Saí do hospital com o certificado de óbito do meu filho.
O céu de Lisboa estava cinzento, tal como o meu coração.
Dezoito chamadas perdidas.
Dezoito vezes eu pedi ajuda nos escombros.
Dezoito oportunidades para o meu marido, o "herói" Pedro, me salvar.
Mas ele escolheu ser o cavaleiro de armadura brilhante da sua ex-namorada, Sofia.
Agora, o meu Tiago, o nosso bebé, estava morto.
E a única coisa que Pedro dizia era: "Que foi agora, Ana? A Sofia está a ter um ataque de pânico outra vez. Não tens um pingo de compaixão?"