Uma Babá Para o Prez
img img Uma Babá Para o Prez img Capítulo 3 3
3
Capítulo 6 6 img
Capítulo 7 7 img
Capítulo 8 8 img
Capítulo 9 9 img
Capítulo 10 10 img
Capítulo 11 11 img
Capítulo 12 12 img
Capítulo 13 13 img
Capítulo 14 14 img
Capítulo 15 15 img
Capítulo 16 16 img
Capítulo 17 17 img
Capítulo 18 18 img
Capítulo 19 19 img
Capítulo 20 20 img
Capítulo 21 21 img
Capítulo 22 22 img
Capítulo 23 23 img
Capítulo 24 24 img
img
  /  1
img

Capítulo 3 3

JAYLAH

- Você tem que me levar para conseguir roupas, - eu digo, seguindo Mack em direção à cozinha, seu bebê embrulhado firmemente em meus braços. - Eu não posso cuidar do bebê e pegar as minhas coisas ao mesmo tempo. Eu não tenho lugar. Você vai ter que cuidar dele, enquanto eu vou e....

- Não.

- Sério? - eu choro. - Você queria que eu começasse imediatamente e eu vou, mas eu preciso de todas as minhas coisas e...

Ele vira e olha pra mim. - Então vá e pegue essas porras. Leve o bebê; arranje uma cadeirinha pra bebês. Eu não me importo, apenas faça isso.

O bebê? Nada do nome dele. Não o meu filho. Eu estreito meus olhos e vejo quando ele balança a porta da geladeira aberta e pega uma cerveja, então ele se vira de volta com olhos castanhos queimando através de mim.

- Você é sempre tão mal-humorado? Se for assim, eu acho que nós precisamos de algum tipo de código... então eu saberei quando você não está acessível.

Ele olha para mim, lábios se curvaram em desgosto. - Código?

- Você sabe, como uma chamada de ave. Ka-Kaw! Ka-Kaw2! Ele pisca. - Você é louca porra?

- Não. - eu estreito meus olhos, desconfiada. - Você é?

Ele me dá um olhar insondável, um que diz que não tem ideia de como lidar comigo. - Você é a única a fazer barulhos de pássaros de

2 Aparentemente, nos EUA eles usam muito isso como para dizer algum ―código‖. Não encontrei nenhuma palavra que se igualava ao sentido aqui no Brasil.

merda - não, risque isso. Nenhum fodido pássaro faz barulhos como esse.

- Eles fazem, - eu digo sobre o assunto com naturalidade. - Eu já ouvi.

Ele olha para o teto como se buscando calma.

- Bem... - eu incentivo, batendo o pé contra os azulejos.

Ele murmura algumas maldições e olha de volta para mim. - Eu não faço ruídos de pássaros e nem códigos. Fique longe de mim; eu vou ficar longe de você. Tome cuidado com o bebê. Eu estou no clube metade do tempo, então você não vai precisar se preocupar com nada além disso.

- Será que o bebê tem um nome? - murmuro sarcasticamente.

- Diesel.

- E a mãe dele?

- Não é da sua maldita conta.

- Isso é evidente, - murmuro.

Ele atira adagas em minha direção. - Faça o seu trabalho e nós vamos ficar bem.

Eu rolo meus olhos e olho fixamente para o pacote em meus braços. Ele é definitivamente como seu pai. Todos os cabelos escuros, olhos castanhos e pele morena linda. Meu palpite, ele tem apenas cerca de dois meses. Ele é pequeno, mole e adorável. Eu não sou uma grande fã de bebês ou crianças, mas este... ele é fofo.

- Seu pai é um arrogante, - murmuro, achando que é melhor não xingar na frente de uma criança. - Mas você e eu vamos conviver muito bem.

Mack grunhe. - Eu estou questionando sua sanidade.

Me viro e olho para ele. - Me desculpe, motoqueiro, mas você é a pessoa que me contratou, sem fazer perguntas.

Ele cruza os braços. Eu empurro meu queixo para cima.

- Basta fazer a porra do seu trabalho.

- Jesus, você é um homem mandão. Estou surpresa que alguém decidiu cruzar com você antes. Yeesh.

Um grunhido gutural baixo deixa a garganta dele, mas eu ignoro. Eu ando em direção ao quarto que Santana disse me pertencia ao bebê antes de todos eles nos deixarem sozinhos. - Vamos lá, bonitão. Seu pai precisa de terapia. A culpa não é dele, ele provavelmente nasceu assim...

