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Eu acordei alguns dias depois e me vi em uma cama de hospital. Não estava entendendo nada, mas, estava disposto a tentar. Pela janela, dava pra ver que o dia está a um pouco escuro, nublado. Parece que o Sol estava decidido a não brilhar naquele dia. Meus pais estavam na lateral de minha cama e logo que me viram abrir os olhos, vieram pra cima de mim, querendo saber como eu estava. Antes que eu respondesse algo, perguntei logo por meu irmão. Ele estava comigo no carro. Onde ele estava agora? Porque não estava comigo no quarto? Tenho certeza que ele estaria sorrindo mesmo com dores.
Eram tantas perguntas que eu não conseguia pensar direito e comecei a chorar compulsivamente. Fui tomado por uma sensação de pânico; um misto de incerteza e de certeza ao mesmo tempo. Meus pais, sem responder a nenhuma de minhas perguntas,começaram a chorar comigo, me fazendo entender que o pior tinha acontecido. Meu irmão tinha morrido. E eu não pude nem me despedir Dele. Seu sepultamento já havia acontecido enquanto eu estava em coma induzido no hospital devido a gravidade dos ferimentos. Aquilo acabou comigo. Eu não conseguia me imaginar sem o meu irmão ao meu lado. Sem sua alegria e leveza pra me tirar de minha seriedade. Eu me fechei pra o mundo.