Finalmente te Encontrei
img img Finalmente te Encontrei img Capítulo 7 Arthur o convite
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Capítulo 20 Angeline img
Capítulo 21 Angeline - você está grávida img
Capítulo 22 Angeline - Eu amo você img
Capítulo 23 Arthur - Anjo, por favor...  img
Capítulo 24 Arthur img
Capítulo 25 Angeline - Você vai abortar! img
Capítulo 26 Angeline - E como pretende fugir   img
Capítulo 27 Arthur - Onde ela está img
Capítulo 28 Arthur - Vocês que filmaram   img
Capítulo 29 Angeline - A fuga img
Capítulo 30 Angeline - Uma cicatriz que jamais se fecharia img
Capítulo 31 Angeline - Recomeços img
Capítulo 32 Angeline - Novas amizades img
Capítulo 33 Angeline - fugir para a Europa img
Capítulo 34 Angeline - Final cruel img
Capítulo 35 Angeline - Au Pair img
Capítulo 36 Angeline - Arthur estava deitado na minha cama img
Capítulo 37 Angeline - sonhos inapropriados img
Capítulo 38 Angeline - Cadê minha filha img
Capítulo 39 Angeline - Levante-se e lute por sua felicidade! img
Capítulo 40 Angeline - Amor-próprio img
Capítulo 41 Angeline - Estava de volta img
Capítulo 42 Angeline - Vovó e vovô! img
Capítulo 43 Angeline - Arthur img
Capítulo 44 Arthur - Cadê a Angeline img
Capítulo 45 Arthur - Não dessa vez, ruivinha img
Capítulo 46 Arthur - Casada com quem img
Capítulo 47 Arthur - Se eu fosse seu marido... img
Capítulo 48 Arthur - Angeline, você acredita em mim   img
Capítulo 49 Arthur - Você ainda me ama   img
Capítulo 50 Angeline - Meu corpo foi dominado pelo dele... img
Capítulo 51 Angeline - Você fugiu para proteger sua filha... img
Capítulo 52 Angeline - Seu toque era tão quente img
Capítulo 53 Angeline - Pare de negar o que sente por ele.  img
Capítulo 54 Arthur - Você é um homem, levante-se e lute! img
Capítulo 55 Angeline - Ah, seu cafajeste! img
Capítulo 56 Angeline - Está ficando quente, meu anjo. img
Capítulo 57 Angeline - Você estava sem calcinha img
Capítulo 58 Angeline - Ultrapassando os limites img
Capítulo 59 Angeline - Posso acompanhá-la    img
Capítulo 60 Angeline - Não podia negar, sentia falta, sim... img
Capítulo 61 Angeline - Jogo perigoso, anjo img
Capítulo 62 Angeline - Precisava senti-lo, prová-lo img
Capítulo 63 Angeline - Eu estava grávida de você img
Capítulo 64 Angeline - Mãe img
Capítulo 65 Angeline - Arthur era inocente... img
Capítulo 66 Angeline - Feche a porta!   img
Capítulo 67 Angeline - é o mais próximo que sinto do céu! img
Capítulo 68 Angeline - Onde paramos img
Capítulo 69 Arthur - Você saberá que realmente ama uma mulher  img
Capítulo 70 EPÍLOGO img
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Capítulo 7 Arthur o convite

Toda sexta-feira à noite reuníamos na casa de alguém para jogar, e aquela sexta era na casa do Marcus. Não era tão perto, mas também não era tão longe, de forma que podia ir andando. Gostava de caminhar à noite.

E novamente, jamais imaginaria encontrá-la ali, à noite. Quando a vi virar a esquina correndo, tudo o que pensei foi que minha mente estava pregando alguma peça, mas não era.

Vê-la a minha frente com a respiração ofegante foi uma experiência intrigante. Escutar da sua boca todos aqueles problemas por causa da pequena Border Collie que ela encontrou na rua e não podia ficar por causa da sua mãe, me deixou mais sensibilizado do que pensei. Sempre gostei de animais, então não tinha o porquê de recusar a ajuda.

Quando entramos dentro da minha casa, seu cheiro deixou meu corpo em alerta. Demorei um pouco a mais a acender as luzes, estava atrás dela, inspirando seu perfume.

Assim que ela entrou no meu quarto, tudo mudou. Observei atentamente seus movimentos, cada olhar dela, cada gesto. As coisas que sentia em sua presença chegava a ser assustador. Minha cabeça enaltecia sua beleza a todo o momento. Achava que tinha aquela reação todas as vezes que a via pelo simples fato de ela ser intocável, algo que dava um gostinho de proibido, mas então eu constatava o contrário ao vê-la. Tão perto.

Quando a Lizzie mordeu meu dedo, realmente doeu, aqueles dentinhos afiados pareciam agulhas. E quando ela correu para me ajudar, ao tê-la ali tão perto aproveitei e estiquei um pouco a cabeça até que pude sentir o cheiro dos seus cabelos. Era o cheiro mais delicioso que senti na vida. Tão doce e suave que era como se penetrasse em cada célula minha, ofuscando meu raciocínio.

Foi naquele momento que não me arrependi em nada de ter perdido a noite dos jogos. E cheguei à conclusão que queria ela mais vezes ali, no meu quarto. E eu teria.

