Eu me lembro como se fosse hoje o dia em que eu conheci o Jack, era em uma evento na casa dos Harper para a alta sociedade e eu como uma Porter estava lá, meu pai era um governante estava sempre presente nesses eventos.
Eu me lembro que fazia muito calor, e aquele vestido vinho que eu vestia estava me matando e então resolvi ir ao lado de fora da casa tomar um ar, estava andando tranquila pelo belo jardim, quando vi minha flor preferida, rosa vermelha, tirei uma com cuidado e levei até o meu nariz para sentir o perfume agradável da flor que me fez fechar os olhos de tão agradável que era o seu aroma.
-Presumo que terá que pagar por arrancar uma flor do nosso jardim - ouço aquela voz, grossa e me viro assutada - me desculpe, não foi minha intenção assutá-la - ele diz de forma gentil.
-Então quanto terei que pagar pela rosa? - pergunto com humor fazendo o mesmo esboçar um belo sorriso.
-Dessa vez, não irá precisar pagar - ele diz - Sou Jack Harper - ele diz estendendo a mão.
-É, eu sei bem que você é - digo - Sou Lily Porter - digo esticando a mão para o mesmo que leva até seus lábios e a beija de forma sutil me fazendo sorrir envergonhada por ter me arrepiado.
-Não sabia que o governante Porter tinha uma filha tão bonita - ele diz fazendo-me sorrir.
-É isso que costuma dizer para todas as donzelas? - pergunto me divertindo.
-Não existe nenhuma donzela como você, então é a primeira vez digo isso - ele fala me deixando surpresa. - Mas me diz o que faz aqui fora sozinha?
-Hoje está um dia quente, esse vestido me deixou com calor então vim tomar um ar - digo.
Lembro que ficamos a tarde daquele dia inteiro conversando, Jack era cavalheiro exemplar, um bom ouvinte e muito respeitador, mas não impediu que o mesmo me beijasse.
Depois daquele dia passamos a nos encontrar escondido com frequência, nem meu pai nem o Nathan poderia saber da nossa relação.
-Temos que ter cuidado Nathan não pode nem sonhar sobre nós - Jack diz.
-Por que tem tanto medo do Nathan? - pergunto.
-Não se trata de ter medo, é que eu sei do que ele capaz - ele diz.
-Então vamos aproveitar, pois meu pai já está voltando de viagem não sei quando vamos nos ver de novo - digo.
-Não diga isso, eu não poderia ficar tanto tempo longe de minha amada, se for preciso eu invado seu quarto de madrugada e te sequestro - ele diz me fazendo rir.
-Adoraria ser sequestrada por você - digo e mesmo sorri, tomando os meus lábios para si logo em seguida.
Aquela noite foi especial pra mim, foi a minha primeira vez com Jack que foi extremamente cuidadoso comigo, eu me sentia nas nuvens tanto que acabei adormecendo em seus braços e quando acordei já havia adormecido.
-Droga! - digo me levantando rapidamente da cama - Jack por que deixou que eu dormisse tanto? - pergunto enquanto vestia minhas roupas.
-Estava tão bom aqui com você, e você dormia tão perfeitamente que eu não tive coragem de te acordar - ele diz de forma fofa.
-Que horas são? - Pergunto.
-09h00 - ele responde.
-Aí, meu Deus meu pai já deve ter chegado de viagem - digo e a expressão do mesmo fica séria - ele vai me matar - digo desesperada e então sinto os braços do Jack me rodearem em um abraço gostoso.
-Ele não é louco de fazer nada com você, eu acabo com ele - Jack diz seriamente olhando nos meus olhos - Eu te amo Lily, não vou permitir que ninguém te faça mal - sorrio para o mesmo e então nos beijamos apaixonadamente.
-Agora eu tenho que ir - digo.
-Eu te levo - ele diz.
-Está enloquecendo? Se virem nós dois juntos é o nosso fim - digo e ele sorrir.
-E quando vamos nos ver de novo? - ele pergunta.
-Eu prometo que logo, te mandarei uma carta - digo.
-Estarei esperando ansiosamente - ele diz e me rouba um beijo.
