Capítulo 3 Atração cruel

Ele me puxou pelo braço e me encostou na parede com o seu corpo pressionado ao meu, seu rosto estava colado no meu rosto e nossos narizes se tocavam, ele olhando nos meus olhos com aquele olhar sedutor falou:

_ Você precisa deixar sua teimosia de lado e me obedecer, eu vou te proteger mas pra isso preciso que colabore comigo. Ta bem?

Assenti com a cabeça e o segui.

"Que maldição! Porque eu o obedeci? Eu não sou assim, o que está acontecendo comigo?" Pensava no caminho de volta para o hospital. Chegando lá ele foi depressa pegar suas coisas na mesa e notou de cara que tudo estava revirado, ele parou por um instante e olhou para mim desconfiado e me perguntou sério:

_ Você mexeu nas minhas coisas?

Eu não respondi, fiquei o encarando e ele continuou:

_O que você viu?

_Nada, só alguns documentos.

_ Como nada se leu meus documentos? Isso foi invasão de privacidade e muito atrevimento seu.

Eu não acreditava no que tinha ouvido, ele estava de brincadeira, só pode! Não era possível que ele tinha dito aquilo depois de tudo que ele me fez.

_ Você ta brincando né!? Você matou as minhas amigas, me sequestrou e me transformou em um animal e vem me falar de privacidade? _ estava nervosa encarando ele.

Ele desviou o olhar e só resmungou:

_Hum

_Hum? É tudo que tem a dizer?

_Eu não vou me desculpar por ter te transformado.

_ Eu odeio você!

_ Entra na fila_ disse ele saindo dali com a pasta de documentos e uma mala com seus pertencer, seguimos em direção ao estacionamento e entramos em um carro preto, seu interior era impecável, tinha o cheiro dele e eu suspirei sem perceber, nesse momento ele dirigindo em direção a saida disse com um sorriso sarcástico no rosto:

_ Gosta do meu cheiro?

Eu fiquei corado e sem saber o que dizer, mas não queria dar a ele o prazer de saber que sim, então menti com um sorriso sem jeito no rosto e ele sorriu de volta.

_Pra onde está me Levando?

_ Pra um lugar seguro onde eu possa te treinar.

_ E onde seria?

_Pare de fazer tantas perguntas, você é tão curiosa.

_ Eu só quero saber onde será meu próximo cativeiro.

Ele sorriu e eu desviei o olhar pra que ele não percebesse que eu estava atraída por ele. Eu achei que não fosse isso mas ao que parecia era sim, eu estava completamente atraída por ele e o desejava. Que raiva!

Fomos em silencio por boa parte do caminho, até que eu decidi perguntar:

_Por que não perguntou o meu nome?

_ Porque eu já sei, disso ele sem olhar pra mim.

_ Como se eu não te disse?

_Eu sei mais do que você imagina, Talia!

Eu o encarava assustava e sem dizer nada, afinal eu não entendi nada do que tinha acontecido e ainda estava tentando assimilar tudo.

_Eu sinto muito por tudo, mas foi preciso!

Aquilo era um pedido de desculpas, se foi, foi péssimo, só me fez sentir mais raiva dele.

_O que está acontecendo?

Tudo ao seu tempo, precisamos parar, o dia vai amanhecer em breve, disse ele entrando em uma estrada de terra saindo da rodovia. Ele dirigiu por mais uns 7 quilômetros pela estrada até chegar em uma cabana cercada por grandes árvores, ela era estrategicamente escondida.

_ Que lugar é esse? _Perguntei olhando em volta

_ É um lugar seguro, tenho alguns lugares como esse pelo mundo, venha, você vai gostar

Disse ele me puxando pela mão.

Subimos uma pequena escada e entramos pela porta principal, era tudo de madeira, rústico mas muito elegante, com cortinas grossas em um tom de marrom escuro, tinha uma escada para um andar debaixo.

_ É um porão?

_ É um quarto do pânico e meu escritório.

Disse ele enquanto colocava as malas no sofá de frente a uma lareira de pedra. Eu estava encantada com tudo, era muito elegante e aconchegante, me senti acolhida.

_ Sua mala está aqui, trouxe algumas coisas que achei que precisasse.

_ Como? Quando entrou na minha casa?

_Assim que fugi, imaginei que precisaria já que eu ia voltar pra te buscar.

Eu sorri meio sem jeito e peguei a mala.

_Deixa, eu faço isso pra você, venha, vou te levar até o quarto que vai ficar, disse ele subindo as escadas de madeira para o andar de cima, eu o segui olhando tudo encantada, nunca tinha visto um lugar tão lindo.

No topo das escadas tinha um corredor com duas portas, uma de frente pra outra, ele abriu a porta do lado esquerdo

_ Esse será o seu quarto, aqui tem um banheiro com tudo que você precisa, aqui um closet _ disse ele abrindo uma porta ao lado da porta do banheiro _ E aqui tem a cama, espero que fique confortável, se precisar de alguma coisa estarei no quarto em frente.

