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Adormeci ali e nem percebi, acordei mas não fazia idéia de quanto tempo havia se passado, não haviam janelas e ali era escuro e tinha um silêncio absoluto, sabia que estava sozinha e me sentia mais segura assim, então resolvi me levantar de onde estava. Havia um relógio de bolso sobre a mesa que marcava 05:45, caramba, já estava amanhecendo, preciso sair dessa cela e ver o que está acontecendo, peguei o relógio e saí.
Saí tão devagar, abri a porta bem lentamente e fui em direção ao corredor principal, andei até o que parecia ter sido uma recepção, aquele lugar era assustador, mas me dava uma paz aquele silêncio, era reconfortante.
Eu andei pelo lugar para conhecer e ver onde estava, já que não dava pra sair do prédio pois o sol estava pra nascer e eu não ia me arriscar de sair assim, não daria tempo de voltar a minha casa, teria que esperar anoitecer.
Enquanto andava pelos corredores e salas do prédio eu fiquei pensando no que teria acontecido com aquele maldito, ele merece o pior mas eu preciso dele, por hora. Ouvi alguém chamando ele de Gerrard e ele respondeu, deve ser o nome dele, mas porque a ameaça? Ele estava com medo e fugindo, o que ele teria feito além de ter matado as minhas amigas e me transformado? Fiquei tão curiosa, não via a hora de anoitecer pra sair dali e procurar por ele, não sabia nem por onde começar. Bom...
Ele deixou seus pertences naquela sala, vou até lá procurar pra ver se encontro uma pista ou algo que me leve até ele,afinal, eu preciso saber mais, eu não consigo fazer isso sozinha, já estava anoitecendo e eu estava ficando com fome e não sabia o que fazer. Eu precisava encontrá-lo de qualquer maneira.
Voltei para a sala em que ele me levou e comecei a vasculhar para ver o que encontrava.
Aqueles papéis que estavam sobre a mesa eram documentos antigos e um deles era o que parecia uma escritura de um castelo na Romênia no nome de Lord Sebastian Constantino Gerrard, Então esse era o nome dele, Sebastian. Peguei o relógio de bolso dele para ver as horas, já era seis da tarde, já era hora de ir. Juntei todos os documentos e coloquei em uma pasta que estava ali perto e enquanto saía dali pensei em começar a procurar onde o vi pela última vez quando ainda era humana, naquele bar, o mesmo bar onde ele matou as minhas amigas.
Cheguei no bar e quando empurrei a porta todos pararam e ficaram me olhando assustados, andei em direção ao balcão e pedi uma dose de whisky, ele me entregou o copo e eu virei e tomei tudo em uma só golada e pedi outro, ele me serviu e eu pedi pra deixar a garrafa, depois de virar 3 doses eu parei e olhei em volta, todos ainda estavam me olhando assustados, eu chamei o homem que estava no balcão e perguntei pelo Sebastian, o descrevi e ele disse que se lembra dele da noite anterior mas que não o viu mais, então eu o agradeci e deixei o dinheiro no balcão, quando fui em direção a saída, ouvi alguém gritar:
_Assassina!!!
Eu parei e olhei pra ver quem era e todos estavam me encarando em silêncio e com muita raiva nos olhos, quando eu fui levar a mão para abrir a porta eu ouvi novamente:
_Assassina!!! Você vai pagar pelo que fez, matou aquelas pobres mulheres.
Dizia um homem indignado e cheio de raiva no olhar, seu coração estava disparado e eu senti o cheiro do seu ódio, nesse momento eu tranquei a porta e me aproximei dele tão rápido e o mordi, comecei a sugar seu sangue e era uma delícia, não conseguia parar, até que alguém me puxou pelo braço e me lançou no ar e meu corpo bateu na parede do bar atrás do balcão onde estavam as bebidas e caí no chão encima dos cacos das garrafas quebradas, só uma pessoa podia fazer aquilo, quando percebi eu me levantei e o vi, ele estava se alimentando de todos que estavam no bar, fiquei assustada olhando sua rapidez e eficiência fazendo aquilo, ele matou todos aquelas pessoas, eu estava assustada e fiquei sem reação, ele terminou e veio em minha direção andando com cuidado pra não pisar nos corpos espalhados pelo chão e se limpando com seu lenço, ele chegou diante de mim e disse:
_Bom, é isso, não tem testemunhas.
_Testemunhas de que? - disse eu indignada.
Então ele apontou pro corpo do homem que eu havia mordido, e eu entrei em choque.
_Eu o matei. Eu sou uma assassina.
_Sim, todos nós somos, bem vinda ao clube.
_Mas eu não sou assim.
_Agora você é, veja o lado bom, você matou porque estava com fome e não por crueldade.
_E você acha que tem diferença?
_Tenho certeza que tem, às vezes eu mato por prazer ou por estar entediado e isso é diferente de se alimentar e não conseguir parar. Acontece, é comum.
_Não, isso não é comum, vou me alimentar com sangue animal a partir de agora.
_Tá bem, se quer ser uma vampira fraca, faça isso. Agora vamos sair daqui, depois dessa precisamos sair da cidade.
_Sair da cidade? Eu não vou a lugar nenhum, ainda mais com um assassino.
_Ah você vai sim, nem que seja a força, então venha logo, me acompanhe e vamos sair daqui