Nos despedimos e então vou embora. Eu estava chegando em casa quando vi que havia guardas por toda a parte, então me deu um aperto no peito. Entrei em casa rapidamente e vi a pior cena de minha vida, meu pai já sem vida no colo de minha mãe que chorava horrores.
-Não! - grito tampando minha boca horrorizada, atraindo a atenção de todos. -Papai, acorda! - digo me ajoelho em frente ao seu corpo e o chacoalhando de forma brusca - Acorde, para com isso pai, que brincadeira doentia é essa, acorde vamos - digo sentindo as lágrimas escorrerem.
-Minha filha, ele se foi - as palavras da minha mãe ecoaram em minha cabeça, me deixando um pouco zonza e então vi tudo escurecer, ouvi a voz de minha ao longe, gritando meu nome.
Acordo e percebo que estou em minha cama e então respiro aliviada por tudo ter sido apenas um sonho, olho e vejo que minha mãe estava sentada em minha mãe cama com um olhar tristonho.
-Mamãe - a chamo e a mesma me encara com lágrimas nos olhos.
-Não pode ser, aquilo não foi um sonho? O papai está mesmo morto? - pergunto entrando em desespero e a mesma assente e me abraça.
Ficamos ali abraçadas por um bom tempo até que a mesma separa o abraço.
-Filha precisa se arrumar para enterro, os guardas já foram espalhar a notícia pela cidade, o enterro será dentre algumas horas - ela diz se levantando da minha cama e saindo do meu quarto.
Eu fico ali sozinha em meios aos meus pensamentos, ainda não conseguia acreditar que meu pai havia morrido.
Eu já estava pronta para o velório, com um vestido preto, assim como minha mãe. Estavamos a caminho no velório, e no caminho vi vários conhecido.
O enterro do meu pai lotou de pessoas, e ele estava lá, Jack e seus irmãos, eu queria poder estar nos braços do mesmo nesse momento, pois ele tem o dom de me acalmar e tirar toda a dor que estou sentindo, mas nesse momento eu preciso estar com a minha mãe que está tão desolada quanto eu. Jack e eu trocamos alguns olhares durante o enterro e sua expressão era triste, como se ele estivesse sentindo a minha dor.
Foi a hora de enterrá-lo, então minha mãe disse algumas palavras, eu não consegui dizer nada, e então alguém me surpreendeu, Nathan pediu para dizer algumas palavras.
-O governante Porter, era um homem bom e justo, que amava muito sua esposa e sua filha, ele era um dos homens que eu mais confiava, e tenho certeza que fará muita falta para nós - ele diz.
Depois do enterro várias pessoas vieram prestar suas condolências, inclusive os Harper.
-Eu sinto muito por tudo isso - diz Amélie me abraçando e depois abraçando a minha mãe.
-O governante Porter amava muita vocês duas nunca se esqueçam disso - Nathan diz abraçando minha mãe e a mim. -Principalmente você Lily - ele sussurra no meu ouvido.
-Eu sei disso - respondo.
-Minhas condolências Sra. Porter - Jack abraça a minha mãe - Srta. Porter sinto muito por sua perda, não consigo nem imaginar a dor que você está sentindo - o mesmo me abraça e eu me sinto bem em seus braços - Precisamos nos ver hoje a noite, apareça no lugar de sempre - ele sussurra no meu ouvido e depois apenas nos encaramos.
Depois de toda aquela melancolia do enterro, finalmente voltamos para casa, minha mãe ficou em silêncio o tempo todo, principalmente durante o jantar.
-Vou para o meu quarto - digo a minha mãe que apenas assentou com a cabeça.
Subi as escadas e me entrei no meu quarto trancando a porta, peguei minha capa preta e vesti, e então fui para a janela do meu quarto que dava acesso para uma árvore, sai pela janela subindo na árvore e desci para o chão, eu já estava acostumada a fazer isso para ir encontrar Jack.
Fui até o local onde sempre nos encontrávamos, e o mesmo já estava lá a minha espera, ele nota minha presença e me olha se forma séria, ele estava sério demais eu nunca tinha visto o mesmo assim.
