Capítulo 4 O Rastro do Sangue

Alex e Mark continuaram caminhando e não reduziam os passos de nenhum jeito, pois ambos queriam alcançar os outros dois, o mais rápido possível. A floresta ficava cada vez mais interessante a medida que os dois adolescentes se aproximavam da cabana. Mas, a preocupação chegou ao encontro de ambos caminhantes que já haviam caminhado uma longa distância, porém ainda não haviam alcançado os outros dois.

- Alex, isso está bem estranho. Ainda não conseguimos alcançar aqueles dois, mesmo caminhando a uma velocidade considerável.

- Acho que eles na verdade saíram daqui correndo. Nós não estamos correndo. Possivelmente eles tenham chegado na cabana.

- Então é melhor corrermos. Seria muito bom se chegássemos ao mesmo tempo para não deixar a impressão de que já há partidos.

- E não precisamos de partidos. Somos um só, um único grupo. Mark, vamos a isso. Vamos correr.

Correram logo que terminaram de trocar as poucas palavras, em direção da cabana e a preocupação havia morrido, visto que já tinham concluído que Maya e Julius chegaram na cabana.

Não demoraram e pelo caminho se depararam com vestígio de sangue pelas folhas, sangue que desenhara um trajecto certeiro, que se a curiosidade abraçasse a mente de um curioso, o mesmo seguiria sem nenhuma dificuldade.

Ambos pararam e apreciaram com uma leve preocupação o caminho feito pelo sangue. Eles não se aproximaram tanto assim para ver se o sangue ainda era recém fugitivo das veias ou já havia passado um longo período presente ali.

Um pássaro incomum estava numa das mais altas árvores ali e olhava para eles como se quisesse contar um segredo crucial nas vidas dos adolescentes. Alex olhou para o pássaro e sentiu-se invadido por um espírito nada amigável.

- Ele é tão peculiar...- comentou Alex sem tirar os olhos do animal.

- Que coisa feia é aquele animal. Nunca havia visto na minha vida um pássaro que mais parece uma mistura de coruja e lobo. - disse Mark com uma cara de desgosto assim como o seu tom de voz transmitia.

- Muito estranha ela. Olha aquelas orelhas, exatamente como de um lobo.

O animal continuava ali olhando para os dois e não se assustava com a presença dos mesmos. O pássaro piscou uma vez e em seguida assobiou uma única vez. O som vindo do interior do animal era uma mistura de um lobo uivando e uma coruja cantando a sua canção misteriosa aglutinada a uma obscuridade.

A cor da criatura era totalmente cinzenta e os olhos totalmente vermelhos.

Mark cortou a imaginação do outro que ainda contemplava aquele ser excêntrico que era pela primeira vez ser registado pelos seus olhos.

- Alex, Alex - chamou ao seu parceiro e este por fim foi conquistada a sua atenção - Para onde vai isso?

- Talvez seja mais uma vítima de algo que desconhecemos, assim como encontrámos aqueles lá perto do riacho.

- E se forem os nossos amigos.

O pássaro excêntrico voou para longe dos adolescentes e não mais soou o seu assobio bem diferente.

- Os nossos amigos estão na cabana, e temos que ir até lá já. - disse Alex.

- Eu acho que seria melhor se víssemos para onde este sangue vai... Sinto que pode se tratar de nossos amigos. - disse Mark, depois deu uma pausa para beber um pouco de água e depois continuou - Julius e Maya saíram e nós seguimos logo em seguida, não levamos tanto tempo assim para até não conseguirmos alcançá-los.

- Está bem. - disse Alex de uma forma forçada. - Que sejamos rápidos. Já saímos há muito tempo. Os nossos amigos precisam de nós lá na cabana e temos que informar sobre o que vimos lá perto do riacho.

- Muito bom. - disse Mark e se aproximou do companheiro estendendo a mão para um aperto.

Realizaram um aperto de mão e seguiram o rastro do sangue para descobrirem do que se tratava. Seguiram e seguiram, porém o que achavam que levaria pouco tempo estava levando mais do que o esperado.

- Será que ainda vamos chegar onde termina isto? - reclamou Alex e ele não acreditava que encontrariam algo relacionado com os seus amigos.

- Na verdade, já percorremos uma boa distância.

- Vamos voltar, os nossos amigos precisam de nós.

- Já percorremos uma boa distância. Não é tão sensato desistir agora. Vamos continuar mais um pouco, quem sabe se falta mais um pouco?

Caminharam e caminharam e novamente viram um pássaro excêntrico numa das árvores mais altas dali. Era um pássaro parecido com aquele que haviam visto tempos atrás. Eles não sabiam de era o mesmo animal, ou desta vez era um outro.

O pássaro olhava para eles do mesmo jeito que aconteceu com o outro, tempos antes. Ele mais parecia um guarda e ao mesmo tempo um ser que estava prestes a contar um segredo muitíssimo importante.

- Não é o mesmo? - disse Mark olhando para o pássaro.

- Não sei. Será que é um bom sinal. Ainda temos que continuar com isto.

O assobio soou novamente e desta vez ambos adolescentes sentiram um arrepio percorrer cada parte do corpo.

- Depois deste assobio, acho que não é um bom aviso. E se os nossos amigos estiverem aqui bem perto? Vamos, Alex.

Continuaram a caminhar, ignorando o pássaro que logo em seguida saiu voando para uma direção aleatória, até que finalmente encontraram a origem do sangue. Viram um homem jazendo no chão sem a cabeça. O corpo ainda estava fresco assim como o sangue que não escapara das veias a longos minutos.

- Que diabo!!! - disse Mark assustado. - O que está acontecendo aqui?

- Vês, eu disse. Se tivéssemos continuado em direção a cabana não precisaríamos ver isto.

- Sabe, Alex! Temos que sair daqui. Vamos avisar a todos que estão na cabana que vimos essas coisas e a coisa sensata a ser feita é sair daqui.

Alex nada respondeu, apenas se aproximou do homem degolado e analisou o seu corpo onde pôde ver que em quase toda parte haviam marcas que mais se aproximavam de garras de algum animal selvagem.

- Mark, veja isto.

- O que foi, Alex?

Alex apontou para as marcas que estavam no corpo do homem já sem cabeça e o Mark também conseguiu ver que aquelas marcas pareciam garras furiosas e mortíferas.

- Garras, vamos sair daqui. O animal pode estar por aqui perto vamos, vamos, vamos!!! - desesperado e depois da sua conclusão disse Mark e não demorou para ele tomar a iniciativa de correr.

Alex seguiu o amigo numa corrida absurda e o pássaro apareceu novamente, mas desta vez estava numa árvore com uma altura escassa, assim se apresentando no seu real tamanho, era um pássaro grande que chegava numa altura de um metro e um corpo grande para um pássaro, a criatura assobiou.

Continua...

            
            

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