Capítulo 2 Levada embora

Chloe sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

Quando o olhar do homem recaiu sobre ela, ela sentiu uma sensação de extrema opressão.

Ela ainda estava roendo as unhas com força e havia um medo pulsante no fundo de seus olhos.

"Uma doente mental?"

A voz clara e fria do homem veio de cima da cabeça dela.

O tom dele era frio e sem emoção, mas fez com que a Chloe se sentisse fria, como se tivesse caído em uma caverna de gelo.

Chloe prendeu a respiração devido ao nervosismo.

No segundo seguinte, o homem pegou a mão dela, revelando a trava eletrônica no punho fino da mulher.

Na trava eletrônica, as informações pessoais de Chloe estavam registradas desde que ela entrou na ilha.

"Fêmea, 21 anos de idade.

Paciente esquizofrênica.

Identidade: Moradora de rua.

Nome: Nenhum.

Data de entrada na ilha: Três anos atrás."

A voz preguiçosa e baixa do homem ecoava pela floresta enquanto ele lia as informações dela, as quais carregavam uma frieza sombria, "Uma menina que deveria ter sido mandada pra favela assim que nasceu, no entanto, entrou na ilha até três anos atrás", o homem concluiu.

Os olhos de Chloe arregalaram-se levemente, e ela fechou os dedos na forma de um punho.

O que ele quis dizer com aquilo? Ele quis dizer que aqueles de origem humilde tinham que morar em uma favela?

Todos eram iguais na vida. Que direito ele tinha de menosprezar os outros?!

Chloe continuou roendo as unhas e fingindo ser mentalmente doente.

No segundo seguinte, o homem afrouxou o aperto em seu punho, balançou a própria mão graciosamente e pousou no queixo delicado dela. Ele apertou o queixo dela com força.

Chloe foi forçada a levantar a cabeça, o que fez com uma careta de dor.

Ela olhou para cima e encontrou um par de olhos frios e sombrios.

O homem era bonito, com sua pele clara, traços faciais delicados e nariz proeminente e reto.

Ele abaixou os olhos enquanto olhava para ela. Havia um traço de uma certa frieza em seus olhos encantadores.

Ele tinha cerca de 24 ou 25 anos. Embora ele fosse tão jovem, havia uma sensação de arrogância no seu olhar.

Ele apertou seus lábios finos e analisou o corpo da Chloe sem pestanejar.

Chloe não se mexeu nem um pouco. Ela piscou seus olhos delicados e olhou para os dele em transe.

Tendo morado em uma ilha isolada por três anos, ela já havia aprendido a não demonstrar suas emoções. Ela continha todos os seus sentimentos dentro de si e apenas os soltava em seu coração.

O tempo foi passando, mas Chloe não desviava o olhar.

Timothy Law bufou de repente.

Ela era a primeira pessoa que ousava olhá-lo por mais de dois minutos sem recuar.

Ela era extremamente bonita, e sua expressão monótona não conseguia esconder sua beleza estonteante.

O rosto dela, o qual se encontrava entre puro e encantador, parecia ter sido cortado por um galho e estava manchado de sangue.

No entanto, o arranhão sangrento acrescentava uma beleza sanguinária ao já encantador comportamento dela.

Mesmo quando ele apertou o queixo dela com força, ela não fez nenhum barulho, nem protestou. Ela não exibiu nenhum sinal ou reação que um paciente esquizofrênico exibiria.

Hã, que interessante ela era.

Em seguida, Timothy ergueu as sobrancelhas de interesse, deu um tapinha no rosto dela e ordenou: "Leve-a."

"O quê?!", alguém falou surpreso, "Você tem certeza? Tem muitos doentes mentais como ela na favela."

Timothy pegou a toalha do homem e enxugou os dedos dele lentamente antes de dizer: "Não importa. Pode ser ela."

Depois disso, ele jogou a toalha de volta para o homem e se virou para ir embora.

Dois homens de preto agarraram rudemente os braços de Chloe e andaram em direção ao helicóptero.

"Sr. Shaw, por que o Sr. Law veio até aqui pra pegar e levar um psicopata de volta?", o homem de preto perguntou em voz baixa.

O Sr. Shaw bufou e resmungou: "Não é da sua conta! Quer morrer para saber a razão?!"

O homem abaixou a cabeça imediatamente e não se atreveu a fazer mais perguntas.

Chloe seguiu atrás deles, com seus olhos ligeiramente estreitados e céticos.

Sr. Law.

Quem era ele? Por que essas pessoas tinham tanto medo dele?

Além disso, eles iriam levá-la para longe desse lugar?

Isso significava que ela não só não morreria, como também sair desse lugar maldito viva?

Os olhos de Chloe brilharam quando ela pensou nisso.

Ninguém notou o vislumbre de esperança que surgiu em sua expressão, a qual continuava monótona...