_Obrigada! Eu não preciso de muito.

_ Eu sei, mas mesmo assim se precisar pode me chamar a qualquer momento.

Eu assenti com a cabeça enquanto olhava em volta.

_ Vou sair pra você tomar um banho e descansar.

Ele saiu e fechou a porta me dando privacidade.

Me senti tão acolhida e confortável. Fui desfazer a mala e tomar um banho, eu precisava. Enquanto desfazia a mala eu notei em como ele trouxe exatamente o que eu precisava, minha escova de dentes, minha escova de cabelo, maquiagens, perfumes... Tudo que uma mulher precisa estava ali, sorri pensando em como ele foi atencioso. Tirei tudo da mala e arrumei tudo.

Peguei uma camisola de seda bem confortável, uma calcinha de renda e deixei sobre a cama e fui para o banheiro, liguei a torneira para encher a banheira enquanto esperava, escovei meus dentes, prendi meu cabelo e fiz minha rotina de cuidados com a minha pele, entrei na banheira e me deitei ali repousando a cabeça na borda.

Adormeci e nem percebi, acordei e a água já estava esfriando, então terminei meu banho e sai. Me vesti, passei meu perfume, penteei meus cabelos e fui me deitar.

Depois de um tempo revirando de um lado para o outro eu me levantei, não conseguia dormir, abri a porta e me lembrei que ele estava dormindo ali no quarto em frente.

" Será que eu o chamo?" Mas eu não preciso de nada, só estou sem sono, vou deixar ele descansar" pensei comigo mesma, então desci e fui andar pela casa, depois de um tempo andando e vendo tudo eu fiquei curiosa para conhecer o andar debaixo. Desci as escadas e tinha um corredor como no segundo andar, era uma replica exata, só que no quarto tinha uma lareira e não tinha janelas, foi depois de ficar uns minutos ali que pensei em ir ao escritório, me lembrei que ele não havia gostado de eu ter mexido em suas coisas e ficado nervoso, até pensei em não ir mas ai lembrei de tudo que ele tinha me feito e entrei mesmo assim, problema dele se ele ficasse bravo, que lidasse com isso como eu estava lidando com o que ele fez. Abri a porta e lá estava ele, sentado em uma cadeira de couro marrom, estava usando um roupão preto e estava meio aberto e pude ver uma parte do seu peitoral que era bem definido notei que ele era musculoso. Ele se levantou e veio em minha direção calmamente, eu não conseguia parar de olhar seu corpo e ele parecia fazer o mesmo comigo, fui andando pra trás a medida que ele se aproximava, fiquei nervosa e estava com a respiração ofegante, tentava me controlar mas era em vão.

"Que droga! Ele é lindo!"

Pensei comigo mesma. Eu dei de costas com a parede e ele me segurou pela cintura com uma mão e a outra colocou na parede acima da minha cabeça, ele me olhava de cima abaixo e notei seus olhos em meus seios se mexendo acompanhando a minha respiração ofegante.

_Precisa de alguma coisa?

Ele disse quase encostando os lábios nos meus, eu não sei o que aconteceu comigo para que eu dissesse as próximas palavras que sairia da minha boca.

_ Preciso de você!

Ele me puxou pra ele pela cintura e com a outra mão segurou meu cabelo pela nuca puxando levemente, nesse momento eu soltei um gemido totalmente descontrolada. Ele pareceu gostar, me pegou pela cintura e me encaixou em seu quadril enquanto me beijava loucamente, me sentou em sua mesa e foi beijando meu pescoço e descendo até meus seios, com a língua ele brincava com meus mamilos me deixando louca e me fazer gemer, ele arrancou meu camisola e beijou meu corpo até chegar no meio das minhas pernas, ele me chupava com vontade e ele sabia o que fazia, quando estava quase chegando ao climax ele se levantou e tirou a cueca, nesse momento eu falei ofegante e cheia de desejo:

_Seja... Seja gentil, eu nunca fiz.

_Eu serei

Com cuidado e gentileza ele entrou dentro de mim, nossa! Aquilo era bom, muito bom.

_ com força!

Eu pedi descontrolada de prazer.

_tem certeza?

_ Tenho!

Eu sentia meu corpo estremecer em seus braços, ele parou de me beijar e me olhou nos olhos enquanto passando o polegar em meus lábios, ele explodiu dentro de mim enquanto me apertava com força. Depois de terminar ele me deu um beijo ainda ofegante e disse:

_O que tá fazendo aqui? Precisa descansar, volte para a cama.

Senti um ar autoritário em suas palavras, eu o olhei enquanto ele se afastava e se vestia. Incrédula e com raiva peguei meu camisola e saí batendo a porta com força.

                         

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