Contrato com Diabo
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Capítulo 4 4

Assim que o advogado terminou a leitura, a sala se tornou um completo silêncio. Aquilo durou apenas alguns segundos, até que Wendy soltou uma gargalhada alta e estridente, fazendo com que todos os seus irmãos a olhassem.

- Muito bom. - ela diz, ainda rindo. - Eu não sei com qual intuito vocês fizeram essa pegadinha comigo, mas foi boa.

- Pegadinha? - Pietra pergunta, encarando sua gêmea.

- Wendy, nós não temos nada a ver com isso.

Ao perceber que seus irmãos mantinham o semblante sério, tão confusos quanto ela com aquele final de testamento, ela se vira para o advogado.

- Então foi uma pegadinha do meu pai. Não foi, Guilhermo?

Guilhermo não precisava reler aquele documento, para responder à pergunta de Wendy. Ele era advogado da família há tantos anos, que esteve em todas as reuniões que Oliver teve. Principalmente aquela em que fora incluído o adendo do testamento.

- O seu pai sempre foi um homem muito sério e odiava brincadeiras sem graça. O testamento é válido. Cada lacuna dele.

Wendy arrastou a cadeira e andou até Guilhermo, arrancando a folha da mão dele. Ela ignorou todo o começo e focou apenas no último parágrafo.

Com um adendo, Wendy só poderá herdar tudo o que lhe deixei, com uma única condição. Desde a leitura desse testamento, ela terá o prazo de uma semana para se casar com Ethan Blackwell e se manter nesse casamento por pelo menos um ano. Só então, ela terá todo o acesso ao que lhe é por direito.

- Meu pai me odiava tanto a esse ponto? - ela murmura, encarnado a assinatura do falecido no final da filha. - Por que ele faria isso? - Wendy olha para o advogado novamente. - Por que ele fez isso?

- Presumo que eu não possa te dar essa resposta. Mas talvez devesse ligar para o seu futuro marido e descobrir.

- Eu não vou me casar com ninguém! - Wendy exclama e se vira para Theo, que permanecia imóvel. - Theo! Fala alguma coisa.

- O que...

- Eu vou contestar esse testamento! Não posso?

- Olha... você até pode, mas... - Guilhermo faz um suspense, levando todos os herdeiros a ficarem ansiosos. - os bens do seu pai ficarão retidos e ninguém poderá pegar o que lhe é por direito, até acabar o processo.

Provando que gêmeas pensam e dão chiliques ao mesmo tempo, Chloe e Pietra arrastam a cadeira e protestam:

- NEM PENSAR.

- Você tem noção de quanto tempo eu sonho com a mansão a beira mar? - Pietra questiona.

- Papai me deixou uma fortuna para investir na minha galeria de arte! Não, Wendy. Você não vai contestar nada.

- E o que querem que eu faça? - ela olha para suas irmãs intercaladamente. - Não posso me casar com um desconhecido. Não quero!

- Bem, se você vai se casar ou não, não é problema nosso. - Chloe diz, pegando em sua bolsa que estava na cadeira. - O que você não pode e não vai fazer, é tirar tudo o que é nosso por direito, só porque o papai lhe castigou por ter sido uma filha ruim.

Chloe sai do escritório, seguida por sua gêmea e deixa Wendy boquiaberta com a fala de sua irmã. Theo se levanta para consolá-la, ao mesmo tempo em que o advogado retira um cartão de seu bolso.

- Não sei qual será sua decisão, mas aqui está o telefone do senhor Blackwell. - vendo que Wendy não se moveu para pegar o cartão, Guilhermo o coloca em cima da mesa. - Lembre-se, senhorita Wendy. Tem uma semana para se casar ou sua herança será doada para instituições de caridade.

Wendy estava segurando o choro, pois se recusava demonstrar fraqueza na frente de qualquer pessoa.

- Theo... - ela murmura, quando seu irmão lhe oferece um abraço. - O que eu vou fazer?

- Não sei. O que você está sentindo?

- Ódio. Ódio do papai. Ódio desse cara que eu não faço ideia de quem é... aliás, você o conhece?

- O sobrenome não me é estranho, mas acho que nunca o vi.

- É loucura concordar com isso. Não é?

Wendy sabia que a resposta era sim. Até porque, que pessoa em sã consciência aceitaria se casar com um completo estranho?

- Wendy, você precisa ponderar as coisas. Pelo que você me contou quando estávamos vindo para cá, dinheiro é tudo o que você precisa no momento. Eu até cogitaria lhe dar uma parte da minha herança, mas eu tenho certeza de que Oliver Montenegro colocou alguma cláusula que proíba isso.

- Então ou eu me caso com esse sei lá quem, ou vou morar debaixo da ponte.

- Olha, você tem uma semana para o casamento. Que tal eu ligar para esse Ethan e marcar uma reunião amanhã?

- Será? Você vai estar lá? - Theo afirma com a cabeça. - Tudo bem. Liga.

Theodore pega o cartão e disca o número. No terceiro toque um homem atende. Bastou Theo dizer seu sobrenome, para que a reunião fosse aceita no mesmo instante.

- Ele disse que amanhã estará aqui as dez da manhã e espera poder tomar um café da manhã com você.

- De manhã? Não sei se consigo chegar aqui a essa hora...

- Você dorme aqui, maninha. - Theo coloca o braço em volta do pescoço de Wendy e a puxa para fora do escritório. - Seu quarto continua no mesmo corredor. Bem do lado do meu.

[...]

A noite de Wendy foi mais longa que o normal. Mesmo tendo tido uma refeição completa no jantar, com direito a sua sobremesa favorita, ela não conseguia tirar a estupida ideia de casamento da cabeça.

Como ainda mantinha o mesmo corpo de quando deixou a casa da família, Wendy pegou uma roupa aleatória no guarda-roupa e desceu. Ao ver que a sala de jantar estava vazia, Wendy questionou a uma das empregadas sobre o café da manhã.

- Não entendi o motivo de você querer tomar café da manhã no jardim. - ela diz para Theo, assim que se senta na mesa.

- As gêmeas tomam café no quarto, mas fazem yoga na sala da frente as onze. Você não quer que elas fiquem olhando tudo. Ou quer?

- Bem pensado.

Os irmãos tomavam o desjejum em completa harmonia, dividindo algumas boas histórias de quando ficaram afastados. No momento em que ela estava prestes a questionar o atraso do noivo desconhecido, um pigarro forte soa atrás deles.

Wendy se vira no exato instante em que o homem para em sua frente.

- Olá. - ele diz, sem sorrir. - Sou Ethan Blackwell.

A mulher sente que há algo de familiar naquele homem tão intrigante, mas no momento em que ele retira os óculos escuros e a encara fixamente, Wendy sente sua mente explodir com lembranças adormecidas.

Olhos verdes.

            
            

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