Príncipe do Vinho
img img Príncipe do Vinho img Capítulo 4 4
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Capítulo 4 4

ALESSA AMATTO

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Meu suposto dono olhou diretamente para o russo que se levantou e saiu a passos firmes. - Meu Deus, o que esse homem fará comigo?

Comecei a tremer pensando no pior.

- Vendida para o senhor todo de preto aqui na primeira fileira! - o estalo alto do martelo me assustou e meu coração começou a bombear mais sangue que o normal - Venha buscar seu passarinho.

Com um charme desumano, pois duvido que haja alguém mais elegante do que ele neste lugar, veio tranquilamente com um sorriso no rosto de quem conseguiu mais um brinquedo novo

- Aqui está a primeira prova de que é virgem, e podemos ir até uma suíte para ser observado a olho nu.

Sua mão quente tocou meu rosto, o que me fez tremer. Seu sorriso sumiu rapidamente dando lugar a lábios juntos em uma linha fina e reta.

- Você é virgem? - me perguntou.

- Sim. - balbuciei.

- Andrea! - chamou por um homem branco com o dobro do seu tamanho tanto em estatura quanto de largura por ter um porte bem definido e julgo que seja feito só de músculo.

- Aqui, chefe. - um telefone lhe foi dado.

- Ângelo, por obséquio, traga o pagamento que o senhor merece. - ficou mudo e voltou a entregar o celular - Farei diferente, o pagamento será feito hoje, e mais uma coisa, como foi tratada por eles? - perguntou olhando para mim - Alguém te bateu?

- Sim! - sem titubear disse a verdade - Diariamente.

- Ouviu né, Andrea? - o homem concordou - Acabamos aqui.

Ofereceu sua mão para me pôr de pé, mas voltei a ficar tonta e fui surpreendida quando meus pés saíram do chão ao me pegou no colo.

- Bom proveito, senhor. - O leiloeiro disse e saímos em silêncio pela saída da frente.

No colo do meu novo dono, pude retirar a máscara e foi impossível não chorar.

Como se não bastasse ter sido vendida uma vez, novamente me encontro na mesma situação, contudo, nessa não nutro nenhum sentimento por meu comprador e com certeza fugirei. Meu casamento tem data marcada para daqui a dois meses e não medirei esforços para fugir do domínio desse homem.

Assim que saí do local fui direto para uma limusine branca e com cuidado fui repousada no assento. Até agora tem sido totalmente o oposto do que a madame e as meninas me afirmaram.

Agora de perto posso notar o homem branco de olhos azuis bem marcantes, por conta dos cílios longos e negros assim como sua barba e cabelo é muito bonito, mas não é meu noivo!

O carro começou a se mover e fiquei aliviada por se manter distante, porém com um sorriso no rosto, não é um riso aberto, é leve e de lábios fechados como se estivesse satisfeito.

- Serei uma boa escrava se prometer não me bater, senhor - comuniquei e fiquei sem reação quando virou seu rosto tão abruptamente - por favor, não falei por mal, é que eu.

As lágrimas começaram a cair e senti uma mão sobre a minha que repousa no assento vazio entre nós e fiquei com medo de recuar. Não quero apanhar de novo.

- Primeiro, não sou seu dono! Pare com isso de senhor, porque serei seu marido! Não me rotule como se fosse seu proprietário, jamais serei essa porra! - exigiu, me levando a ficar ainda mais encolhida no assento - Por gentileza, só pare com isso, ok? - pediu e não ousou dizer mais nada.

A limusine diminui a velocidade e fiquei boquiaberta quando paramos em um dos hotéis mais lindos de Paris, o Theo Península.

Sempre quis pintar à vista de umas das suítes desse lugar que mesmo de fachada antiquada é o hotel mais caro do país.

Presa em meus pensamentos sou interrompida por sua voz.

- Chegamos!

Novamente me pegou em seus braços e seguimos para o interior do lugar que é ainda mais bonito que por fora.

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DOMENICO MACERATTA

HOTEL THE PENÍNSULA | 22:00

- Irei te colocar aqui e já volto. - concordou em um aceno e constatando que sua vestimenta está inapropriada para ficar em público tirei meu blazer - Coloque isso, por favor!

- Muito obrigada! - sua voz sai em um sussurro que mal ouvi.

- Não me demoro, darei entrada em nosso quarto, tem alguma preferência?

- O que achar melhor, senhor.

Rapidamente fui até o balcão e peguei a suíte principal. Quando voltei não a encontrei onde deixei e saí às pressas para rua me achando um idiota de confiar que não fugiria, afinal, ainda não sabe que sou seu noivo.

- Merda! - grunhi olhando para ambos os lados.

A localizo escorada, puxando o ar com urgência poucos metros adiante e me apressei em lhe alcançar.

- Está maluca? - gritei por imaginar que a perderia novamente - Nunca mais faça isso!

- Já tenho alguém. - escutar essas três palavras me fez fraquejar - meu coração nunca será seu!

- Diga-me o nome que mandarei matar o homem que possui seu coração! - alterado exigi pensando em matar o Vittorio também - Anda diga-me quem ele é!