Passei o final de semana pensando em uma maneira de convidá-la para sair.

- E aí Dom Ruan. Já laçou a intocável? - Marcus escorou no meu armário.

- Duvido - Lucca zombou.

- Isso não é do interesse de vocês - tentei soar sério, mas não aconteceu. Raramente eles levavam algum assunto a sério.

Quando ela foi embora da minha casa, tive que responder as mil mensagens deles e quando disse que tinha uma garota comigo, logo eles abaixaram a guarda, mas ainda assim ficaram no meu pé com o ditado "amigos primeiro, garotas depois". Como se isso realmente acontecesse. Lucca começou a me provocar e para marcar território disse quem era a garota. Não que ela fosse propriedade minha ou de alguém, mas era só um aviso para eles ficarem longe. Conhecia muito bem aqueles dois.

Enquanto conversávamos no corredor, observei-a sentada no seu lugar de sempre, mas algo aconteceu e as duas saíram apressadas.

Assim que entramos, passamos pela sua carteira e vimos seu celular sob a mesa. Desbloqueado.

- Alguém esqueceu o celular - Marcus elevou uma sobrancelha olhando para a porta.

- Quem vai pegar primeiro? - Lucca encorajou.

Não iria mexer, mas se fosse para impedir que os dois vasculhassem, faria.

- Que foi? Não vai olhar o celular dela?

- Claro que não - mantive ele em minhas mãos.

- Qual é? Tem medo dela? - Lucca como sempre falou com seu tom caçoísta e riu fazendo com que seus olhos puxados ficassem menores ainda.

Antes mesmo que pudesse retrucá-lo, ele me interrompeu, dizendo zombeteiro:

- Isso aqui tem os segredos pessoais dela, de uma garota... A fonte secreta do poder delas, blá blá blá, algo que poderia destruir a nossa raça, dos homens.

Lucca pegou e começou a vasculhar, mas logo tirei da sua mão e com a outra o empurrei para não aproximar. Não estava gostando daquilo.

Fingi estar mexendo, mas a verdade era que estava olhando sua foto de capa. Era de um daqueles ensaios que eles usavam um pó. Ela estava sentada sobre suas pernas e tornozelos, seus cabelos levantava uma camada de pó branco do chão.

- Que foi? Tem foto dela sem roupa? - esticou o pescoço querendo ver.

- Sai daqui seu nojento - empurrei-o mais ainda.

- Me deixa colocar a foto do...

- Todos em seus lugares, por favor! - o professor chegou e assim consegui me livrar deles. Coloquei seu celular de volta no lugar e fui para minha mesa.

Depois do almoço, estava subindo para treinar, quando a vi sozinha no bebedouro. Era a minha chance.

- Bom dia, intocável! - seu rosto se iluminou, mas no final ficou um pouco triste. Será que fiz algo de errado?

Peguei meu celular e mostrei algumas fotos que tirei no domingo com a Lizzie quando fui ao parque. Seu rosto novamente se iluminou. Fiquei admirando-a enquanto ela via as fotos.

- Angeline... Gostaria que fosse a um encontro comigo amanhã.

Seus olhos brilharam, arregalaram e por fim entristeceram e disse:

- Não posso.

Uau! Por aquela não esperava. Será que fiz da forma errada? Não era acostumado a convidar garotas, geralmente elas que me convidavam.

Fiquei sem palavras.

- Ah... Por que não? - cocei a nuca, desconcertado.

- É... É que - parecia confusa, como se nem ela mesmo soubesse o motivo. - Não posso.

Ok! Estava curioso pelo real motivo.

Não era possível que ela não sentisse nada por mim. Nem uma atração sequer.

Abri um sorriso e persisti mais uma vez.

- Já sei... Se eu descobrir o motivo você terá que aceitar meu convite.

Antes mesmo de ela protestar, coloquei meu indicador na sua boca avermelhada e a impedi. Assustei com minha ação. E foi um erro gravíssimo. Ao sentir seus lábios contra meu dedo, tudo o que queria era colar minha boca na sua.

- Shhiu! Não vale negar - a atmosfera parecia ter ficado mais densa.

Novamente ruborizada. Aquela imagem ficaria gravada por um bom tempo na minha cabeça.

- Vamos lá - coloquei a mão no queixo e ergui o olhar. - Porque a Angeline não aceitou o convite do humilde garoto Arthur? Primeira alternativa: Ela o acha feio - seu sorriso expandiu, o que me fez rir também. - Segunda alternativa: Ela não tem tempo porque estuda bastante e treina mais ainda. Terceira alternativa: Sua mãe não permitiria.

Suas sobrancelhas uniram formando um v na testa e seus lábios contraíram.

- Portanto, todas alternativas são verdadeiras, exceto a primeira.

Ela abriu um meio sorriso.

Pensei que fosse dizer algo, mas apenas permaneceu calada e triste.

- Você é mais legal do que imaginei, mas realmente não...

Não queria escutar novamente da sua boca uma negação.

- E você é linda e inteligente, mas quero te conhecer melhor e poder dizer outras mil qualidades suas. Quero que me conheça também, quem sabe assim você não descobre outras qualidades além de legal e... bonito?! - arqueei uma sobrancelha e ela sorriu envergonhada. - Não vai se arrepender, posso te mostrar muito mais do que aparento ser.

            
            

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