- Puta merda, - Mack murmura da cozinha. - Eu acabei de contratar uma doida.

Eu sorrio, entrando na sala. Coloco Diesel na mesinha que contém todas as suas fraldas e o desembrulho. Deus, tão pequeno. Suas perninhas chutam o ar. Eu não faço ideia. Nenhuma. Zero. Eu nem sei como usar uma fralda. Pego meu celular e rolo para baixo até encontrar o nome da minha mãe.

- Olá? - ela responde.

- Ei, mamãe, é Jay.

- Jay, - ela canta. - Eu não ouvi de você em semanas. Como você está, querida?

- Eu estou bem, - eu digo, colocando a mão na barriga de Diesel. Eu não sei se ele vai rolar diretamente para fora da mesa. Eu nem sei se ele pode rolar...

- Você parece cansada. O que está acontecendo?

- Bem, - eu hesito, - Eu consegui um emprego.

- Oh, que maravilhoso. O que é? Aqui vai. - Eu sou uma babá. Silêncio.

Silêncio mortal.

- Você está brincando, certo?

- Não, - eu zombo. - É um ótimo trabalho. Dormir na própria casa. Esse pequeno bebê, ele tem cerca de dois meses e o nome dele é Diesel.

Mais silêncio.

- Oh Deus, como você conseguiu um trabalho como esse? Alguém tem de ajudar o bebê, agora mesmo! Você precisa me chamar alguém... a polícia talvez?

- Jesus, mãe, - eu gemo. - Eu não vou matar a criança.

- Você se lembra o que você fez para a sua prima Lucy?

Eu jogo a cabeça para trás e gemo. - Foi um erro, não fui culpada. Na época, parecia que iria funcionar... Ela estava chorando muito.

- Você amarrou uma cesta nas pilhas de roupas e a colocou lá, então você virou e ela caiu para fora.

- Eu tinha doze anos. Meus instintos maternais não tinham aflorado, - eu protesto.

- Coitada da criança, coitada. Ela nunca mais foi a mesma.

- Ela estava bem! - eu choro. - Houve apenas um machucado na cabeça dela.

- Oh, Deus. Você deve parar. Agora mesmo.

- Bem, eu não vou desistir. Então, eu preciso de sua ajuda.

- Você vai para a prisão.

- O quê? Mamãe!

- Você vai fazer coisa pior. Esse pobre bebê. Ele é jovem demais para morrer.

Eu rolo meus olhos e suspiro. Diesel começa a coaxar sobre a mesa, se contorcendo desconfortavelmente. - Mãe, preste atenção. Eu preciso saber como cuidar de um bebê.

- Você não pode simplesmente tomar conta de um bebê! Não há instruções. É, oh Deus é tão difícil... Havia uma época em que você comeu ameixas...

- Mãe, - eu choro. - Foco.

- Certo, - ela diz com firmeza. - Eu não posso acreditar que eu estou ajudando com isso. A morte dele estará em mim.

- Jesus, mãe, eu não vou matar a criança.

Ela fica em silêncio e eu sei que ela está sacudindo a cabeça, não acreditando em uma palavra que eu digo.

- Você disse que ele tem dois meses?

- Em torno disso.

- Então ele vai precisar de uma mamadeira a cada três horas.

- A cada três horas!

Ela suspira. - Faça um favor ao mundo e deixe que outra pessoa faça o trabalho.

Eu adoraria, mas o dinheiro é bom demais para deixar passar e eu preciso dele. Me chame de egoísta, mas eu não posso mudar o que precisa ser feito.

- Não, está tudo bem. Três horas está bem.

Adeus dormir, eu vou sentir sua falta. Foi muito bom conhecer você.

- Ele também vai precisar que sua fralda seja trocada e muito. Você precisa verificar a cada poucas horas. Certifique-se de limpar suas, ah, partes corretamente. Você não quer uma infecção. Ah, e não se esqueça do creme para assadura.

- Creme para assaduras?

- É pra ajudar a prevenir as assaduras nas bundinhas deles, pobres pintinhos.

Deus, minha mãe apenas chamam as crianças de... pintinhos.

- Certo. Mamadeira, fraldas, creme para assadura. O que mais?

- Gases! - ela grita. - Gases vão deixar ele irritado. Você precisa dar um tapinha das costas até que ele arrote depois de comer.

Deus.

- Você precisa mantê-lo quente e agradável; está frio lá fora. Envolva ele à noite, isso vai ajudá-lo a dormir. Não coloque ele em seu estômago. Ele poderia parar de respirar.

