares Proibidos e Segredos Ocultos

O relógio marcava seis da manhã quando Sophia abriu os olhos. O sol nascia lentamente, tingindo o céu de tons alaranjados, enquanto a mansão vizinha já dava sinais de movimento. Era tradição: todos os dias, sua família tomava café da manhã na casa dos Romano, uma tradição que unia as duas famílias desde antes dela nascer.

Ela se levantou com o coração acelerado. Ver Enrico era a melhor - e pior - parte do dia. Ele era uma tempestade de sensações que ela não conseguia controlar.

Após se arrumar, desceu para encontrar os pais já à porta.

- Vamos? - Amélia, sua mãe, ajeitou a bolsa no ombro.

- Sim... - Sophia respondeu, ajustando o cabelo.

Eles seguiram pelo caminho de pedra que conectava as propriedades. As mansões ficavam lado a lado, protegidas por muros altos e seguranças armados.

Ao entrarem, a casa já estava agitada. A mesa de café era farta, e os irmãos de Enrico já discutiam negócios.

- Bom dia! - Luca, pai de Enrico, cumprimentou.

- Bom dia! - Antonio, pai de Sophia, respondeu com um aperto de mão firme.

- Enrico já acordou. Levantou às cinco para treinar. - Matteo, irmão mais velho de Enrico, disse enquanto cortava um pedaço de pão.

- O maníaco nunca descansa. - Enzo, irmão de Sophia, riu, pegando uma xícara de café.

E, como se tivesse sido invocado, Enrico entrou na sala.

Camiseta preta, calça de moletom, corpo suado e olhar afiado. Ele parecia um predador. Sophia abaixou os olhos, fingindo mexer na comida, mas sentia cada célula do corpo reagir à presença dele.

- Bom dia. - A voz grave de Enrico preencheu o ambiente.

- Como foi o treino? - Luca perguntou.

- Intenso. Mas necessário. - Enrico respondeu, pegando uma garrafa de água.

- Vamos treinar depois do café. Precisamos testar os novos fuzis. - Matteo comentou, animado.

- Ótimo. - Enrico assentiu, mas seu olhar desviou até Sophia, que o observava discretamente.

- Tem algo errado? - Enrico arqueou a sobrancelha.

- N-não... - Sophia gaguejou, ficando vermelha.

Ele sorriu de canto, um sorriso perigoso que fez o estômago dela revirar.

- Você quer assistir ao treino? - Enrico perguntou, inclinando-se ligeiramente para frente.

- Eu? - Sophia piscou, surpresa.

- Sim. Ou prefere continuar só observando? - Ele provocou, tomando um gole de água.

Enzo gargalhou, batendo a mão na mesa.

- Um dia ela te mata, Enrico.

Sophia cruzou os braços e sorriu de canto.

- Quem sabe? - A voz dela saiu firme, carregada de ironia.

Enrico encarou Sophia por alguns segundos, sentindo um arrepio estranho correr pela espinha. Ela sabia brincar com fogo. Mas já estava queimada há anos. E não importava o quanto aquilo a destruísse: ela faria qualquer coisa para ter Enrico.

Mesmo que tivesse que destruir tudo para isso.

O café da manhã seguiu com conversas sobre negócios, territórios e movimentações rivais. Sophia fingia estar distraída com a comida, mas sua atenção estava cravada em Enrico. Ele conversava com os irmãos, gesticulava pouco, sempre sério, calculando cada palavra.

Ela apertou a xícara com força. Aquele olhar frio dela, mas que aquecia tudo por dentro.

Depois de um tempo, Enrico se levantou.

- Vou me trocar para o trabalho. Matteo, nos encontramos no galpão às nove. - Ele avisou, sem olhar para Sophia novamente.

Ela soltou um suspiro frustrado, mexendo o café com força.

- Tá quase cavando um buraco aí. - Enzo zombou, mordendo uma torrada.

Sophia olhou discretamente para os pais, que ainda conversavam com Luca e Amélia.

- Enzo, a gente pode treinar hoje? - Ela cochichou.

- No esconderijo? - Ele arqueou a sobrancelha, surpreso.

- Sim. Quero treinar tiro, código, tudo... - Os olhos dela brilhavam com a necessidade de estar cada vez mais forte, mais preparada.

Enzo riu, limpando a boca com o guardanapo.

- Tá viciada, hein?

- Por favor. - Sophia apertou o braço dele.

Ele olhou ao redor, garantindo que ninguém estava ouvindo, e depois assentiu.

- Beleza. Às três, no galpão abandonado.

Ela sorriu, o coração disparando de animação.

- Fechado.

O plano estava feito. Mais tarde, ela poderia descarregar a frustração nos alvos - e fingir que não era a obsessão por Enrico que a deixava assim.

Ela se levantou, ajeitando a blusa, mas, ao dar um passo, sentiu o olhar dele sobre si. Enrico estava parado no corredor, encostado na parede, observando-a de longe com uma expressão indecifrável.

Sophia sentiu o peito apertar. Ele sempre a olhava assim... como se soubesse de tudo.

E, talvez, ele soubesse mesmo.

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