Love And Obsession
img img Love And Obsession img Capítulo 4 Perigo
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Capítulo 6 Pensamentos img
Capítulo 7 Sucesso img
Capítulo 8 Tiros img
Capítulo 9 Dor img
Capítulo 10 Desespero img
Capítulo 11 Oferta img
Capítulo 12 Demanda img
Capítulo 13 Aventura img
Capítulo 14 Intruso img
Capítulo 15 Questões img
Capítulo 16 Sequestro img
Capítulo 17 Galpão img
Capítulo 18 Despedidas img
Capítulo 19 Caçadas img
Capítulo 20 Missões img
Capítulo 21 Fado img
Capítulo 22 Ressaca img
Capítulo 23 Substituído img
Capítulo 24 Piodão img
Capítulo 25 Perfume img
Capítulo 26 Fato img
Capítulo 27 Fuga img
Capítulo 28 Descanso img
Capítulo 29 Urgência img
Capítulo 30 Contradição img
Capítulo 31 Confissão img
Capítulo 32 Olhar img
Capítulo 33 Sonho img
Capítulo 34 Intenso img
Capítulo 35 Pesadelo img
Capítulo 36 Boca img
Capítulo 37 Sensível img
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Capítulo 4 Perigo

- Mano! Relaxa. Deixa eu terminar de comer. - Pietro tentou se acalmar, com as palavras saindo quase sufocadas pela força nas roupas. O olhar pesado dizia que o humor de Adrian não era algo a ser ignorado.

- Como você ousa se envolver com esse tipo de negócio, depois de tudo o que eu te falei? - Adrian gritou, deixando os outros garotos da mesa nervosos. Um deles tocou na arma que levava na cintura e Pietro entrou em pânico.

- Que negócio, mano, não fiz nada.

- Não vem com essa, cara, você sabe o que fez. - Adrian perdeu a paciência e sacou a arma da cintura para mirar na cabeça do rapaz. - Você acha que eu não tenho coragem de atirar no meu próprio irmão?

- Calma, calma! - O garoto levantou as mãos mais assustado. - Foram só duas minas, cara. Eu posso trazê-las de volta.

- Sabe de quem uma delas é filha seu bosta? - Adrian apertou o cano contra a cabeça do irmão. - Sabe, seu merda?

- Eram garotas, cara. Achei elas por aí.

Adrian empurrou o rapaz com tanta violência que o fez tropeçar e cair no chão. Um grito de dor escapou dos lábios do rapaz enquanto seu irmão caminhava de um lado para o outro em fúria. Depois de um instante de raiva, Adrian mirou a arma em Pietro outra vez.

- Abre essa merda do Google e digita o nome Francesca Bianchi. - Pietro tentou fazer o que ele mandou, mas um calafrio o paralisou e isso enfureceu ainda mais o homem armado. - Mexe essa bunda, caralho!

Pietro digitou o nome mencionado às pressas e se assustou com o resultado. A garota era neta de um dos maiores aliados da família Ricci, um homem tão poderoso quanto Deus.

- Puta merda.

- Traga as duas de volta antes que esse velho apareça aqui e eu te fure de balas!

Pietro levantou-se depressa e saiu correndo quando Adrian disparou um tiro perto do seu pé. O rapaz ficou assustado e os outros homens caíram na gargalhada, mas logo pararam quando viram o olhar furioso de Adrian.

- Chefe, quer alguma coisa? - perguntou um deles e o grandalhão tatuado suspirou.

- Vão atrás desse idiota e impeçam ele de fazer mais merdas. Eu tenho um encontro importante hoje à noite e ninguém vai me incomodar.

No alojamento da universidade, as meninas se dedicaram o dia todo à procura de uma inspiração que desse vida aos modelos que Eva já havia começado. Entre tecidos, croquis e uma atmosfera criativa, a empolgação delas mostrava o empenho em transformar ideias em peças memoráveis para o desfile. O entusiasmo delas resultava em uma sinergia única, enquanto cada costura e detalhe eram planejados com cuidado para concretizar a visão de moda de Eva.