Oh, cara. Eu não quero que isso aconteça. Talvez eu não sirva para isso. Diesel começa a chorar ao meu lado e eu olho para ele.

- Oh, - mamãe canta. - É ele?

- Sim, ele está chorando. O que eu faço?

- Talvez ele esteja com fome. Você precisa tentar dar comida. Se ele não está com fome, você precisa trocar a fralda. Se isso não funcionar, dê uns tapinhas leves nas costas dele. Ele pode ter gases. Se ainda não funcionar, talvez ele esteja cansado. Dê a ele uma chupeta e mamadeira para dormir.

Meu Deus. Essa coisa de bebê é tenso.

- Tudo bem, - eu digo, quando os gritos de Diesel ficam mais

altos.

- Se você está cuidando de um bebê, não fale ao telefone! - uma

voz late.

Me viro para ver Mack em pé na porta. Ele tem seus braços cruzados e ele está olhando para mim.

- Eu estou recebendo conselhos, - eu indico.

- Eu pensei que você fosse uma babá porra?

- Quem é esse? - minha mãe grita. - E diga a ele para parar de usar esse tipo de linguagem vulgar. Esse não é o pai do bebê, não é? Meu Deus, não...

Eu tiro o telefone do meu ouvido.

- Agora você deixou minha mãe preocupada. Eu sou uma babá, eu só estou recebendo conselhos sobre padrões... ah... de sono.

Ele me dá um olhar cético. - Bem, impeça ele de chorar enquanto você está nisso.

- Você sempre pode vir, eu não sei, pegar ele. Ele é o seu filho. Ele se vira e vai embora.

E sai.

- Jaylah!

Eu suspiro e pressiono o telefone de volta para o meu ouvido. -

Desculpe, mãe, está tudo bem.

- O que está acontecendo? Quem é este homem para quem você está trabalhando?

- Está tudo bem, ele é um pai solteiro.

- Isso não é bom. Nunca é bom.

- Eu vou desligar agora, mãe, - eu digo, porque os gritos da Diesel estão ficando mais altos. - Eu te amo.

Eu desligo antes que ela possa responder. Eu levanto o bebê em meus braços e caminho para a cozinha. Existem algumas mamadeiras na pia, e uma lata de leite em pó ao lado deles. Certo, eu posso fazer isso. Eu giro a lata, lendo a parte de trás. Não parece tão difícil. Eu prendo Diesel em uma mão e abro a lata, lançando uma garrafa e escavo um pouco do pó dentro dele. Eu perco metade do conteúdo sobre o balcão, mas não é ruim para a minha primeira tentativa.

Então eu despejo um pouco de água da chaleira, achando que fervida deve ser melhor. Está muito frio. Merda. Me lembro de minha mãe testar a temperatura em seu pulso, mas como diabos ela sabia o ponto? Acho um copo e o encho com água quente, colocando a mamadeira lá dentro. Eu tenho certeza que eu não deveria usar o microondas. Certo?

Após dez minutos de gritos de Diesel, a garrafa está quente. Eu mexo mais uma vez e corro para o sofá, ajustando ele sem jeito quando eu pressiono a garrafa nos lábios dele. Ele se agarra como um soldado e começa a chupar com uma força que eu nunca vi vindo de algo tão pequeno. Suas pequenas mãos estão fechadas em punhos e seus olhos castanhos estão nos meus.

Meu peito se sente alegre... Este pequeno calor se arrasta através de mim.

Ele é bonitinho.

Enquanto ele está se alimentando, eu puxo o meu telefone e o equilibro em uma das mãos, mandando uma mensagem com um dedo.

Jaylah - Hey Jos! Eu preciso de um favor...

Josie - O que você fez? Você matou o bebê? Você foi sequestrada?

Eu rio e respondo.

Jaylah - Não, ainda não, de qualquer maneira. Eu preciso das minhas coisas. Consegui o emprego, Ebaaa. Poderia ser boazinha e arrumar o básico para mim?

Josie - Porque você não pode vir buscar?

Jaylah - Bem, o pai é uma espécie de mal-humorado. É uma longa história; você vai ver quando você vir.

Josie - Eu acho que não tenho uma escolha. Te vejo logo!

Eu mando mensagem para ela com o endereço e uma lista do que eu quero, então eu solto o telefone no sofá ao meu lado. Diesel está quase terminando sua mamadeira e seus olhos estão se inclinando.

- Uh-uh, amiguinho, - eu digo, cutucando seu rosto suavemente. - Não é hora de dormir ainda.

