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A pequena Ariele se acomodou ao lado da mãe, Maelis, cujo olhar se perdia nas paisagens exuberantes do jardim primaveril do castelo. O aroma doce e fresco das flores parecia dançar no ar, enquanto o chá repousava elegantemente sobre a mesa de mármore, sob os raios dourados do sol primaveril.
A brisa suave sussurrava entre as folhas verdes, trazendo consigo uma serenidade que combinava com a beleza radiante do reino. Ariele admirava sua mãe, uma figura majestosa com uma expressão serena e sábia, envolta por um calor que parecia emanar não apenas do clima, mas da própria natureza benevolente do reino.
- Como ser uma boa rainha, mamãe? - a pequena perguntou de repente.
- Primeiramente, a compaixão é um tesouro inestimável. Uma rainha deve sentir o pulso do reino, compreender as lutas e aspirações de seu povo. Não se trata apenas de governar, mas de servir com o coração - começou Maelis, seus olhos castanhos irradiando calor, refletindo o esplendor da primavera ao redor.
A garotinha absorveu as palavras da mãe, as orientações tornando-se como botões de flores prestes a se abrir diante dela.
- E a coragem, mamãe? Uma rainha também precisa ser corajosa, não é?
- Certamente, minha querida. Mas lembre-se, coragem não é ausência de medo, mas a determinação de avançar apesar dele. - A mãe sorriu, envolvendo a pequena com a sabedoria materna.
Os raios do sol, filtrando-se através das folhas, desenhavam padrões de luz e sombra, como se a própria natureza estivesse revelando os segredos do reino à jovem herdeira.
- E como posso garantir que vou tomar as decisões certas?
A rainha tocou suavemente a mão de sua filha, transmitindo uma conexão além das palavras:
- A sabedoria, minha filha, é um tesouro cultivado ao longo do tempo. Ouça os conselhos, aprenda com as lições da história, mas também confie na intuição que reside em seu coração. Uma rainha equilibra sabedoria e instinto com graça.
Os murmúrios da natureza e o calor da primavera testemunhavam o diálogo materno, como se a própria estação aprovasse a sabedoria compartilhada.
- Além disso, meu amor, nunca esqueça a importância da justiça. Uma rainha deve ser a balança equitativa, buscando sempre o que é justo e correto, guiada pela ética e pela compreensão.
Enquanto mãe e filha compartilhavam esses momentos, Ariele observou uma criada servindo a xícara de chá da rainha, um sorriso afetuoso iluminando seu rosto. A pequena questionou-se sobre o que fazia todos gostarem de sua mãe, percebendo que, além de sua sabedoria, era o toque de compaixão e justiça que transformava Maelis em uma líder adorada por todos.