Capítulo 5 Sentimentos não mútuo

Mas já havia um tempo que ele a observava de longe, quando viu que ela estava perdida no que estava tentando fazer e logo desistiu das compras, ele estava esperando a melhor oportunidade para ajudá-la, talvez seria agora.

"Talvez eu possa ajudá-la, venho sempre aqui, então! O que veio comprar? eu ajudo você, será mais rápido, o que acha?" Ele se aproximou demonstrando confiança e boa intenção na palavras, com um tom calmo e bem confortável aos ouvidos.

Cathleen olhou o homem de cima a baixo " Já tenho funcionários o suficiente, não preciso. .." Com arrogância na voz e um pouco de desconforto ela cuspiu essas palavras.

Mas antes de insulta-lo mais finalmente Gabriel foi corajoso o suficiente para fazê-la engolir suas arrogâncias e desprezos pelas outras pessoas, pois ser antissocial era diferente de ser uma mulher ignorante sobre a vida.

"Ah!Ah!Ah!" Gabriel deu uma gargalhada alta e sincera antes de começar a falar, o que chamou atenção de muitas pessoas ao redor.

"Você não saberia enxergar boas intenções mesmo se estivessem abaixo do seu nariz, só quero ser seu amigo e ajudá-la, mas parece que devo ser louco por pensar em querer alguém como você na minha vida, Cathleen sou dono de uma das maiores empresas do país, então porque essa sua cabeça não assimila a ideia de que não é por dinheiro que me aproximo?" Gabriel após terminar de falar se sentiu magoado por ela ter que ouvir isso para ser mais humilde com as pessoas ao seu redor, mas logo reconheceu que era para seu próprio bem, e foi o que acalmou seu coração.

Boquiaberta com o que acabou de ouvir Cathleen não parava de encarar Gabriel, ela estava sem palavras com o que acabou de ouvir, chocada com tamanha ousadia e admiração com a coragem do rapaz, ela não esperava isso dele, ela observou Gabriel ir pagar suas compras e em seguida sumir da sua frente indo embora.

Envergonhada com o que aconteceu no supermercado e também por ter várias pessoas olhando para ela Cathleen saiu e foi para casa desejando ter matado Gabriel ali mesmo.

Ao chegar em casa recebeu um ligação de Pietro, que parecia ansioso com algo.

"Você não apareceu, o que houve, estou esperando você" ele parecia animado com algo e dava para ouvir outra voz no fundo da ligação muito familiar que parecia Alina, na verdade Pietro queria mesmo que sua irmã não pudesse ir a sua casa hoje.

Quando Cathleen ouviu a voz de Alina seu sangue ferveu, pois tinha medo por seu irmãozinho, ela conhecia bem Alina e não julgava a garota boa o suficiente para seu irmão "Você parece ocupado, tchau" sem o menor escrúpulo encerrou a chamada.

Ela estava muito chateada com o irmão, mas não queria o incomodar com esse assunto pois sabia que Alina não ousaria desafia-la dessa forma, foi o que a deixou mais tranquila no final das contas.

Do outro lado da linha estava Pietro, que ficou perdido quando a ligação encerrou do outro lado. Tirou o celular de perto do ouvido e ficou olhando para a tela que mostrava ligação encerrada.

Alina se aproximou vendo sua expressão de porquê que também a deixou confusa.

"Ela não vem mais?" Alina parecia já ter entendido, o que não era surpresa porque Cathleen sempre dava respostas vagas para não se comprometer, e na hora não aparecer.

Pietro mudou sua cara de decepção para um de tanto faz e dando de ombros se virou e voltou a sala para continuar assistindo TV, ele havia chamado Alina e Cathleen para conversarem e verem um filme, mas como sempre seria só ele e Alina, mas no final só ele porque Alina sempre dava um jeito de ir embora também.

Alina por uns segundos ficou perdida em pensamentos e logo voltou a realidade e seguiu Pietro até a sala.

"Então já era as pipocas, aqui não tem" Alina se jogou no sofá e pegou o celular para olhar as horas, já que Cathleen não viria ela pretendia sair para algum bar e se divertir um pouco, Alina também era de uma família muito rica, sendo filha única e herdeira de tudo levava um vida despreocupada e desleixada, não queria ficar a sós com Pietro porque sabia da sua quedinha por ela e da falta de aceitação de Cathleen para esse romance.

Mas ela não achava boa ideia, porque ele era mais novo que ela e irmão da sua melhor amiga que também a mataria se fizesse seu irmão sofrer, pois todos sabiam que Alina não estava procurando relacionamento no momento só queria curte a vida e sobre isso ela entendia.

