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A Noiva Comprada do Ceo

A Noiva Comprada do Ceo

img Romance
img 37 Capítulo
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img Melissa Mel
5.0
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Sinopse

Ela entrou na vida dele como parte de um contrato. Saiu como dona do coração dele. Isadora era um plano. Dario era uma fortaleza. Mas quando o amor bateu sem pedir licença, eles descobriram que o verdadeiro compromisso não se assina - se vive.

Capítulo 1 Lua de Mel ou Inferno

A NOIVA COMPRADA

PRÓLOGO

Dizem que toda mulher sonha com um casamento.

Com o vestido branco, com o "sim" no altar.

Com o amor.

Eu não.

Meu "sim" foi comprado.

O vestido era alugado.

E o altar... bem, era uma sala de reuniões com uma cláusula silenciosa e um homem impossível de ignorar.

Dario Ferraz.

O CEO mais cobiçado do país.

O irmão mais arrogante de uma dinastia feita de cifrões, escândalos e contratos com letras miúdas.

Ele não me amava e eu... eu precisava fugir.

Fugir do passado, das dívidas, de um ex covarde, de mim mesma.

Então aceitei, assinei, me vendi.

Em troca, ganhei uma aliança de platina, um sobrenome pesado e um mundo que parecia feito de mármore e mentiras.

Mas o que ninguém contou é que amar também é uma escolha.

E que às vezes... o amor mais verdadeiro nasce do erro mais planejado.

Dario me comprou e foi a melhor coisa que ele já fez.

Porque dentro de cada foda bruta, tinha uma confissão muda.

Em cada discussão, uma súplica por perdão.

E no meio do caos... nasceu Lorenzo.

Nosso pequeno furacão.

Agora, quando olho para ele, para nós, para a filha que dorme no peito do homem que jurei odiar...

Eu entendo.

Não fui comprada, eu fui resgatada.

E essa história?

Ela não começa com flores.

Começa com fogo.

Mas termina com raízes.

Raízes que finquei com os joelhos ralados, o orgulho ferido e o coração exposto.

Eu sou Isadora Vilela Ferraz.

A noiva que foi comprada...

E acabou comprando o próprio destino.

Capítulo 1 – "Lua de Mel ou Inferno?"

Narrado por Isadora Vilela

RESORT DE LUXO EM CANCÚN

O espelho do banheiro embaçado refletia minha pele levemente bronzeada, o cabelo ainda úmido preso num coque bagunçado e o sorriso idiota de uma mulher que acreditava estar vivendo o seu final feliz. Vesti a lingerie branca de renda que havia comprado especialmente para aquela noite, com as alças finas que deslizavam pelos ombros e a transparência que deixava pouco para a imaginação.

Meu corpo ainda sentia o peso da nossa noite de núpcias. Henrique tinha sido intenso, faminto, apaixonado. Fizemos amor como se o mundo estivesse prestes a acabar - e eu juro que não exagerei nas taças de champanhe.

Coloquei o robe de seda branco por cima, umedeci os lábios com brilho e peguei uma taça de vinho. O plano era simples, surpreendê-lo no bar da piscina, onde ele disse que estaria, e depois arrastá-lo de volta para o nosso quarto para uma segunda rodada. Talvez uma terceira. Eu estava casada, era o meu marido e eu estava completamente, estupidamente apaixonada.

Desci pelo corredor de mármore, o som distante da água das cascatas e da música lounge do bar me embalando. O resort era um verdadeiro paraíso, Cancún ao pôr do sol, mar turquesa, palmeiras, tudo como nos filmes.

Então, eu o vi.

Henrique estava recostado no balcão, rindo. Aquela risada... eu conhecia bem. Era a mesma que ele usava quando queria conquistar alguém. Mas não era pra mim.

A mulher com quem ele conversava era uma loira esguia, pernas longas, vestido colado e decotado. Ela tocava o braço dele. Ele não afastava. Pelo contrário, sorria, encantador como sempre.

Sacudi a cabeça. Você está viajando, Isadora. Ele é simpático, é só uma conversa.

Respirei fundo, mantive a pose, fui até eles com um sorriso forçado.

- Amor, vim te buscar - disse, pousando a mão possessivamente em sua cintura.

