Capítulo 2 Funeral, e descobrindo a madrasta

Aquela notícia havia mexido comigo de uma forma que eu não sabia explicar.

Desliguei o telefone, e joguei na cama, me olhei no espelho e minha ficha tinha acabado de cair.

Meu pai havia morrido, eu não sabia como digerir aquilo, simplesmente gritei a plenos pulmões a dor que eu sentia.

Minha mãe rapidamente abriu a porta ao escutar meus gritos e me abraçou tentando entender o que estava acontecendo.

- O que houve filha? - Ela me perguntava e eu nada respondia, apenas chorava sem parar.

Ela se levanta do meu lado, e pega o telefone do lado da minha cama ligando para alguém que eu não sei quem é.

Então depois de alguns minutos, Felipe entra em meu quarto, se abaixando com uma feição preocupada.

- O que houve meu amor?- Felipe perguntava, e eu rapidamente respondi o abraçando.

- Meu pai morreu.- Disse e ele me apertou em seus braços me passando conforto.

Após um tempo, me levantei e ele foi pra fora para poder conversar com a minha mãe sobre o que houve.

Logo depois, me levanto e arrumo minha mala, preciso me despedir do meu pai corretamente, e iria viajar pra lá para me despedir.

Assim que terminei de arrumar a mala, Felipe entra em meu quarto e diz que vai me acompanha, apenas aceno com a cabeça e o acompanho para fora.

Entramos no carro, e logo fomos para a casa dele, ele para o carro, desce, e depois de mais ou menos quinze minutos ele aparece novamente com uma mala, e nós seguimos para o aeroporto.

***

Depois de fazer check-in, e aguardar o voo, finalmente entramos no avião e eu me sinto ansiosa. Iria me despedir do meu pai e não estava me sentindo pronta como eu achava.

Me deitei na poltrona, e acabou que dormi a voo inteiro. Quando acordei já havíamos chegado em terra firme.

Logo pegamos nossas malas e fomos para um hotel. Assim que chegue, tomei banho, vesti um vestido preto que batia antes do joelho, e saí com Felipe diretamente para o funeral depois de ter me comunicado com o advogado do meu pai.

***

Assim que chego ao funeral, cumprimento a todos os presentes, mas uma mulher em especial, chama a minha atenção.

Ela é morena, alta, e tem um corpo perfeito, tem traços lindo, e suas curvas se destacam através do lindo vestido preto.

Ela parece bem abalada e fica sentada ao lado de uma mulher mais velha muito parecida com ela.

Assim que me aproximo do caixão, eu choro muito e a linda mulher se levanta assim que me nota.

- Boa Tarde, você deve ser a Mia. - Não entendi o porque, mas a voz dela me fez arrepiar de uma maneira que eu não sei explicar, ela me olhou sorrindo apesar de estar com os olhos cheios de água.

- Sim, sou eu. - Ela estendeu a mão e eu a segurei, assim que o fiz, uma corrente elétrica atravessou meu corpo. Eu não estava entendendo nada.

- Muito prazer, me chamo Angélica. - Apenas assenti e logo o me afastei indo me sentar ao lado de Felipe.

***

Depois de um longo funeral, o enterro aconteceu e eu só conseguia pensar em como eu queria ter tido mais tempo com o meu pai, ele iria fazer muita falta.

Logo o advogado dele se aproxima de mim com Angélica ao seu lado e eu sorrio pra eles segurando a mão de Felipe.

- Com licença, acredito que vocês não foram devidamente apresentadas. - Ele diz e eu estranho um pouco suas palavras, mas permito que ele continue.

- Mia, essa é Angélica Martins Monteiro, ela é viúva de seu pai. - Assim que ele diz essas palavras fico impressionada, Angélica era nova e muito bonita, o que ela estava fazendo casada com o meu pai? Será que estava com ele por interesse?

Como se lesse meus pensamentos ela fala. - Eu não estava casada com o seu pai por interesse. - Ela diz em tom firme e eu apenas confirmo com a cabeça.

- Daqui a dois dias será a leitura do testamento, seria muito bom se você estivesse presente, pois você está incluída no testamento. - Ele diz sorrindo para mim.

- Eu vou, não se precupe eu estarei lá. - Digo sorrindo e ele é Angélica logo se afastam.

Logo Felipe se vira pra mim com um olhar confuso. - O sobrenome do seu pai não é Lewis? - Ele pergunta e eu logo respondo. - Não, Lewis é o sobrenome da minha mãe. - Digo e ele me olha assentindo.

Minha mãe ficou com tanta raiva do meu pai que não permitiu que eu tivesse o sobrenome dele, o que me deixou chateada.

Porém, naquele momento nada me prendia, meu cérebro só conseguia pensar em Angélica.

                         

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