-Eu te chamei aqui porque precisamos conversar - ele diz.
-Jack você me conhece, vai direto ao assunto - digo.
-Não podemos mais continuar com isso - ele fala e suas palavras me atingiram em cheio, senti uma pontada forte no coração.
-Você está me dizendo que o que há entre nós não existe mais? - Pergunto.
-Por favor não dificulte as coisas - ele diz friamente.
-Você vai me deixar no meu pior momento - digo dando uma risada irônica. - E eu pensando que você havia me chamado para ficarmos juntos para me dar apoio com a morte do meu pai, como eu sou idiota - falo virando as costas para o mesmo e indo embora.
Eu não sei o que aconteceu com Jack não parece mais aquele homem cavalheiro, ele estava frio comigo.
A dor que eu estava sentindo por perder o meu amor era forte demais e mistura com a dor da perda do meu pai ficava mais insuportável, até que distraída acabei esbarrando em alguém.
-Me desculpe - digo olhando para ver quem era e me deparo com Nathan.
-Lily Porter, o que faz por aqui sozinha? - ele questiona.
-Eu...eu... - não consigo dizer nada apenas deixou as lágrimas escorrerem pelo meu rosto e sinto o mesmo me abraçar.
-Não precisa dizer nada, venha eu vou te levar para casa - ele diz e então entramos em sua carruagem.
Fomos em silêncio o caminho todo, até que percebo que o mesmo está fazendo um caminho diferente.
-Para onde está me levando? - pergunto desconfiada, então o mesmo para a carruagem e percebo que estamos no meio de uma floresta. - O que estamos fazendo aqui? Por que me trouxe pra cá?
-Calma, eu só quero conversar - ele diz com um sorriso nos lábios.
-Conversar sobre o que? - pergunto.
-Eu sei do seu envolvimento com o meu irmão - ele diz me deixando surpresa - mas você não sabe nada sobre nós, então quero esclarecer algumas coisas, a primeira é que somos vampiros - ele diz me assustando então vejo seus olhos mudarem e suas presas aparecerem, me deixando com medo do mesmo.
-Nathan por favor me deixa ir embora - peço implorando.
-Calma ainda não terminei - ele diz - Foi eu quem matei o seu pai - ele fala me deixando surpresa novamente - e o Jack sabia que isso iria acontecer eu avisei a ele.
-Você...ele...vocês são uns monstros - digo e sinto um nó na minha garganta e as lágrimas caírem involuntariamente.
-O minha querida, e mesmo assim eu estou disposto a ser bonzinho com você - ele diz chegando mais perto de mim - Seu cheiro é tão bom, não sei como Jack se controlou, e então em um instante sinto suas presas cravarem em minha pele me causando uma dor aguda, eu sentia o mesmo drenando o meu sangue. - não vou beber tudo seu sangue, quero que se torne como nós.
Meu corpo todo ardia, parecia que eu estava com febre, a dor era dilacerante. E então quando a dor passou e eu abri meus olhos vi Nathan me encarando.
-Finalmente acordou - ele diz.
-O que fez comigo? - pergunto desesperada.
-Veja você mesma, não está com sede? - ele pergunta e então sinto minha garganta arder.
-Muita sede - falo.
-Eu te transformei minha cara, agora o único pedido que tenho para você é que desapareça da vida do Jack se não dá próxima vez eu irei matar você - ele diz bem ameaçador, agora eu entendo o que o Jack quis dizer com " eu sei do que ele é capaz" - mas eu acho que pra você será fácil sumir, perdeu o pai, perdeu seu amor, mas cai entre nós Jack só te usou, só quis se deitar com você, veja bem, logo ele vai estar se deitando com outras mulheres por aí - ele diz me deixando enojada.
-Tudo bem eu vou embora - digo baixo.
-Claro que vai eu não te dei escolha - ele diz.
Então naquela mesma noite eu saí de Los Angeles , fiquei vagando pelas cidades. Até voltei um tempo eu queria confrontar Jack, mas foi a pior decisão de minha vida pois o vi beijando outra mulher assim como Nathan disse, e então desisti dele e Los Angeles para sempre.