Capítulo 2 Aquele do casamento...

Alguns dias se passaram, eu e Marcelo nós falávamos sempre, conversamos sobre tudo, mas em nenhum momento falamos do beijo

ou quase beijo.

- Está chegando o grande dia Clara, ansiosa? - Anita inquieta de animação para o meu encontro com meu namorado de mentirinha.

- Na realidade estou até mais tranquila que esse primeiro evento seja com a família dele, assim se não der certo a minha família nem será envolvida. - eu tento manter a tranquilidade, mas estou muito nervosa por encontra - lo novamente, não nos vimos ainda depois da noite no bar, da noite do quase beijo.

Será que afetou ele também? Por que não paro de pensar nisso se nem foi nada de mais, só posso estar ficando louca.

O telefone toca, é ele está lá embaixo a minha espera, dou mais uma rápida olhada no espelho e desço.

Abro a porta do carro dou um oi, meio tímido ele não responde está me olhando fixamente e não diz nada, começo a achar que tem algo de errado comigo não aguento e pergunto:

- O que foi não gostou do vestido?

Eu estava usando um longa vestido vermelho com rendas, uma grande fenda mostrando boa parte da minha perna, um decote em V.

Ele tenta se recompor e aos pouco começa a falar:

- Não pelo contrário você está deslumbrante, fiquei até sem palavras, minha família não vai acreditar que uma mulher linda dessas é minha namorada! - mais uma vez ele com suas gracinhas.

- Você pode dizer que é por dinheiro heheh! - e eu entrei na gracinha dele que deu uma risadinha meio tímida e seguiu.

Chegamos no casamento, um lugar lindíssimo, uma fazenda toda decorada de flores branca, não sei que flores são nunca fui boa com plantas, mas sei que são lindas, damos uma volta rápida e vamos para a mesa, ele não quer chamar atenção, ele está tenso.

Foi me apontando discretamente algumas pessoas, e me contando histórias sobre a família, logo uma senhora muito elegante, cabelos grisalhos chega e se senta ao nosso lado e começa às perguntas:

- Olá minha jovem, você deve ser a Clara não é mesmo, o Mamal fala muito de você! - Mamal? esse é seu apelido desde a infância, ele ficou desconfortável acho que não gostou da Vó o ter entregado assim.

- Vó, já disse que meu nome é Marcelo! - perece uma criança mimada, mas fofa!

- Sim sou eu, o que esse danado andou falando de mim, garanto que não sou tão ruim como ele descreveu! - eu respondo com um sorriso.

- Ela é encantadora querido! Bom vou dar atenção para alguns convidados, tenho certeza que os dois estão em ótimas companhias! - ela se despediu com um leve abraço e foi em direção a outra mesa

Continuamos numa conversa agradável, entre uma taça e outra de vinho, tenho que reconhecer que talvez não me lembre de todos que me foram apresentados naquele dia, mas tenho a mais absoluta certeza que o vinho estava ótimo.

Começou a anoitecer ele me convidar para irmos embora da festa, eu concordo ele chama um carro, afinal nenhum dos dois tinha condições de dirigir!

Chegamos no meu apartamento ele desce do carro para se despedir e quando se dá conta o carro se vai e o deixa ali na calçada!

- Vish nem o carro quis você hoje hehehe!

Eu o provoco com uma piadoca.

- Estou vendo! - ele retruca.

- Bom quer subir e esperar por outro carro lá em cima posso fazer um café, nós estamos mesmo precisando!

E assim subimos, eu me inclino para abrir a porta sem perceber que acabo o tocando, ele fica meio sem reação no momento mas não se afasta.

- Você quer vir comigo até a cozinha vou preparar o café. - ele me segue sem tirar os olhos de mim, eu sinto seu olhar.

Já não sei o que dizer e ele também não fala nada, eu mordo os lábios, pensando se digo alguma coisa para quebrar o clima ou espero algum movimento dele.

- Você era a mulher mais linda daquele lugar!

- Muito obrigado mas sua irmã também estava muito linda e radiante! - já não sei realmente o que fazer me vejo inquieta, nunca tinha me sentindo assim antes.

- Você pare nervosa, quer que eu me afaste? - diz ele se aproximando cada vez mais, eu apenas balanço a cabeça e espero ele chegar mais perto.

- Eu não sei o que se passa comigo, eu não paro de pensar no beijo de raspão do primeiro dia! - ele também pensa naquilo.

- Passei o dia todo pensando na maneira mais rápida de tirar este seu vestido, tem alguma dica para mim? - só o que consigo pensar é no quanto ele está perto, já posso sentir seu calor.

- Não sei se dá pra chamar aquilo de beijo foi tão fraquinho, é só o que tem para me oferecer? - eu o provoco e espero sua reação.

            
            

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