Insaciável - Quero devorar você
img img Insaciável - Quero devorar você img Capítulo 3 Comendo com os olhos
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Capítulo 7 Tentação img
Capítulo 8 Andrômeda img
Capítulo 9 Jardim img
Capítulo 10 Fique bem longe img
Capítulo 11 Flat img
Capítulo 12 Beijo img
Capítulo 13 Férias img
Capítulo 14 Noivado img
Capítulo 15 Praia img
Capítulo 16 Irresistível img
Capítulo 17 Seu cheiro me enlouquece img
Capítulo 18 Virgem img
Capítulo 19 Eu a quero img
Capítulo 20 Regresso img
Capítulo 21 O contrato img
Capítulo 22 Amante img
Capítulo 23 Visita surpresa img
Capítulo 24 O presente da noiva img
Capítulo 25 Limbo img
Capítulo 26 Presente img
Capítulo 27 Difícil decisão img
Capítulo 28 Reviravolta img
Capítulo 29 Distância img
Capítulo 30 Concurso img
Capítulo 31 Flores img
Capítulo 32 Acertos img
Capítulo 33 Epílogo img
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Capítulo 3 Comendo com os olhos

Robert

Eu sempre gostei muito de mulher, isso não é segredo para ninguém. Nunca passava muito tempo sem alguém para aquecer minha cama e quando vi Theodora a imaginei imediatamente deitada em meus braços.

Jamais uma mulher me atraiu tão rápido. Geralmente eu admirava a beleza em primeiro lugar e após uma conversa agradável conseguia avaliar o potencial de uma suposta parceira.

Com Theodora foi instantâneo.

Quando a vi já a quis na mesma hora e fui consumindo por uma certeza de que tê-la em minha cama seria glorioso.

Como não desejar aquela boneca de pele perfeita envolta num vestido tão tentador? Eu via as costas desnudas e tinha uma vontade enorme de descer minha mão pela carne macia até chegar ao quadril arredondado. E que sorriso!

Quando me cumprimentou eu pude observar de perto os dentes brancos e perfeitos, como pérolas em sua boca. Por um instante eu esqueci completamente de Betina. Se minha perfeita acompanhante percebeu minha agitação, não demonstrou qualquer sinal.

E quando Betina se enveredou numa discussão qualquer com meu irmão caçula, Cristian, aproveitei a oportunidade para buscar a mulher que atiçava minha curiosidade.

- Parece que gostou desse - eu disse, me aproximando sorrateiramente.

Ela se assustou e eu vi seus pequenos seios subirem e descerem rapidamente numa respiração agitada.

- Sim.

Enquanto conversávamos sobre os quadros não conseguia evitar admirar-lhe o corpo esguio. Eu sempre preferi mulheres mais fartas, com curvas insinuantes, seios que quanto maiores fossem, melhor. Theodora era o oposto. Mais alta que a maioria, magra como uma modelo e seios pequenos que deviam caber na palma da mão.

Eu ia convidá-la para beber algo na sacada, olhando as luzes da cidade, mas não deu tempo. Logo um rapaz se aproximou e a beijou de maneira possessiva.

Por que imaginei que ela estava só?

Obviamente que uma mulher espetacular daquelas não estava sozinha. O rapaz era o tal filho do Toninho e me surpreendi, pois meu pai disse que o rapaz era, digamos, diferente dos outros. Ele se enganou, suponho.

Logo me afastei, antes que minha decepção ficasse evidente. Me senti como um lobo afastado do galinheiro, com o estômago roncando de fome. Será que ela tinha um relacionamento sério ou seria só um caso? Se fosse a segunda opção, talvez houvesse um espaço para mim na agenda de Theodora.

- Aqui está ele! - Cristian disse, me entregando Betina. - Fique aí com seu cavalheiro perfeito.

- O que deu nele? - perguntei para Betina, pois meu irmão parecia zangado.

- O de sempre, ele zoa comigo, mas não gosta quando faço o mesmo com ele. Se não aguenta brincar, não desce pro play.

Não fiz questão de entender porque Betina e Cristian estavam se engalfinhando novamente. Logo o leilão começou e os quadros foram todos vendidos. Minha mãe ficou imensamente feliz, principalmente porque uma das telas foi disputada com bastante entusiasmo.

Todos os quadros foram retirados e logo os organizadores da festa liberaram o espaço para uma pista de dança.

Ninguém ousou dançar as três primeiras músicas, porém quando o ritmo mudou para uma batida latina, vi o tal Kaique arrastar Theodora para a pista de dança.

Apesar de certa relutância inicial, a misteriosa mulher se soltou rapidamente.

- Caramba, eles parecem profissionais! - Betina exclamou. Ela mantinha o braço envolto ao meu e estava realmente admirada.

O jeito como eles dançavam era muito sensual. Mesmo com o salto fino que calçava, a mulher de vermelho se movia com muita leveza. Os quadris balançavam de forma graciosa e parecia que a fenda do vestido revelava ainda mais das pernas a cada giro. Com certeza ela levava o namorado à loucura. Se uma mulher fosse capaz de se mover assim quando dança, como deveria ser então entre quatro paredes?

