Capítulo 2 O Assassino de Português

- IRMÃ, falam que aquele trem só é novinho assim, - fo-focou Sirleide. - Mas que na cama é um tremendo dum safa-do.

- Deus é mais! - exclamou Duda antes de indagar. - Como que você sabe destas coisas, irmã Sirleide?

- Povo comenta minha irmã. - limitou-se a responder Sir-leide. - Aqui nada fica escondido irmã Duda.

O trem do qual as irmãs religiosas estavam comentando era Raianderson que naquele momento passava na ponta da rua. Um rapazola de uns dezessete anos. Magérrimo. Dono de um par de olhos agateados. Andava como um felino à espreita de uma presa. Pardo. Era forasteiro, veio com os artistas de circo, e rapidamente o rapaz conquistou a todos com seu jeito brinca-lhão.

Sirleide era dessas pessoas que vão a todos os cultos, partici-pava de todos os movimentos da igreja, terrivelmente moralista, só vivia agarrada a Bíblia. A sexagenária era uma oradora nata. Falava em línguas, mas tinha defeitos - vigiava, julgava os comportamentos dos irmãos e irmãs. O seu esporte preferido: falar da vida alheia. E sempre aos términos dos cultos, ficava defronte a igreja com as suas mais chegadas a comentar sobre a vida alheia e a vítima da vez era Raianderson.

Sirleide era uma senhora detestável, não estava nos padrões de beleza, porém, isso de longe era o menor dos problemas, suas atitudes não eram de uma pessoa verdadeiramente cristã e isso definitivamente fazia com que ficasse ainda mais feia e hipó-crita.

- Está deflorando várias mulheres casadas àquela peste, ir-mã. - disse Sirleide. - Mas Jesus está voltando...

- E é irmã? - arguiu Duda rubra.

- Não te conto é nada irmã... - comentou Sirleide er-guendo a Bíblia e atiçando ainda mais a curiosidade de Duda. - Isso é o diabo irmã, é o fim do mundo chegando!

Duda, diferente de Sirleide era uma pessoa amável, casou-se cedo com um sujeito imprestável, o indivíduo passava a maioria do tempo com uma gaiola na mão no meio dos matos aprisio-nando os pássaros. E a quem cabia sustentar a casa? Duda.

Por pressão dos pais e da sua comunidade religiosa, a menina loira de olhos azuis viu-se obrigada a casar muito nova. Suas madeixas loiras era um espetáculo, seus dentes fortes e branqui-nhos bem tratados eram de uma beleza perplexa. Duda era reli-giosa, participava de todos os atos de sua comunidade e tinha como companheira inseparável a Sirleide. Magérrima. Era uma idealista de voz doce, por isso, era professora.

Dava aula para os alunos da EJA. E fora na sala de aula que Duda passou a ensinar aquele jovem que veio para a cidade atra-vés do circo - o deflorador de mulheres casadas, como dizia Sirleide, o tal de Raianderson Mirabelle.

O Deflorador aos olhos da professora Duda era só mais um aluno que não teve oportunidade na vida. Mulher serena e esbel-ta era a gentileza em pessoa. Aqueles alunos que tinham dificul-dades de aprendizagem, Duda passava a tirar as dúvidas deles em sua residência. Quais das professoras teriam esta disponibili-dade? Era uma pessoa de bom coração, acreditava na transfor-mação das pessoas através da educação que as pessoas em posse do conhecimento podiam transformar o mundo, decerto; uma freiriana apaixonada.

Raianderson chegara à cidade no início da terceira unidade escolar, mas, depois das maledicências de Sirleide para com o seu aluno, a professora Duda passou a olhar aquele aluno dife-rente, - sem segundas intenções é claro. Mesmo porque era uma mulher religiosa, fiel e temente a Deus, acreditava na mo-nogamia. Deveria ter uns dez anos a mais em relação ao menino de olhos agateados.

Diante da dificuldade de Raianderson em Língua Portuguesa. Não era à toa que o garoto ganhara um apelido pejorativo dos colegas de assassino de português e, por isso, Duda resolveu dar aulas particulares ao moço artista de circo.

No dia marcado, Raianderson estava lá, defronte ao prédio da professora Duda, como combinado.

Caladão, tímido, entretanto ele se transformava quando se apresentava no picadeiro. Tinha em posse um caderno de capa dura de cor preta. Os cabelos pretos e crespos apresentavam-se bem penteado. Trazia no corpo uma essência de um perfume barato. E o corpo ainda levava a frescura do banho que acabara de tomar.

O garoto bateu na porta dizendo:

- Ó de casa? - e ele pode ouvir um:

- Já vai. - que vinha do interior da casa.