Alguns dos esboços que Eva fez antes já tinham impressionado sua amiga, mas a estudante insistia em dizer que nada ainda estava à altura do evento. A busca pela perfeição na expressão da moda e da arquitetura seguia, refletindo a determinação incansável de Eva em alcançar um padrão elevado para impressionar o público. A tensão criativa e o desejo de superação tornavam toda a situação trabalhosa, mas Lily já estava acostumada com os ataques de perfeccionismo da amiga.

Ao final do dia, ambas estavam exaustas. O esforço dedicado à busca incessante pela inspiração e à materialização dos modelos consumira suas energias. Os esboços que antes eram simples linhas no papel agora começavam a tomar forma nas mãos habilidosas de Eva e de Lily, que tinha um dom perfeito para costura.

O esforço árduo que elas colocaram na busca pela perfeição se tornava real naquele pequeno quarto e com isso vinha o cansaço palpável, mas a satisfação de ver o progresso era uma recompensa.

- Podemos encher a cara agora? - Lily perguntou com empolgação. A proposta de descontração após um dia intenso de trabalho trouxe um brilho nos olhos das duas e a perspectiva de uma merecida pausa para relaxar surgiu.

- Devemos. - Eva concordou, sentindo a necessidade de liberar a tensão do dia.

Ambas optaram por ficar com a mesma roupa. Eva já havia se desvinculado das peças que usou na noite anterior e agora estava mais relaxada em um vestido rosa com flores vermelhas na barra. O conforto e a descontração do vestuário refletiam não apenas a mudança física, mas também a transição de um dia de trabalho intenso para um momento mais leve e informal entre amigas.

As amigas logo chegaram ao bar perto da faculdade. O lugar estava cheio, mas isso não as incomodava. Uma música animada tocava no fundo e elas se divertiam com as bebidas e as gracinhas dos amigos que viam algo no celular.

Eva recebeu três ou quatro elogios, mas a noite passada não a deixava ir embora com outro. Ela até sonhou com seu gato entrando pelas portas de vidro, mas ele não ia aparecer do nada.

- Manda um recado pro bonitão - falou uma das amigas para ela, mas Eva fez uma cara feia que levou as moças ao seu lado a ficarem curiosas.

- Não anotou o número dele? - Questionaram outras duas juntas.

- Pessoal, não deu tempo. Nem lembramos disso. - Ela contou e todas deram risada.

- Tava com a boca cheia, né amiga? - zoou Gabriel aparecendo entre as garotas.

- Vocês estão demais - ela disse em tom de brincadeira e acenou avisando para Lily que ia dar uma volta. Lily gesticulou querendo ir junto com a amiga. Chegou a esvaziar um copo de Martini depressa, mas Eva recusou a companhia. - Só vou respirar um pouco, aqui tá abafado.

Lily fez um sinal de positivo e Eva finalmente deixou o bar pelas portas dos fundos.

- Ah...

- Abafado, né? - A voz macia lhe provocou um calafrio gostoso. Coisa que só aconteceu na noite passada quando Adrian murmurava em seus ouvidos o quanto a pele dela era suave. - Oi, princesinha.

- De onde vem esse apelido? E como me achou?

Adrian sorriu, relaxado. Ele se aproximou da moça que se encostou na parede. Uma mão de Adrian se apoiou perto da cabeça dela enquanto a outra deslizava pela cintura sinuosa da jovem.

- Você tem uma beleza de princesa de contos de fadas com esse rosto lindo e essa pele macia. - Ele disse com seu hálito doce de bala de mel gengibre. Eva suspirou sentindo seu coração bater forte. - E eu estou de olho em você faz um tempo, já.

- Que estranho - ela brincou. Seus dedos tocaram o pescoço do mais velho que se arrepiou todo. - Você é um perseguidor ou algo assim?

- Algo assim, princesinha. - Eva riu e puxou o rosto do grandalhão para um beijo cheio de vontades.

            
            

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