"Então, bem. .. curta seu filme eu já vou, vejo você de novo em alguns dias" Alina falou já se levantando do sofá e se preparando para sair quando de repente Pietro agarrou seu pulso e a puxou de volta ao sofá. Alina caiu no sofá praticamente nos braços de Pietro e se assustou, olhou assustada para Pietro que parecia calmo.

"Ela provavelmente pediu para Dixie trazer aqui, fique e termine o filme" ainda olhando para a TV ele simplesmente falou algumas palavras sem olhar para ela em um tom calmo e relaxado.

Alina se perguntou o que passava naquela cabecinha que não mostrava emoções, ela não queria mais ficar, Cathleen a mataria, por mais que fosse tentador aquele homem lindo a sua frente ela tinha amor a vida.

"Mais eu realmente preciso ir . .." Antes de tentar argumentar Pietro a pegou de surpresa de novo e a puxou para seus braços. Ele a abraçou e a segurou firme em seus braços, quanto mais ela tentava se soltar mais forte ele a segurava.

Ele olhou para ela e falou com um tom autoritário "Você não tem nada de importante, então não se mexa, não vou deixar você ir dessa vez" Poucas pessoas conheciam esse lado autoritário dele, pois sempre na frente da irmã agia como um garotinho mimado querendo a atenção da irmã e agradando ela em tudo, até muito submisso na verdade, nunca diriam que ele seria capaz de falar com algum tão sério e autoritário como acabou de falar com Alina.

Ela olhou para ele surpresa e até um pouco assustada e o encarou por um tempo, mas depois que ele voltou sua atenção a TV novamente não deu mais atenção a ela, mas não afrouxava o aperto do abraço por medo dela fugir.

Alina percebeu que não havia como argumentar com ele então só teve a opção de se acomodar em seus braços e também assistir ao filme com Pietro, ele se sentiu satisfeito com a atitude da mulher dando um sorriso leve com o canto da boca.

Entretidos no filme e submissos aquele clima erótico no ar que estava torturando os dois pois não poderiam fazer nada para mudar isso pois ambos tinham seus motivos para não fazer, não perceberam que havia alguém já um tempo batendo na porta depois de cansar apertando a campainha.

"Batida! Batida!" Alina saiu dos braços de Pietro e deu um pulo do sofá para o chão, envergonhada com a cena que poderia ser vista por quem entrasse na sala dela em seus braços, poderiam pensar outra coisa.

Então fugindo da sala logo foi em direção a porta para abri-la antes que Pietro tivesse tempo de reagir a qualquer coisa. Alina chegou a porta e logo a abriu, do lado de fora estava Dixie com um cara mal humorada com a demora, já havia pensado em desistir.

"Senhorita Alina está aqui o que o Senhor Pietro pediu a senhorita Naongui, desculpe a demora" Dixie falou calma e passiva quando na verdade estava muito estressada por ter que trabalhar depois do expediente e ainda ficar plantada em uma porta por horas, mas não poderia expressar nada disso então entregou a sacola com as pipocas que Pietro pediu que fossem compradas.

Agora ela poderia finalmente descansar, mas quando virou para ir embora Alina agarrou seus ombros e puxou a mulher para dentro da casa.

"Ok! Obrigada. Entregue a ele, eu já estava de saída" antes que Dixie pudesse reagir Alina passou por ela e foi embora sem dar tempo dela responder deixando a mulher sem reação parada na entrada da casa observando Alina sumir a sua frente.

Dixie logo se recompôs e foi até Pietro entregar o que ele havia pedido, ao se aproximar da sala notou que ele estava bem entretido no que fazia, então notando sua presença ele tirou a atenção da TV quando ouviu os passos em sua direção, olhou pra Dixie surpreso por vê-la lá e então virou a cabeça para o lado procurando Alina atrás da mulher.

"Onde estar Alina?" Perguntou meio confuso pois viu a garota ir abrir a porta mais não voltou, pelo contrário quem apareceu foi Dixie.

Sem muita expressão no rosto e com uma voz calma Dixie respondeu a pergunta "Ela foi embora, me pediu para entregar pessoalmente, está aqui o que você pediu a Cathleen, se me der licença estou indo agora, tenha um Boa noite" Dixie estendeu a mão para Pietro assim que o rapaz pegou as sacolas Dixie se virou para ir embora, ela estava tão irritada com sua sorte de hoje que nem ao menos notou que falou informalmente com Pietro e de sua chefe.