Capítulo 2 E assim nasce o homem

E assim nasce o homem que aqui se vai contar a história.

Corria o mês de Outubro de 1980 e a cidade do Porto vê nascer um bebê que é o primeiro neto masculino da sua família, que levou inclusive a sua avó a abrir uma garrafa de champanhe que tinha guardada no frigorífico para esta altura tão ansiada.

Filho de pais estremosos e dedicados. Pais que namoravam desde os seus 15 anos e que o viram nascer passados mais 15. Irmão de uma criança três anos mais velha. Primo de uma menina três anos mais velha que sua irmã. Neto de dois avós que tiveram três meninos e uma menina, a mais nova. Que até então só tinham tido no seio da sua família ver chegado mais meninas. Os dois irmãos mais novos do seu pai tiveram a honra concedida pelos seus pais de serem seus padrinhos. O mais velho dos seus tios tinha tido ja uma menina, ele que tanto desejava um menino. Tio esse que quando teve a sua segunda filha, seguindo o padrão da família de ter netos de três em três anos e também ela menina, ter perguntando ao pai do homem de quem se conta esta história de como ele fez para conseguir ter um menino.

Menino esse que nasceu dentro dos padrões normais de altura e peso e, o mais importante, aparentemente saudável. Nos meses seguintes a vida iria pregar uma partida e afinal o menino não era tão saudável assim.

                         

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