Ajeitou-se, olhou mais uma vez para os dois lados da rua. Viu algumas pessoas entretidas na mesa de dominó, a maioria apo-sentados e outros eram ociosos que não tinham nada para fazer naquele fim de mundo. E antes que a porta fosse aberta:

- Quem é? - quis saber Duda.

- Sou eu prossora.

A professora reconhecera de imediato o dono daquela voz. Para maltratar a Língua Portuguesa naqueles moldes, só poderia ser Raianderson, pensou Duda. Alguns segundos depois a porta fora aberta, contudo, antes a professora ajeitou-se.

- Entra Raianderson, por favor... - disse Duda. - Anda estamos atrasados.

O garoto entrou todo envergonhado enquanto dizia:

- Com sua licença prossora.

Duda olhou para os dois lados da rua antes de fechar a porta e apressadamente foi até a cozinha:

- Senta, por favor, fique à vontade vou ver a panela que fi-cou no fogão.

- Brigado.

- Esqueci completamente que você viria hoje.

- Posso vir outro dia... - apressou em dizer Raianderson.

- Imagina. Já que está aqui... - Duda o tranquilizou.

A mestra conversava enquanto fazia os afazeres domésticos. Raianderson mantinha o contato visual com Duda já que estava num sofá que ficava defronte a cozinha. Ele por alguns segun-dos passou os olhos pela sala: uma casa simples, porém, arrumadi-nha. Notou uma (enorme Bíblia que ficava sobre um centro), no chão podia ver um lindo tapete vermelho.

Raianderson trajava uma camiseta azul desbotada e um short tactel preto, já familiarizado com espaço, colocou o seu caderno sobre o centro.

- Só um minutinho... - disse à professora que lutava para fechar a torneira. - Elísio ficou de arrumar e nada. Ó! Benção! - lamuriava Duda.

Esquecera completamente do compromisso que fizera com o assassino de português. Estava à vontade, pois, não esperava ninguém em casa. Justificava aquela saia preta acima do joelho? Sim. Saia esta que combinava com aquela blusa rosa de algodão que mostrava o seu umbigo, e Raianderson estranhou já que ela sempre andava na moda gospel. Ela está sem sutiã, pensou alto o rapaz quando Duda abaixou-se diante do forno.

Em um dado momento, Duda agachou-se novamente, de maneira que Raianderson pode ver a calcinha preta de cetim tamanho m que vestia aquele lindo corpo alvo. Viu suas pernas grossas e bem torneadas. Ele tentou disfarçar, resistiu em não olhar mais, todavia, era mais forte do que ele. E gradualmente começava brotar o desejo e paulatinamente o seu falo começou avolumar naquele short tactel preto:

- Que gostosa! - balbuciou já embriagado pelo prazer.

- Você disse alguma coisa? - perguntou Duda.

- A prossora quer ajuda? - perguntou o moço.

- Seria excelente. - disse Duda.

Duda percebera estar mostrando parte de sua calcinha ao agachar. Ficou rubra de vergonha. E quando Raianderson le-vantou-se do sofá e caminhou como um felino faminto em sua direção, pode ver o falo teso do menino de olhos agateados.

A professora, desconcertada, começou a pensar em todas as estórias da Sirleide no que dizia a respeito daquele sujeito nossa, ele está de bilau duro meu Deus. Só de ouvir as estórias de maledicências de Sirleide a professora já ficou atônita. E agora estava diante daquela situação. Ela, como não era de ferro - ficara também excitada só de olhar para aquele short que cada vez mais avolu-mava diante dos seus olhos azuis.

A água jorrava da torneira, Raianderson ao adentrar a cozi-nha esbarrou-se em Duda. Ela pode sentir pela primeira vez o corpo daquele felino e os olhos agateados fixaram nos olhos azuis dela. Raianderson num ímpeto abraçou-a, mas, ele não fora repreendido por Duda.

O moço levantou a saia da mestra e pegou a calcinha esti-cando-a e soltou-a novamente contra o glúteo da docente e o impacto do elástico fez um barulho característico. Desta vez Duda soltou um curto suspiro, deixando Raianderson ainda mais excitado. Novamente ele puxou a calcinha colocando-a no meio das pernas de Duda.

- Meu marido está para chegar... - tentou argumentar, já alucinada de desejo, Duda.

