A Redenção do Alfa Renegado
img img A Redenção do Alfa Renegado img Capítulo 5 O vampiro – Parte 1
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Capítulo 6 O vampiro – Parte 2 img
Capítulo 7 O lobo img
Capítulo 8 A profecia dos mil anos img
Capítulo 9 Em busca dela img
Capítulo 10 A destinada – Parte 1 img
Capítulo 11 A destinada – Parte 2 img
Capítulo 12 Sequestro img
Capítulo 13 Contra o tempo – Parte 1 img
Capítulo 14 Contra o tempo – Parte 2 img
Capítulo 15 Adolescente em casa - Parte 1 img
Capítulo 16 Adolescente em casa – Parte 2 img
Capítulo 17 Rival img
Capítulo 18 Armadilha da loba img
Capítulo 19 Está a fim de um cinema img
Capítulo 20 Uma loba insistente img
Capítulo 21 Descobertas img
Capítulo 22 Uma armadilha para a loba img
Capítulo 23 Surge o melhor amigo img
Capítulo 24 Fim do blefe img
Capítulo 25 Sósia de um monstro img
Capítulo 26 Outra vida img
Capítulo 27 Hormônios à flor da pele - Parte 1 img
Capítulo 28 Hormônios à flor da pele – Parte 2 img
Capítulo 29 Mudanças img
Capítulo 30 O professor - Parte 1 img
Capítulo 31 O professor - Parte 2 img
Capítulo 32 Impostores img
Capítulo 33 A verdade sobre a impostora img
Capítulo 34 Divórcio violento img
Capítulo 35 Quase livre img
Capítulo 36 Sonho estranho img
Capítulo 37 Retrospectiva img
Capítulo 38 O aniversário - Parte 1 img
Capítulo 39 O aniversário – Parte 2 img
Capítulo 40 Chamas do passado img
Capítulo 41 Não adianta lutar img
Capítulo 42 Sangue img
Capítulo 43 Outro aniversário img
Capítulo 44 A mensagem img
Capítulo 45 Ela não é a escolhida img
Capítulo 46 Não somos mais amigos img
Capítulo 47 Só você img
Capítulo 48 Um fantasma img
Capítulo 49 O meu lado da história img
Capítulo 50 Algo inusitado img
Capítulo 51 A filha de Hades img
Capítulo 52 Igual e completamente diferente img
Capítulo 53 A filha de Hera img
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Capítulo 5 O vampiro – Parte 1

A vida é tediosa

Mas não mais que a morte.

Ao menos estava completamente vivo

Ou foi agora que comecei a viver?

Eu era um humano idiota que vivia para cuidar das poucas terras da minha família, tratar e alimentar animais de outros fazendeiros e aguardar o nascimento do meu herdeiro. Louise estava perto do momento do parto. Desde o momento em que se descobriu grávida, ela se resignou passando a viver em prol dessa criança. Parecia até feliz. E entendia que quanto mais me agradasse, menos castigos. Daria certo, se... Talvez essa fosse a vida perfeita para alguém, em algum lugar, só que essa pessoa não era eu. Constantemente discutia com Louise sobre qualquer coisa, a sorte dela era o meu medo de prejudicar a gravidez ou já estaria enterrada junto com a mãe.

A vida se tornava cada vez mais inútil. E quando pensei que nada poderia mudar, em uma linda tarde, fui cotado como lanche por um vampiro. Isso mesmo. A existência de seres sobrenaturais há tempos deixou de ser apenas lendas, mas ainda acreditávamos que vampiros não apareciam no sol, por os ataques geralmente acontecerem a noite. Foi uma surpresa ver o homem estranho aparecer diante dos meus olhos como fruto de uma magia. Ele vestia um manto negro, seus cabelos também eram negros e longos e seus olhos brilhavam completamente vermelhos em contraste com a pele terrivelmente branca do rosto.

Eu estava sentado em um monte de madeira observando o nada e fiquei hipnotizado com o visitante. Não foi uso de nenhuma magia, eu apenas não me movi. O demônio em mim não temia nada.

O vampiro não falou nada, apenas me imobilizou segurando meus braços e cravou as presas em meu pescoço. Inútil, como qualquer humano, apenas fiquei impotente enquanto era drenado por um homem pálido e magro, mas que fisicamente era bem mais forte que eu. Podia sentir em seu aperto que ele partiria meus ossos com facilidade se quisesse.