A dança terminou e todos aplaudiram. Theodora e o namorado voltaram para o lado de Toninho que parecia muito alegre por toda a atenção que seus acompanhantes desfrutavam. Eu conduzi Betina até eles.

- Que lindo vocês dançando! - Betina afirmou. - Quem me dera saber fazer só um terço do que vocês mostraram!

- O Kaique é ótimo em conduzir - Theodora disse, abraçando o namorado.

- Nós sempre dançamos juntos - Kaique confessou.

- Eu adoro dançar, mas não tenho muito talento.

- Meu filho é um excelente tutor - Toninho elogiou. - Filho, tira a moça para dançar.

- Aí, será que eu levo jeito? - a loira fala, olhando para mim como se procurasse minha aprovação para dançar com outro homem.

- Acho que é uma grande oportunidade de aprender alguns passos - incentivei.

Logo Betina foi para a pista acompanhada de Kaique que parecia muito animado em ensiná-la.

- E você, vai me ensinar também? - perguntei a Theodora que ficou vermelha.

- Não sei se...

- Não seja boba, Tessy! Dance com o Sr. Robert - disse Toninho, quase a servindo numa bandeja.

Ela concordou e deixou que eu a conduzisse pela mão. Diferente da mão macia de Betina, a pele dela era mais áspera e seu aperto mais firme, como o de alguém que teve uma vida árdua.

Para minha sorte a música do momento era uma batida latina mais suave, eu não estava interessado em piruetas e coisas do tipo.

Uma das minhas mãos pousou sobre a cintura bem desenhada, mas meu desejo era de descer um pouco mais...

- Você sabe dançar, Sr Robert? - A voz dela era suave e baixa, saindo quase que num sussurro.

- O suficiente para não passar vexame.

Fui conduzindo minha parceira para uma área mais ao canto do salão. A apertei um pouco mais contra meu peito e ela não pareceu se importar. Pelo contrário, a mão antes firme estava agora tombada entre a minha.

- Seu perfume é muito bom, Theodora. Só não combina muito com você.

- Oras, por quê? - ela me perguntou surpresa.

- Eu esperava algo mais cítrico, exótico, no entanto, você cheira à flor.

- Não é perfume, é apenas um creme corporal que usei, você não gostou?

Olhei fixamente no rosto dela, observando os olhos intensos, a boca bem desenhada com aquele batom vermelho que me lembrava um tomate suculento. Segurei dentro de mim a vontade gigante de sugar-lhe os lábios e provar todo seu sabor. Me contive.

- Eu adoro.

Theodora continuava me olhando fixamente e eu quis adivinhar o que ela pensava enquanto me encarava. Será que ela sentia as ondas de desejo tanto quanto eu?

De repente ela ficou vermelha e se descolou de mim. Continuei segurando-a para que não saísse.

- Acho que minha pergunta foi bem sem noção. Tipo, eu te perguntei se gostou do meu perfume... Fui inconveniente. - Ela ficou embaraçada.

Se Theodora estava fingindo um falso pudor, eu entraria na brincadeira. Sempre gostei de brincar com as presas antes de devorá-las.

- Não se preocupe, mesmo que não tivesse perguntado eu iria expressar o quanto gostei do seu cheiro.

- Oh!

- Você é uma obra prima como um todo e deve estar acostumada com o interesse dos homens.

- Acho que está exagerando, penso que o mundo está cheio de mulheres bonitas e a aparência não é suficiente para determinar alguém. E quero ser mais do que isso, mais que uma mulher bonita. Quando encontrar alguém especial, espero que ele enxergue além do meu exterior.

- Você disse: "Quando encontrar alguém especial...", esse ser especial não é o Kaique?

- Nossa, eu...

- Esqueceu dele? - ri alto, quando ela se deu conta da gafe. - O que vocês têm é sério ou só um lance? Porque acho que está muito nítido que me interessei por você no instante em que a vi.

- Sério? Eu não...

- Não percebeu? É impossível Theodora, que você não sinta quando um homem está te comendo com os olhos.

A mulher ficou sem reação e então parou de dançar. Só então percebi que outra música tinha começado a tocar e enquanto todos sacudiam o corpo ao ritmo de um axé antigo, nós dois apenas valsamos.

- Eu já tenho namorado... - ela disse, mas não parecia muito segura de suas palavras. Por um instante achei que ela lamentava.

- E é algo sério mesmo? - Estávamos parados ainda na pista de dança e eu segurava o punho dela.

- Sim, muito sério.

- É uma pena.

Ela voltou a me olhar com seus olhos deslumbrantes, despertando algo dentro de mim. Aquele olhar me consumia.

- Estou com calor e acho que vou procurar um copo de água - ela disse de repente e arrancou a mão da minha, como se estivesse voltando a si depois de um transe hipnótico. - Obrigado pela dança, Sr. Robert.

Theodora partiu quase correndo para o lado do Toninho e permaneceu assim até o fim da festa.

Eu ri sozinho. Ah, fazia muito tempo que eu não conseguia o que queria, mas ia respeitar o fato de que ela já pertencia ao tal Kaique. Minha cabeça entendia a situação, mas meu corpo permanecia energizado, ansioso e frustrado

Novas revelações sobre nossa protagonista no próximo capítulo 😉

            
            

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