Raianderson pegou a barra da saia da mesma e colocara na boca da professora. - Psiu! - ordenou o moleque libertino. - Não tira da boca, está ouvindo prossora? - Atirando assim sua camiseta azul desbotada ao chão e já arrancava seu short dei-xando o seu falo a vista uma vez que não usava cueca e Duda sali-vava vendo aquele pênis ereto. - Abre as pernas... - pediu o aluno carinhosamente enquanto com os dois dedos acaricia o clitóris fazendo Duda contorcer languidamente. E o rapaz com a mão esquerda segurava o glúteo da mestra, com os dois dedos da mão direita abria os grandes lábios e constatando que a pe-peca já estava úmida.

- Seu pervertido... - Duda foi interrompida por um ar-dente beijo. O libertino colocava de novo a barra da saia na boca de Duda que ainda disse. - Safado... - Ambos estavam em pé. Raianderson estava completamente despido, agora, in-vestia e conseguia com destreza tirar a blusa rosa que vestia Du-da que ainda continuava com a barra da saia a boca. O falo já em riste penetrou-a devagarzinho fazendo-a tremer todinha:

- Coma calada minha Prossorinha... - disse Raianderson penetrando-a com mais firmeza naquela pepequinha apertada e quente enquanto alternava beijando e mordiscando o colo róseo de Duda. Olho no olho. Duda delirava. Nunca sentira tal sensa-ção antes Sirleide tinha razão, que safadinho..., pensou delirando de prazer Duda.

O Elísio, além de imprestável, era ruim de cama. Casada qua-se dez anos com o traste, ela só teve orgasmo umas três vezes. Na maioria das vezes que os dois tinham relações sexuais - Duda sempre fingia orgasmo. E ali, ela estava completamente dominada por aquele aluno. Não gemia, sussurrava já que a bar-ra da saia se encontrava na sua boca.

De repente, Raianderson com uma força escomunal, girou-a, de maneira que Duda ficara de quatro, exibindo seu lindo bum-bum, e Raianderson engatou fazendo-a gemer:

- Você quer me matar, filho de uma puta... - foi inter-rompida.

- Coloca a saiazinha na boquinha, minha safadinha. Colo-ca. - levando Duda para um canto da sala.

Ela com a barra da saia na boca caminhava sendo ao mesmo tempo, penetrada por aquele membro pegando fogo que desli-zava fazendo-a tremer de excitação, atravessaram a sala e ambos ficaram ali defronte a um espelho grande que se encontrava numa espécie de lavabo. Pela primeira vez, Raianderson pode ver completamente aquela vulva com aqueles pelinhos dourado, estavam bem aparadinhos:

- Abre para eu ver, abre? - implorou Raianderson que foi prontamente atendido.

Os corpos suados, febril, diante daquele espelho com os olhares já embargados de prazer. Começaram a intensificar os ritmos e cada vez mais fundo. Contudo, Raianderson agachou-se e passou a beijar aquele ventre que lascivamente se contraia. Duda ficou louca e tirou a saia da boca:

- Vou gozar safado... - o garoto tirou a saia e colocou Duda no braço do sofá, fazendo-a agachar e a empinar aquele glúteo generoso na sua direção. Deu uma palmada na bunda da professora que delirou e soltou um:

- Gostoso! - Continuou penetrando-a em um vaivém aluci-nante, fazendo Duda perder a noção do tempo. Ele acariciava os seios, e com a outra mão segurava com firmeza aquelas madei-xas loiras e dava mais uma palmada no bumbum da mestra:

- Bate mais, - implorava Duda. - Tu gostas de bater né, seu tarado?

Naquela altura o bumbum de Duda encontrava-se vermelho em consequências das palmadas do Garotão. Raianderson agora introduzia um dos dedos no ânus da professora e, ao mesmo tempo, penetrava-a fortemente. Duda delirava e não aguentou mais e fora ao clímax:

- Estou gozando... - e o moço intensificou ainda mais os movimentos. - Filho de uma puta... - disse Duda de pernas bambas com a vulva contraindo-se naquele falo teso. - Mete mais, assim ó...

Segundos depois, era a vez de Raianderson ejacular naquela mata quase desmatada: - Que delícia... - ambos caíram cada um para um lado, suados e exaustos.

Minutos depois, eles recobraram a consciência e ainda ofe-gantes, vestiram-se rapidamente, pois, era meio-dia e o esposo de Duda a qualquer momento poderia chegar. Feliz e leve com seu caderno de baixo do braço, Raianderson caminhava pelas ruas do distrito.

Duda respirava fundo, pois, era só o início da quarta unidade escolar e aprenderia muito mais com aquele aluno assassino da Língua Portuguesa, ao tempo que via a sua cozinha completa-mente alagada com um sorrisinho maroto nos lábios...

                         

COPYRIGHT(©) 2022