Henrique se virou com um susto disfarçado.

- Isa! Estava aqui tomando um drink. Essa é a... Camila. Está hospedada no quarto ao lado.

Camila. Camila tinha o sorriso de quem sabe exatamente o que está fazendo. Me lançou um olhar breve, avaliador, e deu um gole no seu drink cor-de-rosa.

- Prazer, Isadora - forcei, oferecendo a mão.

- O prazer é meu. Seu marido é um charme.

Senti meu estômago virar, mas engoli seco.

Henrique, como sempre, fingia que nada estava fora do normal.

- Quer um drink, amor?

- Não. Quero você. Vamos?

Ele hesitou um segundo, mas assentiu.

No quarto, a tensão era palpável. Ele se jogou na cama como se nada tivesse acontecido. Comecei a falar, mas ele me calou com um beijo e mãos já impacientes puxando meu robe. Como sempre fazia, abafando minhas emoções com sexo.

E eu deixei, porque ainda era cega.

FLASHBACK – A NOITE DE NÚPCIAS

A suíte presidencial em Tulum era pura perfeição. Velas aromáticas, lençóis egípcios, pétalas sobre a cama. Henrique tinha planejado tudo. Ele tirou o meu vestido devagar, os olhos devorando cada centímetro meu como se nunca tivesse me visto nua.

- Você é minha, Isa. Minha mulher. Minha esposa.

Sua voz rouca fez meus mamilos enrijecerem. Ele se ajoelhou, puxando minha calcinha com os dentes. Beijou cada parte da minha pele como se quisesse memorizar tudo. Suas mãos sabiam exatamente onde tocar.

Me deitou sobre a cama e me penetrou devagar, profundo, os olhos presos nos meus. Me fez gozar com os dedos enquanto ainda estava dentro de mim. Gemi o nome dele como uma prece.

- Eu te amo, Henrique...

- Eu também. Pra sempre.

Ah, como eu fui burra.

VOLTA AO PRESENTE

Horas depois, não conseguia dormir. Henrique dissera que ia dar uma volta, fumar um charuto com os homens que conheceu na área vip. Tentei não ser neurótica. Peguei o roupão de novo e fui atrás dele.

E foi quando ouvi os gemidos.

Vinha da sauna, no final do corredor do spa. Gemidos abafados, respiração pesada, murmúrios indecentes. Meu corpo congelou, mas meus pés se moveram.

Empurrei a porta.

Vapor. Calor. E ali, diante dos meus olhos, estava ele. Meu marido, Henrique, com aquela vadia da Camila.

Ela estava sentada nele, cavalgando com força, os seios balançando, os gemidos dela enchendo o ambiente. Ele tinha as mãos cravadas na bunda dela, os olhos fechados.

Foi como se o mundo desabasse.

- SEU FILHO DA PUTA!!!

Eles se assustaram. Camila gritou, tentou cobrir os seios. Henrique empurrou ela, tentando levantar.

- Isa! Não é o que você pensa!

- Ah, não? Então me explica! Você tá treinando exercícios pélvicos com ela, por acaso?!

Minhas mãos tremiam, meu corpo tremia, eu me sentia suja. Me sentia muito ridícula.

- NÓS NOS CASAMOS ONTEM, SEU DESGRAÇADO!

Joguei a taça de vinho que ainda estava comigo na parede. Peguei o robe e saí correndo. Tranquei a porta do quarto, joguei tudo dentro da mala, vestidos, biquínis, lágrimas, frustração. Liguei para a recepção, pedi o primeiro voo de volta.

Henrique bateu na porta. Gritava meu nome, chorava.

- Abre, por favor! Eu te amo! Foi um erro! Porra, Isadora!

Mas eu já tinha morrido por dentro.

Na recepção, assinei o check-out sem olhar para trás. O concierge perguntou se eu precisava de ajuda com as malas. Eu sorri, um sorriso triste, vazio, mas firme.

- Só preciso de uma coisa, distância.

No avião, olhei pela janela enquanto o paraíso se tornava apenas nuvens. O anel de noivado ainda estava no meu dedo. Tirei e deixei cair no fundo da bolsa.

Não chorei, nem um pouco.

Eu não enterrei o amor, mas enterrei sim, a mulher burra que eu fui.

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