"O seu sangue é delicioso demais para apenas uma refeição." O ser disse com voz rouca como se o meu sangue o fizesse sentir prazer. A voz estava dentro da minha cabeça, pois seus lábios continuavam em meu pescoço. Até que ele se afastou bruscamente deixando o meu corpo cair na terra. Ainda tive forças para sorrir ao recordar que a cena se parecia com o que fiz com Juliette. Talvez o meu fim fosse como o dela, como uma cobrança do universo. Assim eu saberia o que é ser enterrado vivo.

Quase inconsciente, senti meu corpo sendo arrastado pela floresta lentamente. Ele me segurava por um tornozelo de forma que parte do meu corpo ficava suspenso enquanto meu tronco e minha cabeça sofriam os impactos com a vegetação, o chão e algumas pedras. Eu estava fraco demais, mesmo para sentir dor. Até que perdi os sentidos.

O vampiro me manteve como sua reserva de sangue por alguns dias. Ele se acostumava cada vez mais com o meu silêncio. Eu não tinha nada para dizer. Deixar a minha vida medíocre por uma pior ainda, não me incentivava. Cheguei a sentir falta do meu casebre, da minha mulher fria, da minha vida de merda. Soube que o vampiro se chamava Lester e ele tinha uma esposa que vez ou outra me visitava no calabouço, e ela buscava bem mais que apenas sangue.

Eu soube como sairia dessa situação na primeira vez em que a vi me olhando diferente.

Meu novo lar era uma espécie de calabouço com um colchão de palha no chão e uma vasilha para as minhas necessidades fisiológicas, a qual evitei utilizar ao máximo, até que não foi mais possível. Eu vivia nu, minhas roupas foram levadas desde o primeiro dia. O clima frio castigava meu corpo e a situação castigava minha mente. O demônio em mim gritava para que eu acabasse com essa vida e fosse logo para o meu lugar no inferno, mas eu era covarde demais para isso. Então, só tinha a esposa como opção.

A primeira vez que ela me visitou, eu estava fraco e ela trazia alimento e água.

- Qual é o seu nome? - perguntou enquanto me olhava.

- Christopher - respondi com certo receio de provar o que ela trouxe. Minha voz já está além de fraca.

- Pode comer, Christopher. Não há nada perigoso na comida.

- Não é a comida que considero perigosa. - Os olhos vermelhos dela deixava claro que era exatamente igual ao monstro que me trancou aqui.

- Não sou como o meu marido - disse como se ouvisse os meus pensamentos.

- Então, por que está aqui?

- Quero fazer um acordo. - A encarei esperando que dissesse tudo. - Eu gosto de humanos. Vocês são imprevisíveis por causa da vida curta e isso me excita.

O sorriso macabro me fez entender que ela era pior que o marido.

Diante do meu silêncio, ela se aproximou e colocou um pedaço de pão em minha boca, logo depois acariciou o meu rosto. Sua expressão era pura malícia.

- Você deve ser uma delícia! - passou a língua pelos lábios.

- Experimente.

Eu não tinha nada a perder. E minha mente já trabalhava em formas de usar seu desejo ao meu favor.

Ela não esperou um segundo convite. Aproveitando-se da minha nudez, me empurrou contra o colchão de palha e começou a brincar com o meu corpo. Ela era bonita, ainda assim não me atraia em nenhuma forma, mas meu corpo sabia o que precisávamos e reagiu a suas caricias ousadas. Logo o membro necessário estava duro como rocha.

Uma mordida dela, enquanto estávamos conectados, me encheu de ira e usei toda minha força para machucá-la enquanto ela urrava de prazer. Era um monstro no sexo também. Gostava de dor. Cavalgava sobre mim sem considerar meu corpo fraco.

Depois de satisfeita, ela se foi. Me deixando jogado no colchão. Mas não saiu sem antes dizer:

- Amanhã retorno para nos alimentar, meu doce humano.

Nesse momento, entendi que precisava escapar. Só precisava do momento certo.

E foi assim durante os próximos dias, comer, transar e servir de alimento.

                         

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