- Não! Só me deixe ir, por favor! - suplicou acreditando que concordaria com essa loucura.

Peguei-a no colo novamente e dessa vez fui ao encontro do elevador e não demorou para estarmos em nosso quarto com à vista da torre Eiffel emoldurada pela janela.

A coloquei deitada e admirei seu lindo rosto. Mais triste do que com raiva me juntei a ela sentando próximo aos seus pés.

- Desculpa é que amo meu noivo loucamente, senhor. - minhas mãos suaram com essa confissão, sendo que o seu noivo, sou eu! - Assim como você, ele também me comprou há anos atrás e sinto em te informar, mas o Domenico tem meu coração e desde já te aviso que toda oportunidade que eu tive de fugir vou abraçá-la com todas as minhas forças.

- Você o ama? E o que esse Domenico fez para ter o seu amor? - questionei, visto que nunca mais nos vimos desde o nosso noivado - Me diga!

- Foi sincero na pequena conversa que tivemos em nosso noivado e graças a ele, hoje sou uma ótima pintora e vi que meu pai nunca me amou, só me usou como moeda de troca para ser rico novamente. - fiquei sem palavras com toda essa declaração.

"Ela me ama sem me conhecer!"

- Posso saber o que está sentindo? - perguntei vendo que sua respiração estava estranha - Deixe-me te ajudar, cuidar de você.

- Esse negócio aqui tem me sufocado, senhor - revirei meus olhos, pois essa merda de senhor está me matando - não possuo roupas, então acho difícil que possa me ajudar.

- Vem! - com cuidado a coloquei de pé e comecei desamarrar o cadarço do espartilho - Use as minhas, suponho que vai te deixar mais adequada para estar na frente de um homem.

Por não saber quem sou, usarei isso a meu favor para obter mais informações de como surgiu esse amor. É óbvio que mudei muito desde a última vez que nos vimos. Hoje meu porte físico é outro, não sou tão atlético como antes, cortei meus cabelos que eram grandes e atualmente tenho barba, sem falar nas minhas tatuagens, mesmo que não seja visível usando um terno.

Com esse pensamento me surgiu uma ideia e vou propor, talvez dê certo.

- Por favor, não faça sexo comigo!

Ouvir isso me arrancou à força dos meus devaneios e confesso que acabei rindo da exigência, visto que esse é o meu maior desejo.

- Sei que estou pedindo muito, já que me comprou por um valor absurdo.

- Daria toda minha fortuna para tê-la comigo bem e segura. - declaro minhas verdades - Você não sabe, mas eu te amo. - me declarei sinceramente.

- Não valho tudo isso, senhor. Deixe-me ir, por favor, meu casamento acontecerá em dois meses. - finalizo desvencilhando seu lindo corpo do maldito espartilho.

Aproximei-me doido para abraçar seu corpo, mas quero que ela deseje isso. Não irei forçá-la a fazer algo que não queira.

- Me conta mais sobre o dono do seu coração, convença-me a te deixar ir - incrédula me encarou -, sou um homem de palavra!

- Posso mudar minhas roupas, senhor? - digo que sim e saí para pegar uma camisa de algodão em minha mala - Já volto.

- Irei com você! - informei - Não vou te admirar, só quero estar no mesmo lugar devido ter me mostrado que não posso confiar em ti.

- Então trocarei aqui mesmo. - encarei o teto enquanto se despia e voltei a olhar quando me deu permissão - Posso pedir comida?

- Claro, alguma preferência? - ditou suas exigências. Assim que pediu tudo que desejava, fiz o mesmo.

- Onde dormirei? - questionou olhando para a única cama no local - E-eu. nunca dormi com um homem, senhor.

- Pode me chamar somente de Dom, pare com isso, senhor! - concordou ficando de pé admirando as mãos - Você dormirá aqui comigo?

- Posso dormir no sofá ou no chão, mas na cama isso não será possível!

- Será, sim, não farei nada que você não queira, tem a minha palavra. - confessei e me deitei na cama admirando-a ainda de pé - Faremos assim, tenho 40 dias para te conquistar e se não conseguir ganhar seu coração, deixo você ir embora para se casar com seu amado.

- Tem certeza? - concordei com a cabeça - Nesse tempo você não tentará nada a força?

- Não, e te garanto que antes disso você vai me implorar para que eu te faça minha, em minha cama - me levantei e parei juntinho dela -, não devo mentir, quero você de todas as maneiras. Dei-me esses 40 dias, por favor!

- Combinado! - alisei seu rosto ponderando minha vontade de beijá-la - Lamento te decepcionar, mas serei eu a ganhar esse jogo.

- Tudo que quero consigo e a prova viva disso é que estás aqui. E será você quem irá pedir para tirar as suas roupas.

- Duvido muito disso!

Nesse clima de competição esperamos a comida chegar e fiquei imaginando como esse jogo de sedução será gostoso.

Nossa refeição chegou, após, tomei um banho e quando voltei ela já estava dormindo.

- Somente 40 dias, mia Bella! Farei se apaixonar por mim, pode ter certeza, no caso, quem realmente sou.

            
            

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