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A manhã após a noite intensa com Alexander, Aurora despertou em uma cama luxuosa, com raios de sol filtrando pelas cortinas. Ela se sentia envolvida por uma sensação de calor e um sorriso inconsciente brincou em seus lábios. Ao se levantar, notou que Alexander já havia deixado o quarto. A hesitação ainda pairava no ar.
Ao descer para o andar de baixo, Aurora foi surpreendida por uma mesa de café da manhã requintada, repleta de iguarias que ela nunca sonhara em experimentar. Enquanto apreciava as delícias, uma mulher mais velha, vestida de uniforme impecável, se aproximou. Seus olhos transmitiam uma compreensão silenciosa.
- Você é a senhora Aurora, não é? - perguntou a mulher, sorrindo gentilmente.
Aurora assentiu com a boca cheia de croissant.
- Acho que você merece um café da manhã como este depois de uma noite tumultuada. - disse a mulher, rindo. - Eu sou Elizabeth, a governanta da casa. Espero que se sinta confortável aqui.
Aurora sorriu de volta.
- Obrigada, Elizabeth. Este café da manhã é incrível.
Elizabeth olhou nos olhos de Aurora, como se buscasse compreensão.
-A senhora precisa entender que o Sr. Donovan é um homem solitário. Ele nunca conheceu o verdadeiro calor humano. Criado pelos mordomos e seu avô, após perder os pais em um trágico acidente quando ainda era um bebê, ele sempre foi tratado como um monstro deformado.
Aurora se viu tocada pela história de Alexander.
-Ele nunca foi amado?
-Não como deveria. - respondeu Elizabeth. -Ele é um homem bom, mas a solidão o transformou em uma fortaleza. Agora, ele se trancou em seu escritório, evitando qualquer contato direto.
Aurora olhou para a escadaria, imaginando Alexander isolado em seu mundo.
- Ele não desceu para as refeições?
Elizabeth balançou a cabeça.
- Os mordomos levam as refeições até ele. Ele prefere assim.
Decidida, Aurora tomou uma decisão.
-Hoje, serei eu a levar a próxima refeição.
-Ele pode não gostar. - Elizabeth a advertiu
- Eu lidarei com meu marido! - respondeu Aurora com um sorriso decidido.
Ao subir as escadas, Aurora sentiu uma mistura de nervosismo e determinação. Ela bateu suavemente na porta do escritório de Alexander, esperando que ele finalmente permitisse quebrar as barreiras que ele mesmo construíra.