Ele não responde. Os olhos dele se fecham e ele para de chupar. Ótimo. Eu nem sequer dei banho nele. Me levanto, tirando a mamadeira dos lábios dele. Ele faz alguns movimentos de sucção, em seguida, sua boca instala e faz um som chiado. Então, ele está dormindo. Droga. Eu gostaria de poder dormir tão facilmente.

Eu o levo para o banheiro. Hmmm. Isso é uma grande, grande banheira. Vai ser impossível dar banho nele nisso. Me viro e caminho para fora, chegando ao corredor. Eu não tenho certeza que o quarto pertence ao Capitão Mal-humorado, mas só há alguns então não vai ser difícil de encontrar. Estou certa; é no segundo quarto à direita. Ele está sentado em sua cama, tocando seu violão suavemente.

Oh Deus, ele troca a porra de um violão.

Eu acho que acabei de fazer um pouco de xixi nas calças. Isso é quente.

- Ah, - eu começo e ele encaixa a cabeça para cima, olhando para mim. - Onde eu dou banho nele?

Ele parece confuso. - Onde você costuma tomar banho?

- A banheira é muito funda.

Ele aperta os olhos. - Então, segure ele.

- Eu vou quebrar minhas costas se eu me inclinar sobre isso.

Ele ergue uma sobrancelha.

- Sério? - eu estalo. - Alguma ajuda seria bom.

- Quem está sendo pago aqui?

- Jesus, não importa.

Me viro e começo a andar. Quando passo pela lavanderia, eu vejo um tanque não muito grande lá. Isso vai ser perfeito. Sorrindo alegremente, eu pego uma toalha, encontro um pouco de sabonete para bebê e abro. Eu coloco uma toalha sobre a máquina de lavar roupa e abaixo Diesel. Eu começo a despi-lo, mas paro quando eu começo a tentar tirar a pequena camisa sobre a cabeça.

Merda.

Eu começo a puxar, mas não passa da cabeça.

Merda. A cabeça dele é grande demais para este pequeno buraco.

Quem inventou essa roupa?

Eu franzo os lábios e uso os dedos para esticá-la tanto quanto eu posso, deslizando-a sobre a cabeça dele. Ele acorda e começa a chorar, suas pequenas pernas se debatendo. - Sinto muito! - eu grito, erguendo o corpo do bebê nu em meus braços. Ahim, ele é tão pequeno, tão pequenininho. - Eu não tive a intenção de te machucar. É a camisa...

Eu estou falando com um bebê. Perdi a cabeça.

Eu ponho um dedo na água. Está quente, então eu gentilmente abaixo Diesel. Seu corpo rapidamente se torna escorregadio e eu tenho que usar minhas duas mãos para me certificar de que ele não afunde. Eu viro o corpinho dele gentilmente, deixando a água correr. Ele para de chorar e começa a fazer sons para mim. Oh Deus.

- Está tudo bem, homenzinho, - eu digo, sorrindo. - Você vai crescer e ser um super cara.

Ele murmura e meu coração se derrete um pouco mais. Quem iria imaginar que os bebês eram tão fofos? Eu o lavo o melhor que posso e, em seguida, o levanto para fora da água. Os gritos começam de novo; alguém não gosta de ser tirado do banho. Eu rapidamente envolvo ele em uma toalha e o levo em seu quarto, colocando-o sobre essa mesa

novamente. Eu tenho certeza que há um nome para isso; eu só não sei o que é.

Eu coloco a mão em sua barriga e me inclino para baixo, pegando uma fralda e uma roupa quente. Quando me levanto, alguma coisa cai no meu olho... meu Deus... o bebê está fazendo xixi no meu olho! Eu grito bem alto, querendo saltar para trás, mas não querendo que ele caia da mesa. Ele continua a jorrar em mim, e meus gritos se tornam mais altos enquanto a urina quente é espirrada sobre o meu rosto.

- Que porra é essa?

- Ele está fazendo xixi em mim! - eu grito. - Seu filho está fazendo xixi em mim. Segure ele, oh meu Deus, meu olho!

Silêncio.

Em seguida, uma risada alta.

- Você é horrível... horrível... horrível... Ele ri mais alto.

- Você vai segurar ele? Eu estou ficando cega!

- Você tem que aprender. Divirta-se com isso.

Então eu ouço seus passos pesados quando ele sai. Sério? Sério?

- Você vai pagar por isso, - eu grito. - Haverá uma doce, doce vingança."

Mais risos.

- Doce vingança. Oh Deus, me ajude.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022